Lucas 7:40-47:
40 E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. 41 Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. 42 E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? 43 E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. 44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. 45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. 47 Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
Verdadeiramente, o amor é o poder que está por trás da capacidade de perdoar. O amor perfeito do Mestre fez com que Seu pleno perdão alcançasse àquela mulher cuja vida espantava toda e qualquer possibilidade de aceitação, posto que todos a olhavam com sentimentos de juízo e de uma hipocrisia religiosa sem tamanho, na medida em que muitos dos que a criticavam provavelmente faziam uso de seus serviços. Mas ela foi encontrada pelo perdão do Cristo e isso a fez amá-lo com uma profundidade intensa, a qual manifestou em sua atitude de adoração sincera e espontânea em plena residência de um fariseu; ou seja, de certo modo quebrando a ética esperada, contudo agradando àquele que por seu amor a resgatara para sua maravilhosa luz!