Movendo-se adiante contra as possibilidades

Os filhos de Israel encontraram-se entre o perigo conhecido e o profundo mar azul. Estavam presos entre o exército sempre em avanço de seiscentos carros de um lado e o Mar Vermelho do outro. Eles limitaram-se à questão: “Você luta e morre ou corre para a água e se afoga?”

 

Quando diante de adversários difíceis, a resposta natural a situações que parecem totalmente desesperadoras parece ser pânico, desespero e culpar os outros. Já percebeu que a culpa é sempre de outra pessoa e nunca nossa? Os fi lhos de Israel, zombando, perguntaram a Moisés: “Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto?”

Uma vez encarando sua derrota iminente, o povo de Israel se voltou contra seu libertador – o homem que ousou se levantar contra Faraó e proclamar as ordens do Deus vivo. Que rapidez para esquecerem que Deus estava no controle, que Ele os tinha libertado do Egito e que lhes tinha prometido uma terra que manava leite e mel, onde o adorariam! A “confi ança” deles era rapidamente esmagada por uma situação fora de controle.

Os israelitas ignoraram como o Senhor já havia esmagado Faraó e toda a terra com pragas e pestes. Ignoraram o fato de que Deus estava presente na forma de uma coluna de fogo à noite e uma nuvem durante o dia. Israel não pôde ver que com o Senhor no meio deles, eles já tinham tudo o que precisavam para se moverem adiante, contra as possibilidades.

Às vezes, nós refletimos os filhos de Israel em nosso viver diário, esquecendo que somos filhos dele e que Deus prometeu ser nosso refúgio, fortaleza, redentor, sustentador e protetor. Davi escreveu as seguintes palavras em 2 Samuel 22:1-3, referindo-se à proteção que Deus pode oferecer:

“Falou Davi ao SENHOR as palavras deste cântico, no dia em que o SENHOR o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. E disse: O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e o meu refúgio. Ó Deus, da violência tu me salvas.”

Eu sou o Senhor!

Toda a história do êxodo do Egito pelo povo de Israel é muito dramática e executada em grande escala. Mas Deus tinha algo a provar; somente Ele é Deus e toda a honra e glória lhe pertencem. O Senhor queria que os egípcios soubessem quem estava no controle, e que somente Ele teria a glória e a honra que Faraó buscava.

Quem ousará se levantar contra Deus e triunfar?

Toda a força e poder da nação e do exército egípcio não poderiam triunfar sobre o poder de Deus que revelou seu propósito ao povo de Israel e a Moisés: “E os egípcios saberão que eu sou o SENHOR, quando for glorifi cado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavalarianos” (Êxodo 14:18). A Escritura nos diz claramente que não há outro além do Pai Todo Poderoso e Criador de tudo:

“Vede, agora, que Eu Sou, * Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu fi ro e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão”. (Deuteronômio 32:39).

* “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador.” (Isaías 43:11).

* “Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus”. (Isaías 44:6).

* “Não vos assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-lo fi z ouvir, não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça”. (Isaías 44:8).

Moisés, depois de ter clamado a Deus proclama: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver” (Êxodo 14:13).

Devemos permitir que Deus aja quando enfrentamos problemas aparentemente insolúveis e que podem ter consequências desastrosas. Temos que desenvolver uma dependência do Senhor, e abrir mão de nosso desejo por independência. O salmista nos lembra: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra!” (Salmos 46:10).

Há momentos em que esta é a resposta apropriada: “Não faça algo. Apenas se aquiete!” É preciso ter coragem, comprometimento, fé e “estar aquietado” diante de uma tempestade vindoura, para não enfrentarmos nossas provações sozinhos.

Jesus viveu e experimentou todos os sofrimentos da vida, e pode entender-nos e ser solidário para conosco, pois sabe melhor do que ninguém como é experimentar a mesma variação de emoções, situações e circunstâncias que enfrentamos diariamente.

Hebreus afirma: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos fi rmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confi adamente, junto ao trono da graça, a fi m de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:14-16)

Temos, à nossa disposição, acesso a um imenso poder na pessoa do Espírito Santo. Por meio do Espírito temos poder para triunfar sobre o mal e nos levantarmos firmes diante de provações e tentações; para resistirmos ao diabo (e ele fugirá); para quebrarmos as cadeias de Satanás na vida das pessoas; para levarmos o evangelho aos que perecem espiritualmente, para sermos uma bênção aos outros e para refletirmos a natureza e o caráter de Jesus. Estamos vivendo inteiramente nosso potencial em nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo? Somos luz na escuridão? Deus queria que os Israelitas permanecessem diligentes em busca de um relacionamento com Ele, isto ainda é verdadeiro e relevante hoje.

“Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fi zeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o SENHOR, que te sara” (Êxodo 15:26).

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