E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do SENHOR seu Deus uma quarta parte do dia; e na outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao SENHOR seu Deus.

Neemias 9:3 

INTRODUÇÃO


   Conforme Russell Shedd71, o capítulo 9 de Neemias nos fornece um resumo da História de Israel até a sua época. Todo o texto é basicamente uma oração feita no pós-exílio babilônico, um período de reconstrução da nação de Israel. Um tempo para recomeçar. Revisão de conceitos, de atitudes, de expectativas com o intuito de ir em direção a um futuro no qual o Senhor Deus será novamente o governante de Israel. A obediência do povo para com o Senhor voltará e a presença d’Ele será o bem maior a ser buscado.
   Ao longo da oração deste capítulo percebemos que Neemias era um profundo conhecedor da história de Israel. Alguém que tinha raízes profundas com os judeus e que contava com o respaldo das autoridades persas para se posicionar à frente desse avivamento. A função principal exercida por Neemias nesse processo de reconstrução desde o início parece ter sido dividida em duas partes: orar e agir. Aliás, a etimologia
72 da palavra oração nos apresenta essas duas palavras. Trata-se de duas ações, uma que se dá de modo vertical para com o Senhor e outra de modo horizontal para com o próximo.


O RETORNO À CONTRIÇÃO SINCERA (Neemias 9:1-2)


   Quando lemos a respeito do período de governo do rei Zedequias em Judá, vemos que Jerusalém foi cercada, invadida e destruída: “Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade na mão do rei de babilônia, o qual queimá-la-á a fogo” (Jeremias 34:2).
   O cativeiro babilônico aconteceu porque o povo judeu se afastou do seu Deus (2 Reis 24 e 25). Após passarem pela experiência do cativeiro que teria como objetivo uma punição didática, alguns grupos retornaram para Jerusalém e recomeçaram todas as coisas (Neemias, Esdras, Josué, Zorobabel, entre outros).
   Neemias escreve que os filhos de Israel se ajuntaram e se humilharam publicamente. Vemos aqui a importância de um encontro específico, reunindo o maior número de pessoas possível para se avaliar o momento em que se vive e buscar direção para tomar decisões que sejam benéficas para todo o povo “
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2 Cr7:14).
   Lembramo-nos da mensagem que o Senhor dera para Jeremias no início do exílio: “...
buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29:13). Por meio de uma carta, Jeremias envia essa mensagem para os judeus cativos. No exílio, Daniel leu os escritos de Jeremias e entendeu que o fim do cativeiro chegaria. Quando o povo judeu retornasse para a Judeia deveria recomeçar tudo de uma forma que agradasse ao Senhor. O sofrimento do exílio deveria servir de ensinamento para os judeus. Ao receberem a oportunidade para recomeçar, deveriam fazê-lo de modo que atraíssem a presença do Senhor não apenas para as suas celebrações, mas também para o seu modo de viver em comunidade. O avivamento não seria experimentado somente sob o ponto de vista religioso, mas, também, o comunitário.
   Temos, pelo texto de Neemias, a informação de que: “os da linhagem de Israel se apartaram dos estrangeiros” (Ne 9:2). O convívio com povos de outras nações foi finalmente rejeitado. Este afastamento ocorreu em virtude dos povos circunvizinhos terem hábitos religiosos diferentes dos judeus e pelo fato de crerem e seguirem a outros deuses.
   Além destas atitudes iniciais, os judeus também se puseram a confessar diante de Deus os pecados que vinham
sendo praticados por eles e também, por aqueles que ocorreram envolvendo seus antepassados.


RELEMBRANDO A BONDADE DIVINA (Neemias 9:6-15)


