Ententendo e Vivendo
O comprometimento consigo mesmo
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- Pr. Jarbas João da Silva
- Entendendo e Vivendo
Olhai, pois, por vós.
Atos dos Apóstolos 20:28a
INTRODUÇÃO
Comprometer-se consigo mesmo requer alguns cuidados, que podem ser físicos, espirituais, emocionais. Significa zelar pelo bom nome, mas também pela própria saúde; crescer intelectualmente, mas também se fortalecer espiritualmente. Às vezes, no calor da nossa emoção espiritual, sentimo-nos comprometidos com Deus, também com o próximo, com a igreja, porém esquecemos que fazemos parte do Reino, que fazemos parte do Corpo de Cristo Jesus, e assim negligenciamos a nós mesmos. E não é isso que o Senhor quer, Ele, que é o primeiro a ter esse zelo com o ser humano, requer de nós que sejamos também zelosos com a morada do Senhor! Não é uma questão de vaidade ou egocentrismo, mas sim de diligência. E por que precisamos ser diligentes, cuidadosos? Porque nós cristãos não somos pessoas comuns, temos uma missão dada pelo Mestre Jesus e somos representantes do Senhor aqui na terra, chamados de fi lhos de Deus! Por isso devemos ser íntegros, por fora e por dentro; no falar e principalmente no agir. Para isso, o comprometimento deve ser de acordo com a expressão: “amar o próximo como a mim mesmo” (Marcos 12:31), logo, eu preciso me amar, você precisa se amar. E quem ama, cuida, não é mesmo?
COMO VAI VOCÊ?
Olá, líder, tudo bem? Tudo bem mesmo? A palavra “mesmo” nesse contexto significa “realmente”. Então eu pergunto novamente: Realmente está TUDO BEM? Não adianta mentir porque Deus sabe se realmente está ou não. Não, não estou dizendo que você está me enganando, mas provavelmente você está se enganando. Por que isso? Porque muitas vezes o pastor ou obreiro, o líder eclesiástico, preocupa-se “demais” com a sua membresia, com suas ovelhas, e se esquece de si mesmo, doa-se de forma tal que investe na igreja não só tempo, mas também a sua própria vida! E isso implica em família, vida pessoal, saúde, finanças, etc.
Ultimamente tenho ouvido histórias de pastores se suicidando. Como isso pode ser possível? Ele não é um homem de Deus? Anjo do Senhor para as igrejas? Líder espiritual? Na verdade, ele é tudo isso e também homem. Porém até o Filho de Deus teve o Seu momento de fraqueza humana, perguntando ao Pai se havia possibilidade de “passar d’Ele o cálice da morte”. Logo, todos os homens, que são mortais, embora fortes e corajosos, podem não suportar o excesso de determinadas cargas que levam às vezes sozinhos. E nessa caminhada, esquecem-se de cuidar de si mesmos, sofrendo as possíveis consequências de um desgaste físico, mental e também espiritual. Há algumas preocupações a serem observadas: alguns pastores estão longe de sua terra natal; outros casados, com filhos em idade escolar; ainda alguns com problemas relacionais com a membresia, ou até mesmo com a própria família.
Como ajustar esses problemas? De que forma o pastor pode conciliar todas as suas funções (pastor, conselheiro, evangelista, gestor administrativo, visitas, professor, serviços gerais, etc.) com o seu equilíbrio emocional, psicológico e espiritual? Lembrando que ele também é servo do Senhor, e para isso deve ser “templo do Espírito Santo”, “vaso de honra” e “carta viva”! ou seja, todo o seu ser deve estar sempre em processo de purificação, todo seu ser deve estar preparado para ser usado por Deus e todo seu ser deve resplandecer a glória do Senhor! Para que isso aconteça, é necessário que o líder pastoral esteja sempre cuidando também e primeiramente de si mesmo, pois doentes não conseguimos cuidar com zelo e a dedicação necessária de outros doentes. Vamos fazer um “check up”, então?
