Jonas tirou um tempo de sua vida ocupada para ir a uma cidade da qual ninguém gostava, para proclamar-lhes uma mensagem que ninguém queria ouvir. O mínimo que Deus poderia fazer era assegurar-se que Jonas não pareceria um tolo.

Jonas viu isto chegando a quilômetros de distância. Ele sabia que Deus era misericordioso e amoroso. Levou um certo tempo para fazer com que entrasse em ação, mas, convenhamos, Deus não sabia o quão terrível este povo era? Suas mentes estavam tão confusas, eles nem mesmo discerniam a mão direita da esquerda! E, todavia, Deus teve a audácia de perdoá-los!

Então Jonas bateu o pé. Não era justo. Ele era judeu! oo Senhor deveria ser o Deus dele, não deles!

Atitude

A atitude de Jonas necessitava de alguns ajustes. E parece haver dois aspectos primários que precisavam mais: suas prioridades e sua perspectiva.

Estes dois conceitos são as forças condutoras por trás de nossas atitudes. Na verdade, eles estão tão inseparavelmente ligados que um dirige o outro. Quando suas prioridades se alinham com as de Deus, sua atitude será positiva, que, em troca, motivará suas prioridades. Quando se está focado em suas responsabilidades, seu sucesso ajudará sua atitude, que em troca, fará com que seu foco se volte para suas responsabilidades. Estas são as duas áreas onde Jonas precisava receber alguma ajuda.

Prioridades

Prioridades indicam atitude. As prioridades de Jonas não se encaixavam com as de Deus. Ele flagrantemente disse que sabia que Deus os perdoaria, e não queria fazer parte disso.

Jonas colocou seu próprio ego acima de uma cidade inteira. Ele é o protótipo do “cara religioso”, que deveria ter todas as respostas. Quando ele dizia que Deus destruiria a cidade, isso deveria acontecia. Pessoas “religiosas” não mentem sobre coisas assim. No entanto, Deus supostamente “mudara de ideia”, deixando o profeta com “cara de tolo”. Isso o desgostou profundamente.

O profeta preferia uma planta a uma cidade cheia de pecadores a salvar. Ele fora salvo de ser comido por um grande peixe. Isto o fez feliz? Não. Ele estava sendo obediente ao Senhor. Isto o fez feliz? Não. Ele teve uma grande participação na salvação de uma das piores cidades daqueles dias. Isto o fez feliz? Não. Sabe o que o fez feliz? Uma planta. Quando uma cidade cheia de pessoas, a quem Deus amava e se importava, estava a caminho da destruição total, isto não perturbou o profeta Jonas. Mas quando a planta morreu, essa foi a última gota. Ele chegou a desejar a morte.

As prioridades de Jonas não se alinhavam com as do Senhor. A prioridade número um de Deus era e sempre será uma só: as pessoas. Sempre foi a intenção dele perdoar estas pessoas e restaurá-las a um bom relacionamento consigo.

Sendo Deus quem criou o povo de Nínive, eles eram importantes para ele. Aquela planta era importante para Jonas, e ele nem mesmo a criara.

Jonas deu uma olhada na compaixão de Deus. Ele é tardio em irar-se. Seu amor cobrirá os piores pecados de uma cidade perversa.

Por que Jonas teve tal atitude medíocre? Por que as prioridades dele estavam distantes das do Senhor. A atitude de alguém só pode ser uma destas duas: altruísta ou egoísta. O egoísmo alimenta uma atitude negativa. O altruísmo alimenta uma atitude positiva.

Responsabilidade

Falhar em reconhecer a própria responsabilidade leva a uma atitude negativa. Jonas tinha uma responsabilidade e por isto tudo o que tinha a fazer era ir até Nínive e contar-lhes que Deus exterminaria a cidade.

