Entendendo e Vivendo

Marcados para a Vida

Muitos cristãos usam o "peixe" como símbolo em seus negócios, carros ou camisetas, identificando-se como seguidores de Jesus Cristo. Já ouvi que essa prática data do primeiro século d.C., quando os cristãos eram fortemente perseguidos, no Império Romano, sob o governo de Nero. Para serem identificados como "pessoas seguras", com as quais se podia abertamente discutir a fé cristã, cada crente desenhava o símbolo (chamado ichthus, em grego; mas também um acróstico para “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”) onde outros cristãos identificariam os irmãos.

Em um mundo cheio de ansiedade, medo e desespero, há uma "marca" muito melhor, pela qual devemos ser identificados – uma perspectiva da vida centrada em Deus. Se pudermos aprender a viver tal marca, ela não somente identificará nosso compromisso cristão com os outros, mas também servirá como um poderoso testemunho para não crentes do incrível e transformador poder de Deus.

Vivendo no Passado

 

Você luta para não viver no passado? Normalmente isso acontece de duas formas. Em primeiro lugar, você pode ter desenvolvido uma espécie de orgulho por suas realizações e determinado afirmar sua auto-estima nesse passado glorioso. Em tais casos, você se apega ao passado, para encobrir uma condição atual entediante ou vergonhosa. Quantos homens barrigudos, fora de forma, de meia-idade, sentam-se no sofá assistindo ao futebol e falam sobre os "dias de glória" quando jogavam no colégio?

Por outro lado, você pode ter vergonha do seu passado. Você não consegue superar as más escolhas, que você ou alguém fez, que resultaram em consequências traumáticas ou devastadoras. Você carrega dor e culpa por onde quer que vá. Pode achar difícil ver algum valor em quem você é, ou aceitar o amor que Deus ou outras pessoas têm por você. Ambos os cenários devem ser rejeitados, se queremos ser tudo o que podemos para o Senhor.

Na passagem de hoje, Paulo fala da importância de rejeitar o passado. A história tem seu lugar, mas o importante na fé cristã é o que está acontecendo e o que acontecerá no futuro.

A Fé em Xeque

 

Crise financeira. Um casamento desfeito. A morte inesperada de uma pessoa amada. Fracasso moral. Essas situações e incontáveis desafios trágicos causam-nos dor, sofrimento, ansiedade e incerteza. Elas também provocam a elaboração de perguntas difíceis – sobre nós mesmos, acerca dos outros e, mais especialmente, concernentes a Deus. São momentos em que, diante de desafios, nossa fé pode ser colocada à prova.

Por que somos tentados a colocar Deus na berlinda quando mais precisamos dele? "Por que deixou que isso acontecesse comigo?"; "Você me odeia tanto assim?"; "Se é assim que você trata seus filhos, realmente vale o esforço ser cristão?". Nós sabemos, logicamente, que Deus não parou de nos amar, nem está nos punindo por meio dessas circunstâncias; mas, de alguma maneira, ainda O culpamos em pensamento: "Já que o sirvo, Ele deveria evitar que isso acontecesse".

Na passagem de hoje, Paulo desafia os leitores, por intermédio de sua mensagem e de seu exemplo, a reconhecerem a fidelidade de Deus em meio à adversidade, a verem o sofrimento por Sua causa como um privilégio e a celebrarem a oportunidade de servirem os outros por meio de provações.

É Tudo sobre Mim

Vivemos em um mundo do "eu primeiro". Somos ensinados a cuidar do Número Um (ou seja, nós mesmos), porque ninguém mais o fará. Nos negócios, ensinam-nos a lutar para subir a escada do sucesso e não prestarmos atenção em quem teremos que pisar. Anúncios inundam-nos com a filosofia de que o mais importante é conseguir o que queremos e cuidar de nós mesmos.

É claro que muito disso é apenas a natureza humana, fazendo o que ela sabe fazer de melhor. É por isso que as pessoas prestam atenção quando um altruísta, como a Madre Teresa de Calcutá, aparece. Ou, quando indivíduos benevolentes investem milhões na vida dos outros. Ou, quando grupos eclesiásticos sacrificam suas férias para ajudarem vítimas de desastres naturais. Esses exemplos formam um contraste em relação à cultura egoísta, que prevalece à nossa volta.

O Maior Desafio

 

Caso você me perguntasse sobre o maior desafio que um cristão que serve ao Exército enfrenta, ficaria chocado com minha resposta! Seria sair em combate em um país distante, para um futuro incerto, separado da família? Que tal as longas horas? Que tal o treinamento físico e o aprendizado de habilidades fundamentais de combate? Essas são boas respostas, mas não são minhas. Não! O maior desafio é enfrentar "os homens maus e perversos", todos os dias.

Quando um sargento fala a um recruta usando linguagem chula, não tenho o poder de repreendê-lo na frente de todos. Também não posso dizer a meus companheiros capelães e oficiais de outros funcionários que a linguagem ou conduta não é a de Cristo. Infelizmente, nem sequer tenho o poder de retirar os que estão desordenados, como Paulo ordenou aos membros da igreja em Tessalônica (v. 6-7). Também tenho de amenizar com relação aos que não agem segundo um padrão aceitável. E é verdade que os que falam mais alto a respeito dos outros deveriam se preocupar,  primeiramente, com seus próprios assuntos.

Tenho certeza de que muitas igrejas e organizações cristãs enfrentam desafios semelhantes. Tudo que podemos fazer é estabelecer um padrão mais alto, que traga glória a nosso Senhor.