Ententendo e Vivendo
Dons de revelação
- Detalhes
- Pr. Edvard Portes Soles
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Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
1 Coríntios 12:7
INTRODUÇÃO
O Espírito Santo foi enviado para “guiar a igreja em toda verdade” (João 16:13). Há mistérios que não nos foram ainda revelados, verdades que ainda não chegaram ao nosso conhecimento e assuntos de natureza espiritual, os quais é mister discernir espiritualmente. Diante de tantos desafios a Igreja ficaria à deriva e sujeita aos ataques do inimigo não fossem os dons a ela concedidos. Além do mais não haveria nem crescimento e nem aperfeiçoamento na fé. Os dons são essenciais à Igreja, sempre foram e sempre serão enquanto a mesma militar a aqui deste mundo. Vejamos alguns deles nessa lição de hoje, lembrando que é um assunto vasto e que, portanto, não se tem pretensão de esgotá-lo aqui. A recomendação é que os mesmos continuem sendo estudados e sendo cuidadosamente desenvolvidos na Igreja como o Espírito Santo julgar necessário.
PALAVRA DO CONHECIMENTO
O dom da “palavra do conhecimento” pode ser definido como a capacidade de conhecer verdades de Deus que ainda não foram percebidas. Tais verdades podem ser as que foram reveladas nas Escrituras ou não, pois podem se aplicar a certas circunstâncias excepcionais, particulares e que não envolva aspectos da revelação bíblica ou doutrinários. Há verdades da Bíblia que dizem respeito a assuntos que, embora foram escritos sob inspiração divina, eles ainda não foram compreendidos, nesse caso, quem recebe tal dom tem capacidade de “pesquisar, sistematizar e sumariar os ensinamentos da revelação já dada, para que o crente adquira compreensão mais profunda da verdade divina”.
O que se deve ter em mente é que, embora todo ser humano possa chegar ao conhecimento de verdades básicas da Palavra de Deus e que são essenciais para sua salvação, existem assuntos de maior complexidade e que demandam um estudo mais profundo e ainda assim, muitos permanecem ainda sem uma intepretação clara e satisfatória. Até mesmo o apóstolo Pedro, por exemplo, reconheceu que Paulo escreveu assuntos de “difícil compreensão” (2 Pedro 3:15-16).
Pode-se ainda entender “palavra do conhecimento” em vários aspectos, como por exemplo: a capacidade de compreender as coisas para nós mesmos, ou para comunicá-la aos outros, ou a comunicação com conhecimento profundo das realidades espirituais, ou o conhecimento profético de coisas futuras; ou uma capacidade de falar das coisas espirituais doutrinariamente, sem grande preparo acadêmico ou pesquisa antecipada. O conhecimento de que se trata o texto não é algo que adquirimos com estudos ou com nossas faculdades e capacidade intelectual. Tais elementos constituem apenas veículo neste processo, trata-se sim de conhecimento de Deus que é dado ao ser humano, e pode ser dado de várias maneiras diferentes: por sonho, por visão, por revelação especial, operando na esfera humana, no seio da Igreja; sendo um conhecimento sobrenatural propiciado por Deus.
Há muitos exemplos bíblicos de como esse dom se manifestou:
Na vida de Eliseu. O Senhor lhe mostrava os planos do rei da Síria, e ele os contava ao rei de Israel, que de posse dessa informação passava por outro caminho e não caía nas emboscadas preparadas para ele. (2 Reis 6:8-12). Era um conhecimento muito mais aperfeiçoado do que todos os atuais sistemas de informação, com uso de tecnologia de ponta, usados no mundo atual. Eliseu não tinha informantes, nem sonhava com equipamentos de comunicação ou de satélites. Era a mensagem divina, diretamente do Espírito Santo ao seu coração.