Até aqui eu me reportei aos líderes, pastores, presbíteros. Porém cada um de nós, líderes, membresia, igreja, devemos ter a consciência do comprometimento pessoal, cada um consigo mesmo, sabermos que fazemos parte de um corpo que funciona simultaneamente e em comunhão, afinal somos embaixadores de Cristo (2 Coríntios 5:20). Cada membro é uma parte do corpo de Cristo, e se um não funciona, o corpo reage de forma deficiente. Ninguém dá ordens ao coração para bombear o sangue; nem ao pulmão para oxigenar o sangue; nem ao rim para filtrar o sangue, etc., e mesmo assim cada órgão funciona “sabendo” exatamente das suas responsabilidades e realizando tudo aquilo que é necessário no corpo e para o corpo, a fim de que a vida se prolongue.
Ninguém quer morrer. Seja jovem, ou seja idoso, todos gostariam de viver para sempre. Essa necessidade de viver é inerente a todo ser humano, afinal ele foi feito para ser eterno. Muitos querem prolongar as suas vidas, viver o máximo possível. Alguns usam de subterfúgios para se sentirem mais jovens, para prolongarem o vigor da vida, a força da juventude. Na verdade, esses pretextos servem apenas para “maquiar” a velha carne em decadência. Forte isso? Porém é a pura verdade, ninguém escapará ao declínio do homem natural causado pelo pecado. Todavia o cristão, independente do seu enfraquecimento físico, está em permanente crescimento e rejuvenescimento espiritual! E isso acontece pelo alimento da Palavra, pela comunhão com Deus e à obediência a Ele, pelo cuidado que começa em nós.
Cuidamos de várias coisas ao longo do dia, da casa, do trabalho, da escola, do marido, da esposa, dos filhos, da sogra e do cunhado; e dos cachorros. Das questões financeiras, intelectuais, emocionais. Cuidamos da vida dos outros, e às vezes esquecemos de cuidar de nós mesmos. Como vai você realmente? Como vai a sua vida emocional, espiritual, física, intelectual e financeira? Pare por cinco minutos e pense sobre as suas alegrias e decepções, conquistas e derrotas, seus feitos e seus projetos. Não é de praxe olharmos para dentro de nós e observarmos o quanto temos de responsabilidade conosco, pois há muitas situações que nos levam a nos esquecermos de nós mesmos e nos atermos às nossas rotinas, fazendo quase tudo mecanicamente. Collins nos exorta:
“Durante os três anos de seu ministério, Jesus levou uma vida equilibrada. Ele ministrou, interagiu com as pessoas, descansou, separou tempo para oração e adoração, e descansou com os amigos. Ele tinha um propósito na vida, buscava o auxilio de Deus no dia a dia, e cuidava de sua vida espiritual, física, intelectual e social. Atualmente, há muitas pessoas que não têm este equilíbrio. Elas se desgastam, não descansam, não praticam exercícios, não têm uma dieta balanceada e vivem tão ocupadas - até mesmo com a obra do Senhor - que sua eficiência e vitalidade espiritual se acabam. Uma vida equilibrada requer planejamento, disciplina e a conscientização de que ninguém é tão importante no corpo de Cristo que não possa ser substituído...”.
O fato de nos comprometermos com nós mesmos é um ato de obediência ao Senhor, pois Ele sabe o que é melhor para os Seus, até mesmo se é melhor viver ou mesmo morrer! Pode parecer cruel ou insano esse pensamento para o ser natural, mas para aquele que conhece a Deus, sabemos que a morte é fruto do pecado, por isso algo natural de acontecer. E se nos comprometemos com o Pai celestial, automaticamente devemos nos comprometer a termos uma vida regrada, equilibrada, dirigida pelo Espírito Santo, que nos consola. Quando o verso-chave da lição nos alerta para que cuidemos de nós mesmos, embora no contexto a referência seja feita aos anciães da igreja de Éfeso, significa que grande responsabilidade está sobre nossos ombros, pois estaremos, todos nós cristãos, representando o povo de Deus, e sendo representantes do Senhor, devemos andar conforme os Seus preceitos, conforme orienta a Sua palavra.