   Neemias relembra o povo judeu sobre o poder criativo de Deus. O universo e a natureza são descritos e apresentados como sendo guardados pelo Senhor sob um cuidado especial. Há que se destacar também a expressão “...o exército dos céus te adora(Neemias 9:6b), apontando para a adoração que o Senhor Deus recebe nos céus, conforme Isaías 6:3 afirma a respeito dos anjos ...E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”.
   Em relação ao povo, Neemias traz à memória que seus antepassados foram tirados de Ur dos caldeus. O Senhor Deus fez uma promessa a Abrão que receberia uma nova terra para morar. Como o povo hebreu descende de Abrão, essa promessa era interpretada como uma aliança válida para a descendência desse povo chegando até a geração de Neemias “...para dar-te a ti esta terra, para herdá-la(Gênesis 15:7)
   A época dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó se passou. Mas já previamente avisados de que viriam tempos de
angustia no Egito: “
...Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,(Gênesis 15:13). Sob um regime opressor, os hebreus não tinham liberdade para expressar sua devoção ao seu Deus, nem para oferecer holocaustos a Ele (Abraão, Isaque e Jacó tiveram liberdade para erguer altares de adoração ao Senhor e essa liberdade foi perdida). O jugo se tornava cada vez mais pesado e a aflição se apoderou deles de modo que clamavam esperando por libertação “...Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores” (Êxodo 3:7).
   Quando o Senhor Deus aparece para Moisés e lhe dá a missão de libertar o povo hebreu do domínio egípcio, é feito para ele o desafio de ir até a presença do Faraó. O argumento que Moisés apresenta para que ele permitisse a
saída está baseado no compromisso assumido pelos hebreus de prestarem uma festa (culto) ao seu Deus no deserto “
... Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Deixe o meu povo ir para celebrar-me uma festa no deserto” (Êxodo 5:1). No deserto, em peregrinação, eles teriam liberdade para celebrar ao seu Deus.
   Após celebrarem a primeira grande festa (Páscoa – libertação do Egito – Êxodo 12) e conseguirem sair do Egito, Faraó se enfureceu e se pôs a persegui-los. O povo se vendo acuado diante do Mar Vermelho, clamou ao Senhor novamente. O Senhor pergunta a Moisés “
Por que clamas a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem” (Êxodo 13:15). Nesse momento observamos que os hebreus presenciaram dez feitos poderosos do Senhor (dez pragas).
   Uma vez feita a travessia do Mar Vermelho mediante a intervenção miraculosa do Senhor diante do Faraó e seus
cavaleiros, os hebreus estavam livres para celebrar ao seu Deus no deserto. Eles foram guiados de formas diferentes durante o dia e à noite: “
Durante o dia o Senhor ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los, e assim podiam caminhar de dia e de noite” (Êxodo 13:21-22).
   Como peregrinos, os hebreus, foram sendo conduzidos. Até que Moisés “
subiu o monte para encontrar-se com Deus” (Êxodo 19:3). Como Moisés se ausentou e estava demorando para voltar, o povo hebreu, ainda sofrendo alguma influência da cultura egípcia, questionou Arão pela demora de Moisés e decidiu fazer uma festa. Notemos que eles fundem um bezerro de ouro e passam a adorá-lo, esperando que por meio dele fosse dada direção a eles do que deveriam fazer, afinal, Moisés não havia voltado como prometido.
   A agravante no texto (Ex:32) é que o povo atribui a saída do Egito a atos realizados por esse falso deus “
Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: “Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!” (Êxodo 32:4).
   Note que a adoração já era algo incutido na mente dos hebreus, mas o equívoco se dá neste episódio de modo
abominável. Em seu retorno, Moises se depara com essa festa reprovável. Ele quebra as tábuas que recebera do Senhor como mandamentos para o povo e executa juízo em meio ao povo “
Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Pegue cada um sua espada, percorra o acampamento, de tenda em tenda, e mate o seu irmão, o seu amigo e o seu vizinho” (Êxodo 32:27). Observemos que quem ajudou Moisés a punir o povo foi o grupo dos levitas “...Todos os levitas se juntaram a ele” (Êxodo 32:26).
   Novamente Moisés sobe ao monte para ver o e como se daria a sequencia da peregrinação:
“...Moisés disse ao povo: “Vocês cometeram um grande pecado. Mas agora subirei ao Senhor, e talvez possa oferecer propiciação pelo pecado de vocês” (Êxodo 32:30).
   O povo que ficou cerca de 430 anos no Egito acumulou influências contrárias àquelas que o Senhor esperava dos
hebreus em sua forma de pensar, agir e adorar. Nessa perspectiva, havia necessidade de o povo receber diretrizes
para o desenvolvimento de sua vida em comunidade, no relacionamento que ele teria com o Senhor e com o próximo. Nesse cenário surgem os Dez Mandamentos, sendo que basicamente os primeiros quatro ensinam sobre o relacionamento do ser humano com Deus e os outros seis vinculados ao convívio humano horizontal. O primeiro está diretamente ligado ao tema adoração.
Não terás outros deuses diante de mim(Êxodo 20:3).
   No Gênesis, o Senhor determina os dias e toda a criação. No sétimo dia descansa. No Êxodo, dá os Dez Mandamentos e reivindica aos hebreus que sejam obedientes à sua Lei. Na peregrinação, milagres acontecem, mas uma parte do povo deixa aflorar sentimentos que não agradam ao Senhor. A reverência a Deus e o devido temor para com Ele deveriam ser exercidos em todo o tempo. Mas não foi isso que se viu. De doze líderes, apenas dois deles entraram na terra prometida (Números 14:35-38). Os demais ficaram pelo caminho
... vimos gigantes ... e éramos aos nossos olhos como gafanhotos ...(Nm 13:33) Aqueles que pensaram assim não entraram na terra.
   O que foi feito por Josué e Calebe se deu diante do Senhor. Em todo o tempo eles procuraram honra-Lo e essa atitude Lhe agradou. O salmista nos escreve que “
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos” (Salmos 19:8). No deserto houve provisão e proteção da parte de Deus, mas também existiu rebeldia e murmuração por parte do povo. A adoração que hoje conhecemos não se resume apenas ao momento reduzido de um culto em algum dia da semana no templo e outro numa casa que nos recebe. Ela pode ser prestada por todos e em todos os lugares que consagramos ao Senhor (Jo 4:23, 24).


