Reconhecendo a autoridade de Deus

Como Faraó, podemos ser teimosos e nos recusarmos a ouvir o que Deus tem a dizer ou o que Ele gostaria que fizéssemos (ou não fizéssemos). Mas, diferentes de Faraó (que não conhecia a Deus) nós de fato o conhecemos e, portanto, não temos desculpas ou razões para não cumprirmos com sua vontade. Quando chegamos ao pleno conhecimento e entendimento de que a vontade de Deus é soberana e que todos lhe estão sujeitos, começamos a ver Deus trabalhando em nós e nas pessoas ao nosso redor.

 Ser um cristão eficiente envolve:

• Rendição do eu e de nossa (frequente) vontade teimosa;

• Ser cheio do Espírito - a fim de refletir a natureza de Cristo para o mundo;

• Aprender a ouvir sua voz em todas as circunstâncias;

• Alinhar nossos objetivos com os do Senhor;

• Reconhecer a autoridade suprema e soberana de Deus.

Em Romanos 9:14-26 somos lembrados da autoridade de Deus sobre todas as pessoas:

14: Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!

15: Deus escolhe quem receberá sua misericórdia.

16-18: O esforço humano é inadequado para resistir ou alterar a vontade de Deus.

19-22: A autoridade de Deus é maior que os conceitos humanos de justiça.

23-24: O contraste da misericórdia e da ira de Deus pode ser demonstrado em sua inclusão dos gentios na graça do evangelho.

25-26: Assim como também diz em Oséias: “Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada; e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo.”

Não importa o quanto algumas pessoas tentem resistir à vontade de Deus, ou malogrem em reconhecer sua autoridade, não podemos evitar os atos de justiça e misericórdia do Senhor sobre quem Ele bem quiser, pois adoramos um Deus misericordioso e compassivo, que nos amou desde antes da fundação deste mundo.

Reconhecendo a autoridade de outros

Deus tem colocado várias pessoas em autoridade sobre nós. Podemos mencionar alguns: pais, professores, legisladores, agentes da lei, administradores e supervisores, pastores e diáconos. O modo como reagimos à autoridade é, frequentemente, um refl exo da qualidade do relacionamento que temos com Deus e com os que estão à nossa volta. Em Efésios 4:11 descobrimos que o Senhor deu alguns para serem apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e professores – não necessariamente para dominarem sobre outras pessoas – e sim para “o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço e para a edifi cação do corpo de Cristo” (v. 12). Mas tudo isto até quando?

 Encontramos a resposta a esta pergunta no versículo 13: “até que todos cheguemos à unidade da fé, e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo!”

Em nossa igreja (Sydney, Austrália), estamos descobrindo as alegrias da sabedoria de Deus. Descobrimos que a verdadeira sabedoria reconhece que, nosso relacionamento com Ele é frequentemente afetado pela maneira como nos relacionamos e tratamos uns aos outros, isto é, o modo como tratamos os outros terá um peso direto em nossa relação com o Senhor.

Provérbios 14:31 afirma que nosso tratamento aos pobres e necessitados reflete diretamente na forma de como tratamos Deus. Este conceito foi mais tarde ratifi cado por Jesus em “O Novo Testamento”, Mateus 25:42-46: “

Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?Então, lhes responderá: “Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, mas os justos, para a vida eterna.”

Rebeldia contra autoridade

Aqueles que são rebeldes e duros de coração geralmente acham difícil aceitar uma autoridade – secular ou espiritual. A sociedade atual está apinhada de crimes, descumprimento da lei e uma desconsideração geral pelos outros. Estas são evidências de que a rebeldia está viva e saudável. O respeito à autoridade parece um conceito ultrapassado, antiquado e arcaico. Isto é algo a respeito do qual a Palavra de Deus nos alertou, há muito tempo atrás. Em 2 Timóteo 3 a Palavra de Deus afirma:

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.”

Com tão impressionante lista de pecados, não é de se admirar que as pessoas no mundo tenham uma intensa atitude de rebelião à autoridade. Sem o conhecimento de Deus, um coração puro com mente e espírito renovados, nós somos por natureza, rebeldes.

Filhos de Deus

Como filhos de Deus, somos instruídos através das Escrituras a sermos respeitosos para com aqueles colocados em posição de autoridade. Na verdade, devemos orar por aqueles que nos lideram a fi m de termos uma vida calma e pacífi ca, demonstrando piedade e reverência, pois isto é bom e aceitável aos olhos do Senhor (1 Timóteo 2:1-3). Temos que ser peculiares, diferentes e distintos; irmos contra a maré de rebelião, sujeitarmo-nos a Deus e vivermos de acordo com seus princípios. Este é o único modo de sermos livres de uma natureza rebelde e contraditória, que só nos conduzirá à perdição. Levantemo-nos contra o curso deste mundo, levantemo-nos fi rmes em nome do Senhor.

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