Daniel na Babilônia. O capítulo 2 de Daniel relata um sonho que deixa o rei sobremodo perturbado. Havia, neste episódio, um agravante, pois além de requerer a intepretação o rei também havia esquecido qual era o sonho (v. 5). Ao ser levado até a presença do rei foi designado um tempo em que Daniel se reuniu com seus amigos Hananias, Mizael e Azarias em oração e o mistério foi-lhe revelado em uma visão. Não se tratava de um conhecimento natural, pois os maiores magos e astrólogos do reino não conseguiram descobrir, porém Deus revelou a mesmo Daniel (v. 22; 27-28). Além desse episódio, Daniel teve outras revelações e uma delas se deu com a compreensão que teve com relação ao livro do profeta Jeremias. O capítulo 9 de Daniel relata que ele “entendeu pelo livro do profeta Jeremias que o período do cativeiro seria de setenta anos” (Daniel 9:2). Esse conhecimento ilustra uma compreensão vinda a partir de algo revelado pelas Escrituras, mas que ainda não foi claramente entendida.
José, o pai adotivo de Jesus, foi um homem que experimentou esse dom. Quando Maria estava grávida e José pensava em deixá-la, um anjo lhe falou em sonhos para que a recebesse por esposa, pois o que nela estava sendo gerado era obra do Espírito Santo (Mateus 1:18-20). Depois, quando o recém-nascido Jesus corria risco de vida José mais uma vez é avisado por um anjo e foge para o Egito (Mat. 2:13-15). Depois, mais uma vez é avisado para que retornassem para Jerusalém (v. 19-20) e, estando já em Israel foi “divinamente” avisado para que não fosse para a Judeia, e assim ele retirou-se para a Galileia (v. 22-23).
O dom da Palavra do Conhecimento pode manifestar-se de várias maneiras e não significa necessariamente que deva ser proferido de imediato, ou até mesmo mais tarde. Uma palavra de conhecimento, muitas vezes, vem de forma inesperada e não é essencialmente um dom vocal. Pode ser recebida até mesmo através de uma revelação silenciosa. Pedro recebeu tal conhecimento quando perguntado por Jesus sobre sua natureza e, então, afirmou “o Senhor é o Cristo, filho do Deus vivo”, e Jesus lhe assegura que ele obteve esse entendimento a partir de uma revelação divina “não foi a carne e o sangue revelaram isso a você, mas meu Pai, que está no céu” (Mateus 16:13-17).
DOM DE PROFECIA
A tradição profética tal como havia em Israel já cessou, provavelmente João Batista tenha sido a última voz profética nestes moldes. O que existe hoje são pessoas que possuem o dom de profecia, mas não um ministério profético como alguns podem pensar.
No Antigo Testamento, a palavra profeta deriva-se do hebraico navii, que se refere ao homem que era inspirado pelo Espírito Santo para entregar as mensagens de Deus às pessoas (cf. 2 Pedro 1:21). No Novo Testamento, a palavra grega para profecia é propheteia, formada por dois termos, sendo pro, que significa “adiante”, “antecipado” e phemi, “falar”. Assim, nesses termos, profecia significa “a declaração do que não pode ser conhecido por meios naturais (Mateus 26:68), é a descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao passado, presente e futuro (veja Gênesis 20:7; Deuteronômio 18:18; Apocalipse 10:11; 11:3”.28 Profetizar, no grego, se resume numa palavra, propheteiiein, que significa “falar em nome de alguém, em favor de alguém”. Assim pode-se definir o dom de profecia como um dom especial, em que seu portador transmite uma mensagem para a Igreja ou para alguém, na inspiração do Espírito Santo.
Embora a profecia seja, por definição a transmissão de uma mensagem cuja origem e inspiração está em Deus alguns cuidados se fazem necessários:
• Não se trata de uma nova revelação, nada deve ser acrescentado à Bíblia; a revelação da Bíblia é a última dada ao homem, não se pode ir além dela. O que nos resta agora é a correta intepretação do que já foi escrito.
• A profecia tal como concebida no Novo Testamento é subordinada às Escrituras. É a Bíblia que julga todo o sistema de ensino (Atos dos Apóstolos 17:10-11) e as profecias de caráter universal encontram-se reveladas nas Escrituras, ficando assim o dom de profecia somente para casos particulares e pessoais.
• Dom de profecia não se restringe à mera intepretação de acontecimentos proféticos que se encontram na Bíblia, como alguns imaginam. Na verdade, acabam fazendo confusão com o dom do conhecimento; mesmo que nada se possa acrescentar à revelação bíblica, ainda existem muitos casos particulares, de caráter pessoal e excepcional, nos quais esse dom se faz necessário.
