Desafios

Moisés tinha testemunhado a dor e o sofrimento do povo de Israel enquanto crescia como um príncipe no Egito, e por isto sabia de alguns dos desafi os que enfrentaria, quando entregasse a requisição de Deus para libertar o povo de Israel dos laços da escravidão.

Quando começou seus desafios, enfrentou-os na forma de sentimentos de inadequação - devido a seu impedimento de fala e a falta

geral de autoconfiança, mesmo diante das demonstrações de poder e força, garantidas por Deus. Após este primeiro período, Moisés entendia os riscos associados a seu retorno ao Egito e seu confronto com Faraó: “Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.” Faraó poderia responder capturando e escravizando Moisés.

Faraó era o rei e sua palavra reinava suprema. Ele tinha o comando sobre os egípcios, israelitas e várias nações menores ao redor, mas ele não esperava encontrar-se com o verdadeiro e vivo Deus. Diferente dos ídolos surdos e tolos que decoravam os locais de adoração pagã de Faraó, o Deus de Moisés e de Israel era vivo, poderoso e supremo, e Deus queria que seu povo fosse livre! Faraó logo aprenderia que “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31).

A escolha de Deus sempre é a escolha certa

Deus cometeu um erro ao escolher Moisés para esta tarefa? Como poderia um assassino fugitivo, que vivia sua vida tangendo ovelhas no deserto, ser a pessoa certa para tal tarefa? Será que Deus não percebera que Moisés tinha um problema de fala e que Arão era melhor orador?

Deus não comete erros – jamais! Suas escolhas são sempre certas, mesmo quando desafi am a lógica, o senso, a razão. Por quê? Porque Deus é infalível e conhece o começo e o fi m! Deuteronômio 32:4 diz: “Eis a rocha! Suas obras são perfeitas...” Este conceito é repetido em 2 Samuel 22:31: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam.” Deus e a perfeição andam de mãos dadas; as Escrituras nos lembram que Deus é perfeito em seu conhecimento, seus caminhos, vontade, sabedoria e amor.

Deus não apenas faz as escolhas certas e perfeitas, mas também equipa seus santos em todo caminho e maneira de modo que, defi nitivamente, a vontade dele seja cumprida. Como afi rmado em 2 Timóteo 3:17: “A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

Deus escolheu Moisés. A despeito da descrença e falta de autoconfi ança, Moisés percebeu que Deus é um Ser tremendo que nos enche do seu Espírito e poder, e é Ele quem derrama suas bênçãos. Quanto antes chegarmos a esta percepção, mais cedo veremos o Espírito Santo trabalhando em nossa vida, transformando-nos de dentro para fora e impactando a vida daqueles à nossa volta.

Com muita frequência restringimos o trabalho do Espírito e o apoio do evangelho porque “percebemos” que somos mal equipados para fazer seu trabalho ou “sabemos” que somos desqualifi cados – jovens demais, velhos demais ou inexperientes demais. Alguns de nós somos mestres em criar autodúvidas e questionamentos. Através das eras, Satanás tem usado com sucesso a dúvida para minar nossa confiança na eficácia do evangelho e do trabalho do Senhor. Não esqueçamos que este não é unicamente nosso trabalho ou esforço; tudo pertence ao Senhor! A nós é dada uma porção do seu Espírito, uma medida de fé e a garantia abençoada que não estamos sós. Antes de sua ascensão, Jesus disse aos seus discípulos e seguidores (como parte da grande comissão): “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Amém!

A Igreja Cristã primitiva trabalhava bem como uma comunidade. Isto facilitou a propagação do evangelho, a plantação de vários grupos em diversos lugares, e forneceu uma base sólida, a partir da qual várias gerações seriam trazidas ao pleno conhecimento e entendimento de nosso Senhor e Salvador. O que tornou isto possível foi a boa vontade do povo em ajudar uns aos outros, com tarefas difíceis que levaram à descoberta e à celebração da presença de Deus e seu poder.

A pregação do evangelho não é nem uma tarefa fácil, nem algo para ser levado levianamente. Quando confrontado com o zelo de querer seguir os passos de Jesus, uma pessoa lhe disse: “Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedirme dos de casa.” Ao que Jesus respondeu: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lucas 9:61-62). Esta é a dedicação, determinação e foco que nós devemos ter se vamos trabalhar para o Senhor. Por quê? Há duas razões principais:

1. A colheita é abundante e está pronta, mas, infelizmente, os trabalhadores, são poucos. Somos instruídos a orar, de modo que trabalhadores comprometidos sejam enviados à colheita. Como acontece com todo tipo de colheita, o tempo é essencial.

2. O tempo corre depressa, e há um senso de urgência. Apocalipse 1:3 nos lembra que o tempo está próximo, e 2 Pedro 3:9 nos dá uma razão para que Deus prorrogue o retorno de Jesus: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”

A obra do Senhor precisa de trabalhadores fi éis, já que a hora de seu retorno se aproxima. Sejamos nós “aperfeiçoados em todo o bem, para cumprirmos a sua vontade, operando em nós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre.” (Hebreus 13:21) Amém.

Movendo-se adiante

Às vezes nós, como Moisés, podemos estar relutantes em nos movermos na direção dos planos de Deus para nossa vida. Podemos nos sentir inadequados, mal equipados ou sobrecarregados pela enormidade da tarefa posta diante de nós. Contudo, Deus está sempre aí, sempre disposto a nos fornecer tudo o que for necessário para o sucesso. Por quê? Porque estamos cumprindo sua vontade, e a vontade de Deus é soberana. Deus nos capacita, envia ajuda quando necessário e caminha ao nosso lado. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Eu sou lembrado das palavras de segurança dos Salmos: “Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo” (Salmos 33:20) e: “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmos 46:1).

Somos de Deus e residimos à sua sombra. Em tempos de dúvida, medo e questionamento, volte-se às Escrituras e descubra que “todo que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4).

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