Por isso diz o apóstolo Paulo: “pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens” (1 Coríntios 8:21 NVI), ou seja, nosso comprometimento pessoal se atém a Deus e ao próximo, temos responsabilidades com o Criador e também com a criatura. Mas o que nos leva a pensarmos que fomos chamados para tomar uma decisão e por ela termos agora um compromisso que deve ser honrado até mesmo com as nossas vidas? Amados, todo aquele que aceita Cristo Jesus como seu Salvador e único Senhor se compromete com toda a obra de Deus, com o Seu Reino, com o Seu povo, com a Sua criação. Logo, é nosso dever, depois de nos comprometermos com Deus, zelar por nós mesmos. Por quê? Vejamos a seguir.
VOCÊ É TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
É uma honra e um privilégio para o cristão ser considerado a morada do Deus vivo! Como entendemos essa afirmação? “Será que vocês não aprenderam ainda que seu corpo é a morada do Espírito Santo que Deus lhes deu, e que Ele vive dentro de vocês? Seu próprio corpo não lhes pertence” (1 Coríntios 6:19 VIVA), mistério de Deus, mas podemos nos reportar ao Antigo Testamento que nos mostra uma morada divina onde a presença do Senhor se fazia presente com todo o Seu poder e glória. A partir do capítulo 35 de Êxodo até o capítulo 40, é iniciada a construção do tabernáculo de Deus. O Senhor orienta detalhadamente cada passo que deveria ser dado pelos construtores dessa obra, pois nela Deus Se faria presente.
Contudo o Senhor já apontava, naquele tempo, para o homem como a Sua morada: “Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis” (Ezequiel 36:27). Podemos observar que Deus não faz visitas, mas habita no Seu povo, e habitando faz com que aquele que O ama ande corretamente obedecendo aos Seus mandamentos. E assim como era o tabernáculo de Deus, assim também o corpo do homem que serve ao Criador, “Vocês compreendem que todos juntos são a casa de Deus, e que o Espírito de Deus vive entre vocês, em sua casa?” (1 Coríntios 3:16 VIVA), ou seja, deve ser um lugar santo!
Temos nos comprometido com a nossa santificação? Temos cuidado de nós mesmos? Temos olhado mais para o nosso interior do que para o exterior dos outros? Temos sido saudáveis, física e espiritualmente? Um dos fatores essenciais para que nos fortaleçamos é a oração. Precisamos nos comprometer com o nosso espírito primeiramente, pois é ele que combaterá diretamente contra a nossa carne. E a oração nos aproxima do Senhor, a oração quebranta a força em nós mesmos (orgulho, vaidade, etc.) e nos traz a força e o poder de Deus. Na oração, as pessoas de Deus estão presentes, ao Pai eu me dirijo em nome do Filho com o auxílio do Espírito Santo. Outro fator importante é o jejum, o qual, junto com a oração, enfraquece a nossa carne enquanto fortalece o nosso espírito.
Há um capítulo mais à frente, lição 11, que esmiuçará sobre a ética e a moral do cristão, mas até lá, é necessário que pensemos nos fatores citados para que tenhamos condições de continuar a caminhada junto ao nosso Deus, continuar sendo morada do Deus vivo, pois foi o próprio Mestre que disse: “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada” (João 14:23 grifo nosso). Lembrando que o “templo do Espírito Santo” também se constitui do corpo físico, que também deve ter o devido cuidado. Cuidar do motor de um carro sem observar os pneus pode nos deixar à deriva na estrada.
Zelar também pela saúde física é um dever do cristão. Muitos são negligentes consigo mesmo, acarretando consequências danosas à sua saúde. Podem imaginar que fazem mal somente a si mesmos, porém isso envolve a família, a igreja, o trabalho. um corpo mal cuidado vai requerer posteriormente maiores cuidados, ter uma vida desregrada, seja no descanso, na alimentação, no envolvimento emocional, nas ambições, na vida financeira, possivelmente trará um desgaste precoce que acarretará em perda de vigor. Chafer nos alerta quanto a sermos esse templo sagrado, dizendo: “...Muita coisa disso está em forte contraste com o relacionamento do Novo Testamento, em que cada crente é um templo do Espírito e onde são ordenados a “serem cheios do Espírito”, bênção essa que depende não da ação soberana divina, mas do ajustamento humano à vontade de Deus”
VOCÊ É UM VASO DE HONRA
“A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento, preciosidade, valor e gloria”9 . Diante deste conceito, é de se esperar que o cristão seja um exemplo a ser seguido porque deverá se portar de tal maneira que as pessoas vejam nele o modo correto e justo de viver, tanto em sociedade quanto no seu viver pessoal. Ser respeitado requer uma vida comprometida consigo mesmo e com o próximo, uma vida de obediência aos mandamentos de Deus, de cumprimento das leis.
“Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 2:20-21). Se purificar dessas coisas significa se afastar da iniquidade, que significa mau, injusto, perverso. O homem que obedece a Deus se torna este vaso de honra, sendo respeitado por todos pelos seus atos cristãos. Este homem não é caluniador, mentiroso, hipócrita, vaidoso, corrupto, imoral, arrogante, preguiçoso. Mas santificado para que seja útil ao Senhor, realizando aquilo para que foi preparado por Deus.
A honra de um cristão é a honra do corpo de Cristo Jesus. Assim como a desonra também desonra o Mestre. “Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros” (1 Coríntios 12:22 25 NVI grifo nosso). Devemos sempre nos lembrar de quem nós somos, vasos de honra, e somos honrados por Deus pelo amor que tem por nós, dando-nos o Seu único Filho por sacrifício para que tenhamos vida eterna no retorno ao lar celestial.
“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra,” (1 Tessalonicenses 4:3-4 grifo nosso). A honra não está dissociada da santificação, ela faz parte do processo. As nossas atitudes diárias vão moldando o nosso caráter, vão projetando o nosso compromisso cristão, vão sedimentando os preceitos divinos em nossa vida a fi m de que sejamos este vaso de honra para o Senhor. “Os cristãos não devem ser como esponjas, se enchendo e retendo tudo, mas sim como vasos usados por Deus para levar instrução e bênçãos a outras pessoas. A essência do amor cristão é doar e compartilhar;(...))”10. Por isso precisamos nos encher do Espírito Santo! E como fazemos isso? Na carta de Paulo aos filipenses, capítulo 4, verso 8, encontramos a receita: “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (grifo nosso).
VOCÊ É CARTA VIVA
Pode não parecer, mas todos estamos sendo observados por todos. As nossas ações estão sendo lidas, analisadas e julgadas. E o que revela o cristão? Revela aquilo que lhe foi inscrito por Deus! “A única carta que eu necessito, são vocês, vocês mesmos! Só em ver a boa mudança em seus corações, todos podem ver que nós fizemos uma obra de valor entre vocês. Eles podem ver que vocês são uma carta de Cristo, escrita por nós. Carta escrita não com pena e tinta, mas pelo Espírito do Deus vivo; não esculpida na pedra, mas em corações humanos” (2 Coríntios 3:2-3 VIVA). Por isso, você e eu, que fomos selados com o Espírito Santo mediante a fé em Cristo Jesus, único Senhor e Salvador, estamos anunciando as Boas-Novas do Senhor, em palavras e muito mais em atitudes. Tem sido nossa atitude aquela que honra a Deus? Temos falado de um Deus justo e amoroso, ou parcial e cruel?
Paulo nos diz nos dois primeiros capítulos de Romanos que cada pessoa - até mesmo a mais pervertida ou confusa - tem a lei escrita em sua consciência. Mas só os crentes têm a lei escrita no coração; em outras palavras, só por meio do novo nascimento uma pessoa pode deleitar-se verdadeiramente na lei de Deus. Antes ela só condenava e amaldiçoava, mas agora, porque somos considerados como tendo cumprido perfeitamente a lei porque Cristo a cumpriu em nosso lugar, ela só pode nos dirigir em nossa vida cristã. Ela nunca pode nos ameaçar com “Se você não fizer a sua parte, Deus não fará a dele”. Afinal, Deus fez a “nossa parte” mediante a vida perfeita e a morte de seu próprio filho. Agora, essa promessa incondicional não apenas traz vida a nós que não podemos alcançar uma única parte da promessa pela nossa própria obediência ou nosso próprio esforço, ela traz um novo coração que ama a lei de Deus pela primeira vez. Observe que em vez de remover a lei da vida do crente, Paulo declara, “estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus;... o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3:3-4, 6).11
Logo essa preocupação conosco se faz aceitável, visto que vivemos para Deus e d’Ele somos embaixadores do Seu Reino, sendo responsáveis pela divulgação do Evangelho. Necessitamos da misericórdia do Senhor para que não envergonhemos o Seu nome, muito pelo contrário, que a nossa vida seja um apontar para Cristo Jesus, alimentada pelo fruto do Espírito, para que muitos venham a aceitar a Palavra escrita em nós; para isso, sigamos o conselho de Pedro: “Tomem cuidado com o modo como vocês se comportam entre seus semelhantes não salvos; porque assim, mesmo que eles desconfiem e falem mal de vocês, acabarão louvando a Deus pelas boas obras de vocês, quando Cristo voltar” (1 Pedro 2:12 VIVA). Somos morada do Deus Altíssimo no momento de nossa conversão; logo lutemos para que o fruto do Espírito frutifique em nossas vidas; daí então as pessoas poderão “ler” o que está escrito em nossos corações: o Evangelho da Paz!