• Não deve ser usado para doutrinar a igreja, essa deve ser doutrinada pela Palavra de Deus, inspirada e revelada na Bíblia, e para doutrinar a Igreja existe o dom de mestre e o dom de pastoreio. Quem assim faz estará pecando e fazendo acréscimos à revelação bíblica.
O Novo Testamento apresenta alguns exemplos do emprego desse dom:
As filhas de Filipe em Atos dos Apóstolos 21:7-9. Dificilmente elas estariam pregando ou ensinado como alguns supõe. O mais correto aqui é que elas desempenhavam o dom de profecia e não o de conhecimento ou de pastor. Naquela época o dom de profecia era tido em alta consideração, chegando a ser mais necessário e eficiente do que o dom de línguas.
Um profeta de nome Ágabo em Atos dos Apóstolos 2:10-11. Sua profecia foi de caráter particular, não acrescentou nada novo à revelação bíblica, foi clara e direta e não estabeleceu uma nova doutrina, assim é que o dom de profecia deveria agir na igreja hoje. Outro exemplo de Ágabo encontra-se em Atos dos Apóstolos 11:27-30, no qual ele desce de Jerusalém para Antioquia acompanhado de “outros profetas”. Isso demostra que havia na Igreja do período apostólico os cristãos que desempenhavam o dom de profecia, e que um deles, Ágabo, profetizou sobre uma escassez e os discípulos creram nessa profecia, que, por sua vez, demonstrou ter se cumprido.
UMA PALAVRA DE ADVERTÊNCIA
As Escrituras ensinam claramente que devemos exercer a dom de discernimento – porque aparecerão muitos profetas falsos. Não há como deixar de ver as muitas advertências de Jesus e dos apóstolos quanto aos falsos profetas que viriam, principalmente no fim dos tempos. Muitos serão como lobos em pele de ovelha. Enganarão muitas vezes o povo de Deus. Por isso, entre os cristãos deve haver os que sabem distinguir entre profetas falsos e verdadeiros. Paulo estava preocupado com os coríntios porque eles pareciam ter pouco discernimento, recebendo a qualquer um como verdadeiro profeta de Cristo. “Porque vocês suportam com alegria qualquer um que chega e anuncia um Jesus diferente, que não é o Jesus que nós anunciamos. E acenam um espírito e um evangelho completamente diferentes do Espírito de Deus e do Evangelho que receberam de nós. ... Aqueles homens são apóstolos falsos, e não verdadeiros. Eles mentem a respeito de seus trabalhos, e se disfarçam em verdadeiros apóstolos de Cristo” (2 Coríntios 11:4 13, BLH).
FINALIDADE DA PROFECIA
Como todos os demais dons espirituais, o de profecia tem propósitos especiais da parte de Deus para a Igreja de Jesus Cristo. Só deve ser usado de forma correta, com base na Palavra de Deus. De maneira bem clara e até didática, o dom de profecia tem três finalidades básicas, em proveito da igreja: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação” (1 Coríntios 14:3 grifamos). Senão vejamos:
1. A palavra “edificação”, em grego, é oikodome e diz respeito à construção de uma casa, semelhante ao uso do termo em português. Portanto, não podemos esquecer que uma das funções primárias da profecia não é destruir a fé dos irmãos, antes fortalecê-la (Romanos 14:9; Efésios 4:12). O objetivo da edificação é conduzir os filhos de Deus à perfeição (2 Timóteo 3:16-17). (1 Coríntios 3:9). A formação espiritual de um discípulo de Jesus começa com a conversão, mas não para no discipulado inicial. Deve continuar por toda a vida. Pouco a pouco, o ensino da Palavra e da doutrina do Senhor vai construindo o caráter cristão no crente.