A fim de mantermos nossa atitude, precisamos fazer uma pergunta importante todos os dias: “Qual é minha responsabilidade hoje?” Isto nos manterá nos trilhos, dentro daquilo que o Senhor espera de nós. Mantermo-nos nos trilhos alimentará nossa atitude positiva, e nossa atitude positiva nos manterá nos trilhos.

Precisamos perguntar a nós mesmos e ao Senhor sobre nossa responsabilidade, porque qualquer coisa fora desta esfera pode ser danosa à nossa fé e atitude. Fazer menos que nossa própria responsabilidade pode ser resultado de medo, preguiça ou desafi o à autoridade. O profeta Jonas demonstrou isto quando rejeitou o único pedido de Deus. Fazer mais do que nossa própria responsabilidade pode ser resultado de egoísmo ou arrogância. Ele ficou uma fera por Deus perdoar todos naquela que poderia ser a pior cidade no mundo quando, na verdade, tal preocupação não lhe cabia.

Como povo de Deus, nosso chamado é para sermos obedientes à vontade de Deus para nossas vidas. Fazer menos que isso não é uma opção. Fazer mais leva à preocupação com coisas que não cabem a nós. Jesus ilustrou isto com uma parábola (Mateus 20:1-16). O dono de um campo fez um acordo com alguns trabalhadores e acordos diferentes com outros trabalhadores. Os primeiros trabalhadores fi caram irritados com isto – mas, na verdade, o modo como ele lidava com outros trabalhadores não era responsabilidade deles.

Deus lida com cada indivíduo diferentemente, de acordo com sua própria necessidade. Quando isso não combina com a maneira que julgamos que as coisas deveriam ser feitas, precisamos lembrar-nos que isto está além de nossa responsabilidade.

L ição de rodapé: devemos crer que um Deus eternamente benevolente sempre fará o que seja melhor para cada indivíduo. Quando vemos Deus lidando com outros de uma maneira diferente da que ele lida conosco, frequentemente sentimos que isto é injusto, e ficamos invejosos e irados. Ao invés disso, precisamos nos regozijar que Deus nos ama tanto que não nos proveu nada além do que é melhor para nós; e ama tanto as outras pessoas que está mostrando o mesmo amor para com estes.

Quando se trata de atitude, devemos manter nossas prioridades e nossa responsabilidade em constante verifi cação. Quando estes dois aspectos não são verifi cados, assim também será com nossa atitude.

Boas notícias sobre nossa atitude

Você tem o poder de controlá-la! Por muitas vezes, as pessoas confundem atitude com personalidade para que não tenham que lidar com isso. Mas Deus nos deu o poder de controlar nossas atitudes. Isto requer absoluta honestidade conosco. Comprometer a honestidade sobre nossa própria atitude é simplesmente abrir espaço para o fracasso. Isto também requer que tomemos cuidado com nossos pensamentos e palavras. Que tipo de coisas nos percebemos dizendo ou mesmo pensando? Estas coisas refl etem uma atitude positiva ou negativa? Temos o poder de fazermos escolhas sobre nossos pensamentos e palavras. Precisamos fazer disso um hábito positivo. É preciso trabalho, a princípio, mas no fi m isto nos será natural.

Porém o mais importante, precisamos ter uma perspectiva apropriada, assegurarmos que nossas prioridades estão alinhadas com as de Deus. Suas prioridades são que as pessoas por ele criadas tenham cada oportunidade necessária para usufruir de um relacionamento correto consigo. Quando as pes soas respondem a esse convite e ele, em troca, responde com perdão e bênçãos, surge uma oportunidade para regozijo.

Precisamos reconhecer nossa responsabilidade e sermos obedientes ao que Deus nos pede. Necessitamos ser gratos por sua provisão e bênção em nossa vida. Quando ele prover e abençoar alguém diferentemente do que fez por você, simplesmente lembre-se que esta não é sua área de responsabilidade. Jonas tinha um problema de atitude.

Alguns ajustes em suas prioridades e responsabilidades podiam ter feito uma grande diferença. Use seu tempo para fazer essa diferença em sua própria vida.

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