A Busca Pela Felicidade

Suicídio. Divórcio. Vícios. Fugas. Colapso nervoso. Famílias separadas, pessoas destruídas e vidas destroçadas. Esses são alguns dos sintomas de uma trágica epidemia do nosso tempo. Nós devemos chamá-la de a procura pelo amor em todos os lugares errados.

 

As pessoas de todo o mundo desejam profundamente serem felizes. Talvez elas definam felicidade diferentemente, dependendo do que façam ou tenham. Mas todos querem ser felizes. Infelizmente, algumas pessoas têm um entendimento equivocado sobre o que é a verdadeira felicidade e o que isso pode acarretar em suas vidas. Elas buscam por felicidade nas pessoas, eventos, identidade ou riquezas. Elas colocam a si mesmas na perseguição dessas coisas, gastando um tremendo tempo, energia e empenho. Entretanto, quando alcançam seu objetivo, sua "felicidade" é geralmente breve, porque se baseou na premissa falsa que algumas das coisas acima mencionadas podem trazer a verdadeira felicidade. As pessoas nos deixam para baixo. Os eventos terminam. A identidade é subjetiva (a menos que você encontre sua identidade em Cristo). Os bens materiais se enferrujam ou se quebram. Alguma outra pessoa irá começar algo novo, maior e mais rápido. E depois de todo esse trabalho, este é deixado com um breve momento de felicidade, seguido dum vazio. Então o processo se inicia mais uma vez. Com o tempo, as pessoas se tornam desiludidas com o processo e desistem de serem felizes.

Definindo a Verdadeira Felicidade

Talvez, parte do problema se encontre em nosso entendimento sobre o que é felicidade. Muitas pessoas associam felicidade a um sentimento de exuberância ou regozijo, ou apenas a um bom sentimento. Mas o problema com sentimentos é que eles são voláteis e imprevisíveis. Nossos sentimentos mudam tão frequentemente quanto minhas filhas trocam de roupas (MUITO!). Em poucos minutos, nós podemos ir de felizes a irritados, a tristes, a melancólicos e voltarmos a felizes novamente!

O que muitos em nossa sociedade estão procurando é algo mais temporário do que duradouro, ao passo que deveriam estar à procura de algo em que se pode confiar, algo em se agarrar em momentos de crise. Por causa de equívocos, eu prefiro falar sobre alegria a falar sobre felicidade. Nas Bem-aventuranças (Mateus 5:1-12), Jesus usou o termo "abençoado". O que Ele descreveu teve muito pouco a ver com sentimentos temporários e muito mais a ver com um profundo e contínuo senso de bem-estar espiritual, o conhecimento de que tudo está bem com sua alma.

Um aspecto maravilhoso da alegria, é que ela está baseada na verdade a longo prazo, especialmente em comparação às circunstâncias de tempo. Se eu perco meu emprego, ou minha esposa me abandona, ou meu filho está doente, eu me sentirei triste - possivelmente por um longo tempo, mas não para sempre. Contudo, em cada uma dessas circunstâncias, se estou confiante de minha posição em Cristo, posso continuar a experimentar a verdadeira felicidade ou alegria, por causa do que eu sei. Isto é algo que nenhuma circunstância pode roubar de nós.

Felicidade no Reino

Na passagem de hoje, Jesus fez um enumerado de "Bem-aventurados os...", indicações para ajudar a definir o que seria trazer a verdadeira felicidade ou alegria para a Nova Comunidade que Ele estava iniciando. De fato, algumas traduções até usam "Felizes são aqueles...". Nós podemos facilmente determinar que essas bem-aventuranças não são baseadas em circunstâncias, de outro modo, o pobre em espírito e aqueles que estavam lamentando e aqueles que eram perseguidos seriam deixados para fora da bênção.

