Entendendo e Vivendo

Contexto

Uma das chaves para entendermos a leitura de I e II Crônicas é que tais livros são um segundo registro da história de Israel, cujos relatos são paralelos aos fatos mencionados pelos livros de I e II Samuel e I e II Reis. Ao comparar os relatos, os estudiosos notaram que Crônicas enfoca a história de Israel sob a perspectiva da adoração israelita. E no centro daquela adoração está a Arca da Aliança. Em 1 Crônicas 13:3 Davi diz ao povo: “Vamos trazer de volta a arca de nosso Deus, pois não nos importamos com ela durante o reinado de Saul” (NVI). Neste episódio vemos que Davi percebeu o quão central a adoração deve ser para o povo de Deus. Isto aconteceu durante a chamada idade dourada da história de Davi e, conseqüentemente, do reino de Israel. Tal fato nos relembra que até mesmo durante os dias bons devemos nos lembrar de Deus e temos que deixá-lo sempre no centro de nossa vida. Com que freqüência nós, o povo de Deus do século 21, esquecemos isso? Vivemos numa época em que muitos dizem “eu amo a Deus, mas não a Igreja”. Muitos cristãos professam “eu temo a Deus, mas não preciso de nenhuma Igreja”. Seja nos tempos difíceis ou em época de prosperidade, precisamos nos lembrar do lugar central de Deus em nossa vida. Como diz uma canção: “Se ele não for o primeiro em seu coração, então já não é mais nada, não passa de uma ilusão; Mas, se ele for o primeiro, o seu companheiro, motivo do seu existir, você vai viver, você vai sorrir, você vai vencer” (interpretada pelos Arautos do Rei).

O CUSTO DO DISCIPULADO

 Quando as pessoas perguntam-me quais são meus passatempos, invariavelmente respondo que adoro ler nãoficção, particularmente biografias de heróis cristãos da fé. Há exemplos incontáveis, como o dos missionários Hudson Taylor e William Carey; mártires da Palavra de Deus como Wycliffe, Tyndale e Huss; e figuras mais contemporâneas, como Corrie Ten Boom ou Irmão André. Um outro favorito é o Pastor e autor alemão Dietrich Bonhoeffer, que foi preso e enforcado pela Gestapo, em 1944. Ele escolheu permanecer na prisão quando poderia ter conseguido um refúgio seguro no Oeste se tivesse simplesmente retirado sua oposição ao Socialismo Nacional e a suas atividades exterminadoras. Bonhoeffer escreveu uma série de cartas da prisão que foram traduzidas no livro O custo do discipulado. Seu heroísmo silencioso, nas horas mais sombrias, serve como inspiração para mim. À proporção que você estuda Lucas 14 pense sobre duas profundas afirmações que realmente se aplicam à geração do “eu primeiro”.

FÁCIL DE SER DESENCORAJADO

Uma das coisas mais desencorajadoras que eu encontro ao ler o Antigo Testamento é o ciclo contínuo de Israel de “pecado, castigo, arrependimento e libertação”. Henry Blackaby e Claude King destacam dois desses ciclos, em Juízes 2 e 3, para explicarem o contexto (veja Juízes 2.7-18 e 3.7-11). Primeiramente, as pessoas servem ao Senhor. Depois, abandonam seus caminhos. Deus, então, derrota-as usando seus inimigos. Eventualmente, elas gritam por ajuda. Finalmente, o Senhor tem compaixão e salva-as. Algumas vezes, esse processo necessita de cativeiro.

Ó SENHOR, É DIFÍCIL SER HUMILDE

Eu lembro a letra da canção de Mac Davis de 1979, “Ó Senhor, é difícil ser humilde”; a música é contagiante, e as palavras falam em ser “perfeito todos os dias” e de ficar “com melhor aparência a cada dia”, entre outras coisas. No nosso mundo, a humildade está freqüentemente em baixa. Henry e Richard Blackaby definem “o método mundial” para a auto-estima: “Pegue toda a oportunidade de se autopromover diante dos outros; aproveite as ocasiões para o reconhecimento e para manipular seu caminho para ser o centro das atenções” (Experimentando Deus dia a dia, 27 de agosto (Experiencing God Day by Day, 27 de Agosto). Por outro lado, temos o caminho de Deus: “Humilhe-se. Mais do que procurar reconhecimento e posições influentes, procure colocar os outros em primeiro (...) Um dos muitos paradoxos da vida dos cristãos é que, quando Deus vê sua humildade genuína, ele o exalta.” (ibid)

UM DE NOSSOS OBJETIVOS COMO CRISTÃOS

Eu acredito que muitos de vocês ouviram falar dos vídeos e do livro Uma vida com propósitos, do Pastor Rick Warren. No Afeganistão, nós fizemos uma série de sermões e de pequenos grupos para estudarmos os propósitos de viver. Nessa obra, Warren sustenta que os cristãos são “planejados para viverem o prazer de Deus” (adoração), “formado[s] para a família de Deus” (companheirismo), “criado[s] para ficarem como Cristo”(disciplina), “moldado[s] para servirem a Deus”(ministério) e “feito[s] para uma missão”(evangelização). Note que a evangelização é a culminância dos objetivos de Deus para sua vida como fiel. Você não estará completo se não trabalhar como embaixador de Cristo (2 Coríntios 5:172).