APLICAÇÃO
Nossa relação com o Senhor nosso Deus é pessoal. Ele é o criador; e nós, a criatura. Precisamos da Sua orientação e do Seu favor. Seu amor nós já temos. E a responsabilidade também. Agora é só fazer a manutenção da morada do Senhor, enchendo-nos da Sua sabedoria, mostrando ao mundo o único Deus confiável e eterno, sempre nos recordando que:
• Somos templo do Senhor! E isso é honra e privilégio para aquele que o recebe como Senhor de sua vida;
• Somos vasos de honra, preparados por Deus para o que quer que Ele queira que façamos, sem medo, pois Ele é quem nos capacita para as obras que Ele mesmo preparou;
• Somos cartas vivas, anunciando que Deus quer que o homem volte à Sua presença divina, pela fé no Seu Filho, que morreu para salvação daquele que aceitar o Seu sacrifício.
• Por isso o cuidado com nós mesmos, para que possamos estar comprometidos com o Senhor, pois Ele nos fez e quer o melhor para os Seus. Saibamos, então, cuidarmos de nós mesmos para honra e glória ao nosso Deus e Pai.
CONCLUSÃO
Não há como mudar o destino do corpo físico, este está se deteriorando, tem uma vida finita, vai inexoravelmente morrer, mesmo toda a ciência trabalhando para imortalizá-lo. Porém a Bíblia nos dá a esperança de que este mesmo corpo será transformado, será perfeito na volta de Jesus. Também nos dá a esperança de uma vida eterna e abundante. Todavia enquanto “não morremos”, temos a obrigação de cuidar do nosso ser, físico e espiritual, torná-lo saudável e pronto para toda a obra de Deus. Não significa que seremos vaidosos, mas sim prudentes e responsáveis com a criação de Deus, atendendo aos mandamentos preditos pelo Criador que sabe de todas as coisas e trabalha para o bem da Sua criação. Portanto, amados irmãos, sejamos cuidadosos e tendo sabedoria, pois o Senhor é muito bom para conosco, não negligenciemos a Sua bondade e o Seu amor, não tornemos a nossa vida mais difícil do que já é, dando trabalho também aos que nos cercam e nos amam e nos quer ver bem.
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE
1. Comente em classe, de 0 a 10, o quanto você se compromete consigo mesmo.
R.
2. Muitos querem se parecer com seus ídolos, vestem-se como estes, usam o mesmo corte de cabelo, procuram falar ou cantar de modo idêntico. Nós não vimos Jesus, não O vimos atuar aqui na terra. Como então podemos nos parecer com Ele, imitá-lo de maneira que as pessoas vejam Jesus em nós?
R.
3. Como pode o homem tornar-se “Templo do Espírito Santo”?
R.
4. O que o cristão deve fazer para ser um “Vaso de honra”? e qual a sua finalidade?
R.
5. Tudo pode ser lido, inclusive as nossas atitudes. Tudo carrega uma mensagem. O cristão é um autêntico mensageiro de Cristo. Olhando para as nossas atitudes diante do mundo, que mensagem estamos transmitindo? Pense nisso como corpo de Cristo e como pessoa e comente com os irmãos em classe.
R.