Quando Ele começou a descrever o núcleo de valores que definiriam a Nova Comunidade, Jesus estava descrevendo este profundo e contínuo senso de bem-estar espiritual, que cresceu independente das circunstâncias e da busca de algum objetivo elevado. As bem-aventuranças que Ele descreveu, cresceriam fora de um modo evidente e tomariam uma capacidade de ter, em longo prazo, uma perspectiva mais ampla dos eventos e circunstâncias nas quais os indivíduos se encontram.

Os pobres em espírito são as pessoas humildes e desamparadas, as quais não teriam nenhum motivo aparente para serem felizes, segundo uma perspectiva mundana. Entretanto, por causa de sua confiança em Deus, eles entendem que suas almas estão nas boas mãos Daquele que pode lhes dar o Reino dos Céus.

Aqueles que lamentam são consolados por seu reconhecimento de que nossos corpos e este mundo são apenas passageiros e que a eternidade espera por aqueles que acreditam.

Os mansos, em sua humildade, e aqueles que têm sede e fome de justiça reconhecem que não podem prover suas próprias necessidades, mas confiam Naquele que pode.

Os misericordiosos, os puros de coração e os pacificadores demonstram sua fé através de suas ações.

"Diferente" Núcleo de Valores

As Bem-aventuranças foram a plataforma de lançamento de Jesus, em Seu Sermão da Montanha (Mateus 5). Ele foi entregue próximo do início de Seu ministério público e ajustado a alguns parâmetros muito distintos para a Nova Comunidade. Os membros dessa comunidade não só teriam uma visão diferente da felicidade, como também, virtualmente, teriam uma visão diferente de tudo o mais. A teologia de vida de Jesus, essencialmente tornava a sabedoria convencional de cabeça para baixo. Num contraste afiado ao que tinha sido ensinado (através da lei ou à maneira de ter sido interpretada) sobre assassinato, adultério, divórcio, os juramentos, a retribuição e os inimigos, Jesus estabeleceu um padrão mais elevado para eles, baseado na intenção original de Deus. Com o tempo, certas fendas tinham sido aplicadas à lei, para facilitar que fosse obedecida (a carta de repúdio, por exemplo). Mas Jesus não estava satisfeito em permitir seus seguidores a "deslizarem" nela. Ele queria que eles estivessem acima daquela sabedoria convencional que dizia que era sua "chamada do dever".

Já não era bom o suficiente demonstrar fazer as coisas certas. Jesus exigiu ações corretas, atitudes corretas e motivos puros. Ele elevou o padrão da excelência. A Nova Comunidade que Jesus descreveu, deslocava o foco da religião ao relacionamento, da teoria à prática, e do fazer a ser. Aplicando o Núcleo de Valores Alguns diriam que Jesus estava sendo idealístico e fantasioso. Eles descrevem as Bem-aventuranças como um pensamento fantasioso e dizem que os princípios do Sermão da Montanha são uma ideia agradável, mas não práticos no mundo real. Isto deve ser verdade dentro de uma perspectiva humana, mas nós servimos a um Deus miraculoso. Não somos responsáveis pelo resultado final de aperfeiçoar todas essas atitudes e ações em nossa vida. Particularmente, somos confiantes em Deus, de que os princípios trabalham da perspectiva do Reino e devemos abrir nosso coração para permitir que Deus nos transforme de dentro para fora, para tornar esses sonhos em realidade - lembrando que nós não podemos ver os resultados completos nesta vida. Assim como nós permitimos Deus transformar nosso coração e nossa mente, podemos ainda, levar ao cabo seus ideais, perguntando e sondando a nós mesmos sobre como nossas ações e atitudes são medidas segundo o padrão apresentado por Jesus. O que mais eu posso fazer para ser um pacificador? Como eu posso desenvolver uma verdadeira fome de retidão? Como eu respondo a situações de lamentação e perseguição? É na nossa busca por essas ações e atitudes corretas e nossa confiança na habilidade de Deus de desenvolvê-las em nós, que experimentaremos a profunda satisfação da verdadeira felicidade.

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