2. Exortar tem o sentido de “chamar para fora”, para orientar, ajudar e ensinar. Deriva da palavra grega parakalao, que tem o sentido de confortar, inspirar, defender e guiar. Exortar não tem o sentido distorcido, entendido por alguns, de que significa ameaçar, intimidar, ou causar pavor, na igreja. O verbo grego parakalao tem origem em outra palavra de muito significado, Paracleto, que significa Consolador, o título que é dado ao Espírito Santo (cf. João 14:16; 15:26).30 Por isso, Paulo ensina que quem exorta deve fazê-lo “com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4:2). Entende-se por exortar, o poder de exercer influência sobre a vontade e as decisões de outra pessoa com o objetivo de guiá-la para o caminho correto. Exortar é dirigir-se ao homem integral. Pelo menos no início, abrange o conhecimento, a emoção e a vontade.31 Este dom não envolve somente a exortação propriamente dita, mas também o conforto, o consolo e o encorajamento. É colocar-se ao lado de alguém, simpatizando-se com ele, compreendendo seus problemas e confortando-o com uma palavra de exortação.
3. Consolação. O verbo “consolar”, em grego, é paramuthia e diz respeito ao conforto proveniente do dom espiritual de profecia.33 A Igreja é estimulada a ter esperança no Senhor quando esse dom é manifestado, a fim de que essa não perca o ânimo espiritual (1 Coríntios 14:31; 1 Tessalonicenses 5:14). Esses termos aparecem em outros contextos bíblicos sem se referirem ao dom espiritual de profecia (Efésios 4:12; 2 Timóteo 4:2; Efésios 6:22). Em tais contextos, fica demonstrado que a Igreja pode ser edificada, exortada e consolada não apenas através desse dom, mas, principalmente, por meio do ensino da Palavra de Deus. Por isso, devemos dar o devido crédito à mensagem da Escritura, mas sem desprezar as profecias (1 Tessalonicenses 5:20) como possibilidade espiritualmente legítima para a edificação, exortação e consolação da Igreja.
DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
O dom de discernimento é a capacidade para reconhecer a origem e a natureza das manifestações espirituais. Com ele a pessoa é capaz de saber se quem está falando está sob influência do Espírito Santo ou não. Também pode detectar erros doutrinários que possam vir misturados com verdades e que facilmente enganam os ouvintes. Tais manifestações podem ter basicamente, três origens: De Deus, do homem (da carne) ou do maligno. Em determinadas ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no meio da congregação, ou diante de um servo de Deus, com aparência de genuína e ser uma mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo entendimento e pela lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das manifestações espirituais. Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de Deus ou a Igreja não será enganada.
O dom do discernimento trata de um julgamento baseado no conhecimento profundo revelado por Deus e que traz à luz o que não pode ser visto ou conhecido pela capacidade humana, pois penetra nas profundezas, abaixo da superfície e vai descobrindo segredos, intenções e motivações da alma. Não é o espírito crítico que alguns tem naturalmente ou desenvolvem através da experiência ou em cursos universitários, é um dom sobrenatural por lidar com o desconhecido, pois a Bíblia nos adverte que “que a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12). Uma vez que estamos no campo espiritual a mente humana não é capaz de conhecer tais realidades, pois o “homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhes são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Cor 2:14). Assim há fenômenos no mundo espiritual que só quem recebe este dom será capaz de conhecê-los com clareza e profundidade. Através desse dom, em suas diversas manifestações, a Igreja pode detectar a presença de demônios, no meio da comunidade ou congregação, a fim de expulsá-los, no nome de Jesus.
A Bíblia nos mostra alguns exemplos de quando este dom foi usado:
Ananias e Safira quando tentaram enganar o apóstolo Pedro sobre o valor da venda de uma herdade. O apóstolo pôde discernir que eles estavam mentindo e que o coração deles estava cheio de pensamentos diabólicos (Atos dos Apóstolos 5:1-10).
Em uma ocasião em Pafos, Paulo estava diante de um falso profeta, o qual lhe fazia oposição e atrapalhava o procônsul Sergio ouvir a mensagem do Evangelho. O apóstolo teve discernimento de que era uma ação demoníaca e o repreendeu. Após intervenção divina, o homem ficou instantaneamente cego, e diante disso, o procônsul creu no Senhor (Atos dos Apóstolos 13:1-12). Este episódio serve de alerta, pois muitas vezes nos deparamos com certos opositores e questionadores do Evangelho que não o fazem por sinceridade e nem para esclarecer dúvidas, mas sim, por estarem a sob influência de Satanás, tendo por objetivo desviar a atenção de pessoas que precisam ser alcançadas pela graça de Deus.
