Problemas do Crescimento

Tendo pesquisado os Evangelhos e o Livro dos Atos dos Apóstolos para explorar o nascimento e o desenvolvimento da Nova Comunidade estabelecida por Jesus, nós agora mudamos para as passagens-chave das Epístolas de Paulo, com a finalidade de nos ajudar a entender alguns dos problemas do crescimento pelos quais a Igreja primitiva passou – luta com a diversidade, oposição, desacordos e vários julgamentos. Ao estudarmos estes problemas, nós, provavelmente, reconheceremos muitos deles nas nossas próprias experiências na igreja. A esperança é de que aprendendo com nossos erros e sucessos, possamos ir adiante com a fé dentro de nossas igrejas ao perseguirmos nosso objetivo em comum de propagar o Evangelho ao mundo.

Abraçando a Diversidade

A maioria de nós tem de admitir que se sente mais confortável com pessoas que são mais ou menos como nós. Esta é uma confissão lógica e uma mudança de atitude importante para a qual se deve estar atento ao avaliarmos nosso envolvimento na Nova Comunidade que Jesus estabelecera. Sem nosso esforço intencional de superar isto, nosso “nível de conforto” pode nos tornar preconceituosos no que tange dar as boas-vindas a determinado tipo de pessoas dentro da nossa comunidade. Caso relutemos em aceitar pessoas baseados em nível sócio-econômico, em raça, em aparência ou apenas em estranheza, corremos o risco de termos uma comunidade fechada que não aprecia toda a diversidade que Deus planejara para nossas igrejas.

Deus não tinha intenção de que a igreja fosse uma comunidade composta por clones. Durante a vida e ministério de Jesus na terra, aceitava pessoas de vários tipos: ricas ou pobres, educadas ou não, judias ou gentis. Ele ainda possuía um lugar especial no seu coração para pessoas humildes. O que Ele não podia tolerar eram pessoas que tinham a mente fechada para Sua mensagem (os fariseus). Se acumulássemos todas as pessoas que Jesus adicionou como seguidores do Evangelho, nós teríamos um grupo sortido de fato. É assim que Ele quer que a igreja seja.

Unidade Dentro da Comunidade

Quando consideramos a causa de termos sido chamados, assim como Paulo o foi (causa assinalada em Efésios 41), nós começamos a reconhecer que há muitos assuntos com os quais a igreja deve lidar que são consideravelmente mais importantes do que nosso nível de conforto. Por isso que, como irmãos e irmãs, Paulo clama-nos a praticarmos a humildade, a nobreza, a paciência, a tolerância e o amor uns pelos outros (versículo 2) – gostando ou não uns dos outros.

Paulo continua exaltando a importância da unidade dentro da comunidade. Nós já aprendemos em uma lição anterior que o Espírito Santo é Aquele que traz a unidade. Paulo adiciona a isto uma lista de sete coisas as quais todos os verdadeiros fiéis têm em comum (com espaço para uma variedade de matizes de interpretação):

1. corpo de Cristo;

2. Espírito Santo;

3. eterna esperança;

4. o Senhor Jesus Cristo;

5. fé;

6. batismo;

7. Deus nosso Pai (v. 4 – 6).

Agora, qualquer uma destas coisas deve bastar para largarmos nossas diferenças insignificantes e preconceitos e abraçarmos uns aos outros na nossa diversidade. Contudo, quando adicionamos estes sete fatores unificadores, devemos ponderar sobre qual é a base que temos para nossas diferenças. Adicione isto ao fato de (v. 7) que Jesus demonstrou inacreditável graça ao aceitar cada um de nós. E não temos nenhuma desculpa quando dizemos que um fiel genuíno não tem lugar em nossa igreja.

Utilizando Seus Dons

Em várias ocasiões no Novo Testamento, a Nova Comunidade é descrita através da metáfora do corpo humano. Paulo descreve em detalhes como devemos ver nossas diferentes personalidades e dons como partes do corpo, com o intuito de podermos trabalhar todos juntos e aprender a confiar uns nos outros. Não importa se somos a mão, o pé, o olho, a boca, o nariz ou o braço, somos todos de vital importância para a obra do Espírito através da Nova Comunidade. Cada um tem algo com o que contribuir.

Em uma lição anterior a esta, eu lembrei de nossos Dons Espirituais. Entendendo a doutrina das Escrituras sobre os Dons Espirituais, é importante perceber três coisas: 1) cada cristão foi abençoado pelo Espírito Santo com pelo menos um dom; 2) é esperado que utilizemos nosso(s) dom/dons na vida e no ministério da igreja e 3) nenhum cristão foi abençoado com todos os dons. Você sabe o que isto significa? Significa que Deus nos projetou e o Espírito Santo nos deu o dom específico de precisarmos uns dos outros. Este é um conceito difícil de ser aceito por muitas pessoas. Elas assumem ou em sinal de humildade que possuem nada para oferecer ou em sinal de orgulho que outra pessoa não tem nada a oferecer, mas a Bíblia diz que nós necessitamos uns dos outros.

Paulo enfatiza para a igreja de Éfeso alguns dos diferentes dons dos quais o Espírito se utilizaria – apostolado, profecia, evangelho, sacerdócio e doutrina – com a finalidade em comum de preparar, equipar e construir o resto do corpo para seus atos de adoração (Efésios 4 11 – 12). Estes são somente cinco dos pelo menos vinte dons listados nas Escrituras. Imagine a diversidade do ministério que pode ser conquistado quando encorajamos as pessoas a descobrirem e usarem seus dons, em vez de tentarem encaixá-los em nossos moldes.

Sendo Tudo o Que Podemos Ser

Para permitirmos às nossas igrejas serem o que Deus pretende que estas sejam, devemos aprender a abraçar a diversidade em vez de encolher por causa dela. É natural até certo ponto sentir-se relutante em aceitar pessoas ou coisas que são diferentes de nós. Entretanto, devemos reconhecer que o medo do desconhecido pode ser facilmente vencido ao fazermos Dele conhecido. Em outras palavras, em vez de escondermo-nos em nosso cantinho seguro onde as coisas são sempre as mesmas o tempo todo, devemos sair da nossa zona de conforto e conhecer pessoas que não são como nós. Você provavelmente descobrirá que possui muito mais em comum do que pensava que tivesse e crescerá para poder apreciar os diferentes ritmos que a diversidade de pessoas traz a nossa igreja.

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