Entendendo e Vivendo

A família de Jacó chegou no Egito como hóspedes ilustres - O faraó deu as boas vindas à família de José. Mais tarde nós lemos que outro faraó chegou ao poder. Este outro líder “não conhecia José”, e uma espiral descendente teve início, movendo os israelitas da condição de hóspedes ilustres à escravidão. A servidão durou por gerações, infl uenciando profundamente o pensamento, bem como a cultura deste grupo. Deus usou Moisés para conduzi-los para fora do Egito.

Minhas memórias dos anos de infância são vagas. Lembro-me que meus pais viviam do ministério e deles lutando para sobreviver. Com certa assiduidade, mamãe fazia comentários (seja reclamando, murmurando ou apenas frustrada, não tenho certeza), que “não havia nada na casa para comer.” Em uma ocasião as coisas estavam fi cando desesperadoras. Papai, com sua voz calma e reconfortante, dizia, “O Senhor proverá.” Não muito tempo depois, um dos fazendeiros da igreja chegou com uma caixa de carne recém-empacotada e ofereceu-a com a observação, “Acabamos de abater este animal” Que bênção! Deus de fato proveu, através da generosidade de um membro bondoso. A parte memorável da história era “Deus proverá.”

Deus deu a Moisés instruções para uma consagração pública de Arão e seus filhos ao sacerdócio. Os materiais estavam reunidos. As preparações foram feitas. Como ordenado, a congregação foi chamada a se reunir na tenda. Antes dos solenes eventos acontecerem, Moisés fez uma pausa para explicar à congregação: “Isto é o que o Senhor ordenou que se fizesse.” Deus esperava que a comunidade se envolvesse na consagração de seus líderes espirituais.

Um problema recorrente

Enquanto escrevo esta lição, os Estados Unidos estão passando por uma dramática série de eventos econômicos. Perdas gigantescas no mercado de ações, desvalorização em massa nos preços das casas e o aumento do desemprego dão o alerta de dias difíceis à frente. Grandes bancos falindo e grandes corporações próximas do colapso. Hoje, as economias de todos os países estão tão interligadas que uma crise fi nanceira em uma parte do mundo fatalmente afetará todas as outras. Há mais que culpa sufi ciente para todos estes envolvidos. As causas principais parecem ser cobiça, julgamento fraco e um programa desenvolvido para dar a todos uma chance de possuírem sua própria casa. Quando esta lição for lida, a forma do problema será diferente enquanto novos líderes lutam para encontrar soluções.

O musical “Um Violinista no Telhado” retrata a vida em um pequeno vilarejo judeu na Rússia, antes da revolução comunista. Trata-se de uma das peças mais populares de todos os tempos e foi também produzida no cinema. Na cena de abertura, o personagem principal, Tevye, explica que é a tradição que traz estabilidade à sua comunidade. A história se desenrola em meio a desafi os a essas tradições. A própria família de Tevye abre mão de muitas das coisas que ele via como fundamentos para o modo em que vive. Quando acaba a peça, os moradores do vilarejo são forçados ao exílio por ordem do Czar. Esta conclusão deixa questões em aberto sobre o que acontecerá com o povo e suas tradições assim que a comunidade se dissolve. As tradições prevalecerão? As melhores qualidades da comunidade serão transferidas a novos locais? As pessoas se misturarão a uma cultura maior e menos religiosa?