OLHANDO PARA OS ERROS DO PASSADO (Neemias 9:16-31)


   O povo de Israel recebeu do Senhor Deus muitas provas do Seu amor. O profeta Oséias escreveu que o Senhor “os atraiu com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento” (Os 11:4). Mas o povo se inclinava a se desviar do Senhor (Os 11:7). O profeta Jeremias, antes do exílio babilônico avisou ao rei Zedequias e a seus contemporâneos que os judeus seriam levados para o cativeiro em virtude de seus pecados, idolatrias e corrupções. “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a palavra do Senhor, e vô-la tenho anunciado, madrugando e falando; mas vós não escutastes” (Jeremias 25:3).
   A soberba e a dureza de coração geraram o castigo do Senhor. Esse mau comportamento se acentuou de tal forma que o cativeiro babilônico se tornou inevitável. Após o exílio, quando Neemias e seu grupo vêm ajudar ao povo de Jerusalém na reconstrução da cidade, sob a permissão e apoio do rei Artaxerxes. O rei deu cartas a Neemias para que, ao longo de sua jornada de restauração, obtivesse tudo o que fosse necessário pelo caminho que percorreria (Neemias 2:8).
   Em seu desafio de trabalhar na restauração da nação de Israel, Neemias encontrou adversidades e adversários (Ne 4:7). Mas antes de construir ou reconstruir algo físico, era necessário reconstruir a comunhão com o Senhor e, para que isso acontecesse, seria necessário priorizar a obra planejada pelo Senhor.
   O profeta Ageu avisa ao povo aquilo que não estava de acordo com o plano do Senhor nesse processo (tempo) de restauração “
Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por que causa? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa (Ag1:9).
   O avivamento acontece quando há interesse, vontade e desejo de buscar a presença do Senhor e quando se procura saber qual é a Sua vontade. Na sequência dos relatos de Neemias, foi relembrado ao povo quais foram as atitudes dos judeus que acabaram resultando na consumação do exílio babilônico. Jeremias passou cerca de vinte e três anos avisando que o comportamento do povo não estava agradando ao Senhor, mas não adiantou. Coube a Neemias, nesse momento, orar e pedir ao povo que agisse diferente de seus antepassados. A partir de então um novo tempo começaria na história de Israel.


RECONHECENDO OS PECADOS PESSOAIS (Neemias 9:32-37)