Outro fato que mostra o dom de discernimento ocorreu novamente com Paulo, dessa vez em Filipos, quando uma jovem estava possessa de espírito maligno (veja Atos dos Apóstolos 16). Este caso é interessante, pois normalmente não desconfiamos quando as pessoas elogiam nossa fé e até mesmo nossa pregação. Podemos entender até que, a princípio, os apóstolos devem ter ficado pensativos com aquela declaração. De fato, eles eram servos do Deus Altíssimo! O que haveria de errado ou repreensível ouvir tal elogio? Não teria a jovem percebido que eles eram cristãos autênticos? Acontece que Paulo e Silas eram homens de oração, tinham comunhão com o Espírito Santo. Depois de alguns dias, ouvindo aquela declaração, Paulo discerniu a sua origem. Não era nada da parte de Deus. A afirmação era verdadeira, mas a origem e a intenção eram malignas. O Diabo queria iludir os apóstolos, com bajulação e lisonja, para que o demônio continuasse livre para agir, após a saída dos servos do Senhor.
O discernimento espiritual se faz necessário na Igreja, pois muitas vezes atrás de um bom conselho pode estar uma intenção maligna que visa nos desviar do propósito de Deus. É preciso que o Espírito Santo conceda esse dom em momento oportuno a fim de provar os espíritos e as intenções do coração. No mundo atual, a Igreja de Jesus necessita, mais do que nunca, da revelação profunda das coisas divinas, para discernir entre o certo e o errado; entre o legítimo e o falso, no que respeita às manifestações espirituais. Em determinados programas de TV, de responsabilidade de igrejas ou de determinados pregadores, existem heresias absurdas, como a chamada teologia da prosperidade; o “cair no espírito”; “maldição hereditária” para o salvo em Cristo, o “teísmo aberto” e outras manifestações heréticas, que, a princípio, têm aparência de serem genuínas e levam muitas pessoas incautas, que não leem a Bíblia, a interessarem-se por tais ensinamentos espúrios. Que o Senhor conceda à sua igreja os dons de revelação a muitos crentes, incluindo líderes, para presidirem a Igreja local com segurança espiritual e doutrinária.
CONCLUSÃO
Os dons acima listados são os dons da revelação, ou seja, por meio deles se dá a revelação de Deus, a respeito de si mesmo ou a respeito de assuntos que vão além da capacidade humana de compreendê-los. A Igreja não deveria negligenciá-los, embora isso tem acontecido com certa frequência, por falta de conhecimento ou por receio de rever ensinos que foram sendo passados pela tradição, mas que não vieram de uma compreensão clara das Escrituras. Por outro lado, o uso abusivo e irresponsável de alguns destes dons tem trazido prejuízo para o povo de Deus, pois alguns tendem a se apegar com demasia a eles a ponto de substituir a Palavra de Deus pelos mesmos, principalmente o dom de profecia. Convém lembrar que se trata de dons do Espírito Santo, não são nossos dons, eles são dados apenas a alguns crentes para uma finalidade específica e para edificação da Igreja, cabe a cada um orar para que o dom que lhe for concedido seja usado para essa finalidade e para a glória de Deus.
QUESTÕES PARA ESTUDO EM CLASSE
1. O que é “palavra do Conhecimento” e como ele se aplica? A Bíblia apresenta esse dom sendo aplicado? Cite exemplos.
R.
2. O que é “Dom de Profecia”? Quais cuidados devemos ter em relação a esse dom?
R.
3. Qual a finalidade do “Dom de Profecia” de segundo 1 Coríntios 14:3?
R.
4. Qual a importância do “Dom de Discernimento de Espíritos”? Como esse dom pode ser visto no livro Atos dos Apóstolos 5 1-10; 13. 1-12 e Atos dos Apóstolos 16?
R.
5. Por que o “Dom de Discernimento de Espíritos” é importante para a Igreja contemporânea?
R.