   Quando lemos a oração de Daniel no capítulo 9 de seu livro notamos que ele confessa pecados nacionais: “nós temos pecado e cometido iniquidades. Procedemos mal e fomos rebeldes, afastando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos” (Daniel 9:5). Neemias também menciona em sua oração esse tipo de pecado “Os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes e os nossos pais não guardaram a tua lei, nem deram ouvidos aos mandamentos e aos testemunhos que lhes deste“ (Neemias 9:34).
   Em ambas as orações notamos a atuação de duas pessoas separadas pelo Senhor para exercerem funções de influência e importância tanto para com o povo judeu, como para o relacionamento com outros povos. Daniel serviu no palácio em meio aos governos babilônico e medo-persa. Neemias servia ao rei persa Assuero (Xerxes). Esses dois personagens bíblicos do Antigo Testamento foram instrumentos do Senhor para que milhares de judeus retornassem à sua terra e recomeçassem suas vidas.
   Daniel se manteve fiel ao Senhor por aproximadamente 70 (setenta) anos. Ele foi intercessor do povo judeu junto
a estrangeiros que cultuavam deuses estranhos. Neemias trabalhou incessantemente para que os muros de Jerusalém fossem reconstruídos o mais breve possível. Ambos estavam interessados em ver a nação de Israel restaurada. Mas, para que esse recomeço prosperasse e alcançasse êxito, todo o povo 
precisaria desejar e agir em favor de que isso acontecesse. Neemias menciona que pelo fato de reis, príncipes e sacerdotes não terem se convertido de suas más obras, o povo judeu ainda continuava sob um regime de servidão. Mesmo de volta à sua terra natal, os judeus ainda estavam sob domínio persa.
   Nesse cenário, a confissão contundente de Neemias é que os judeus estão “...
em grande angústia” (Neemias 9:37). Uma pessoa angustiada, espera pela resolução de seu problema. Geralmente não há força plena para se desenvolver um trabalho/ função/ missão. A tensão, em muitos casos, passa a ser latente e leva essa pessoa a fazer e falar coisas que por vezes geram consequências desagradáveis. Num ambiente com essas características, não é incomum alguém desanimado e desesperançoso. Diante de um quadro social e religioso de letargia ou “morno”, as atitudes de lideranças em meio ao povo podem ser decisivas para que aconteçam mudanças.
   Neemias além de trabalhar na reconstrução da cidade, também foi posto pelo rei persa como governador “Também desde o dia em que fui nomeado governador na terra de Judá, desde o vigésimo ano até o trigésimo segundo ano do reinado de Artaxerxes, doze anos, nem eu nem os meus companheiros comemos o pão que me cabia como governador” (Neemias 5:14). Mesmo tendo direito, Neemias abriu mão de receber salário e, por doze anos, se dedicou à reconstrução de seu país. Para se experimentar avivamento, normalmente, se faz uma semeadura, um investimento de tempo, dedicação, consagração E oração. E isso começando por parte das autoridades (líderes) de um povo. Nesse sentido, Neemias se tornou referência para o povo e o levou a um comprometimento sério com o Senhor .


DISPOSIÇÃO EM RENOVAR VOTOS DE FIDELIDADE (Neemias 9:38; 10:1-38)


   Ao lermos o versículo 38 do capítulo 9 de Neemias, notamos que houve consenso entre as pessoas que exerciam
liderança naquele ambiente pós-exílico. Neemias relata que foi assumido um compromisso por príncipes, levitas e sacerdotes. Notemos que essas três funções têm ligação com textos relativos ao período do êxodo, quando a nação de Israel estava em formação, recebendo as tábuas da Lei e todas as ordenanças para seguirem em sua vida comunitária.

   Mais tarde, no ambiente do pós-exílio, na reconstrução da nação, temos o escriba e sacerdote Esdras, o profeta Ageu, o sumo sacerdote Josué e o governador Zorobabel. No capítulo 10 de Neemias, há uma lista de todas as pessoas que se comprometeram por meio de uma aliança e selaram as decisões publicamente. Todo o povo judeu tinha agora pessoas comprometidas com a causa do Senhor. Na ocasião, tratava-se da restauração da nação de Israel com seus dois elementos principais: As leis e ordenanças, que voltariam a ser obedecidas e a reconstrução do templo, lugar em que representaria a presença do Senhor.


CONCLUSÃO


   Para que a nação de Israel fosse restaurada foram necessárias atitudes, tanto sob o aspecto pessoal quanto o coletivo. O recomeço não dizia respeito apenas ao âmbito religioso, mas também ao social. Como por exemplo, a justiça, o direito, a honestidade, a generosidade, a assistência aos carentes (órfãos e viúvas) e a hospitalidade para com os estrangeiros.
   O avivamento esperado pelo Senhor não estava voltado apenas para aspectos ligados aos cultos em si, mas incluíam a qualidade dos relacionamentos entre as pessoas. Se os ensinamentos de Deus fossem obedecidos e os compromissos honrados, não haveria espaço para idolatria e corrupção, que trouxeram graves consequências para o povo judeu.
   Em um ambiente avivado, a oração, a consagração, a fidelidade, a verdade e a bondade aparecerão e serão reconhecidas não apenas por cristãos, mas também pela sociedade como um todo. Neemias liderou por meio do exemplo. Coube ao povo decidir se aceitaria o compromisso para com o Senhor. Dessa forma, a nação de Israel pôde continuar sua história como povo escolhido de Deus.


QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE


1. O que nos ensina Neemias 9 sobre a oração?
R.


2. Por que o povo de Judá foi levado para o cativeiro e qual o objetivo desse castigo?
R.


3. Como Neemias 9 nos ensina sobre bondade divina? Como essa bondade está relacionada com o avivamento do povo de Deus?
R.


4. Como o acontecimento no Êxodo está relacionado com a oração de Neemias 9?
R.


5. De acordo com a lição de hoje (e todo o contexto de Neemias 9): qual deve ser a postura do povo de Deus quando busca avivamento espiritual?
R.

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