Contexto

Na semana passada, vimos o compromisso de Maria com Deus: Foi um comprometimento completo, manifestando-se em como ela engrandecia a Deus e alegrava-se nele. Maria aceitou e achava muito bem-vinda a ação de Deus em sua vida, embora isto provasse ser uma enorme reviravolta para ela.

 

Na lição desta semana nos encontramos dentro do compromisso de Isabel. Assim como Maria, Isabel estava gerando um bebê que teria um papel muito importante para o plano de Deus na terra. O papel do filho de Isabel, João, era o de preparar o caminho para a obra do filho de Maria, Jesus. Isto segundo a narração do trabalho de João localizada no início do Evangelho de Lucas, enquanto que a discussão da obra de Jesus encontra-se no restante do livro.

Trazido para casa para Isabel

Isabel é um exemplo de alguém lidando com variadas situações consideráveis. Em Lucas 1:5-7, Isabel nos é apresentada como uma mulher correta, mas estéril. Isto teria parecido estranho para os contemporâneos de Isabel, pois infertilidade sempre fora vista como uma punição de Deus, indicando sua desaprovação para com a mulher infértil. Isabel, apesar de ser mulher de um dos sacerdotes de Deus, como era de fato, e uma mulher correta, por sua vez não era de se esperar que fosse estéril. Como ela lidou com esta situação nós não sabemos, pois a narrativa apressa-se na parte na qual Isabel é curada da infertilidade.

Além disso, nós vemos outra ocorrência a qual fora trazida para Isabel: a concepção inesperada numa idade avançada. Como ela lidou com esta condição? Lucas 1:23-25 conta-nos que Isabel enxergava na sua gravidez uma bênção dada por Deus. A concepção provou o benefício do Senhor em relação a ela, contra o sentimento que prevalecia de que talvez o Senhor a estaria reprovando.

A gravidez estaria até mesmo retirando a desgraça sentida por ela através da reação dentro da comunidade. Neste sentido, Isabel reconheceu a promessa que Deus lhe fez e a seu marido, Zacarias. Além do mais, não somente Isabel identificou a promessa de Deus, como também resolveu comprometer-se para seguir o que foi planejado por Deus para ela e o marido.

Havia outra promessa que Isabel confirmou: a promessa realizada a sua parente, Maria. Esta segunda promessa foi literalmente trazida para o seu lar, quando Maria decidiu ir visitá-la, o que não fazia há tempos (Lucas1:39-40,56). Pelo que depreendi, Maria ficou até o nascimento do neném de Isabel. O versículo 42 nos fala que Isabel via Maria abençoada por Deus, e ela também enxergava o bebê de Maria (Jesus) abençoado. Isabel estava feliz por causa da gravidez de Maria. Entretanto, parecia que as coisas poderiam ter ocorrido de uma outra maneira. Imagine você orar por anos para engravidar, sem nenhum resultado. Os únicos bebês que enxerga são os dos seus amigos e membros da sua família. Então, quando finalmente você fica grávida, numa idade avançada, e começa a guiar a sua vida em volta desta realidade, descobre que uma das suas parentes , uma mulher bem mais nova do que você, irá dar à luz um bebê no futuro próximo. Talvez houvesse a tendência de você focar-se na sua própria gravidez, chegando ao ponto de diminuir a sua participação na celebração da concepção daquela. Entretanto, isto não aparentava estar acontecendo com Isabel. Por que não?

Acho que o Evangelho de Lucas, 1:41, nos dá algumas pistas sobre a dinâmica do relacionamento entre Isabel e Maria. Duas coisas incríveis aconteceram quando Isabel ouvira a saudação de Maria. Primeira, o bebê de Isabel saltou no ventre dela. O que ela poderia ter pensado a respeito disto? Por que o bebê dela reagiu tão emotivamente a Maria? Esta questão foi respondida por Maria pela segunda coisa inacreditável que ocorreu: Isabel estava repleta do Espírito Santo. Nós, cristãos dos dias modernos, temos como já garantida nossa plenitude no Espírito Santo. Esta é somente uma parte do “pacote de acordo” de tornar-se um seguidor de Jesus Cristo. Entretanto, antes da chegada do Espírito no Pentecostes (Atos dos Apóstolos 2), poucas pessoas experimentaram esta sensação. Este evento foi extremamente significativo na vida de Isabel. Eu arriscaria dizer que a reação do bebê de Isabel à presença de Maria encaixava-se nesta história na medida em que houve o entendimento de Isabel pelo Espírito. E ainda, mostrou a ela que havia uma ligação sólida entre estas duas grávidas. Poderia este entendimento ter fortalecido a conexão entre essas duas mulheres? Creio que o elo existente entre Isabel e Maria foi ainda mais fortalecido durante aqueles três meses de visitas mútuas (Lucas 1:56). Isabel estava apta a comprometer-se não só com a gravidez dela, mas, também, com a de Maria.

Curiosamente, existe um outro compromisso firmado por Isabel naquela ocasião. Vimos, em Lucas 1:43 que Isabel comprometeu-se com o bebê de Maria, ao qual ela chamava de Senhor. Mais uma vez, eu acredito que o Espírito Santo fora quem revelara, para Isabel, a identidade especial do nenê de Maria.

Além disso, nós enxergamos em Isabel uma pessoa que estaria lidando com uma porção de mudanças importantes na sua vida. Ainda mais, vimos uma pessoa que estaria habilitada a realizar compromissos específicos em cada uma dessas situações.

Trazendo para casa conosco

Qual foi a lição para nós na passagem de hoje das Escrituras? Ao olharmos o assunto dos compromissos que fazemos, Isabel é um modelo para nós. Algo que ela nos ensina é a necessidade de flexibilidade no desenrolar das circunstâncias da vida. Isto é crítico, porque a vida nos sujeita a um número infinito de mudanças. Apesar de não conseguirmos controlar a maioria delas, podemos evitar que elas nos controlem. Nossa fé nos ajuda a fazer isso. Assim como aconteceu para Isabel, é possível acreditarmos nas promessas que Deus nos faz. Entre outras coisas, ele prometeu nos proteger, nos prover e nos dar sabedoria, a fim de nos fazer tomar decisões efetivas.

Você conhece as promessas que Deus fez para você como seguidor de Jesus que você é? Com que freqüência você vai até a fonte dessas promessas, a Bíblia? Em vez de ver a leitura das Escrituras como obrigação, é possível vê-la como uma oportunidade. É uma perspectiva muito mais enriquecedora.

Isabel, também, nos ensina a importância do estabelecimento de prioridades. Com o intuito de gerir vários compromissos, nós precisamos saber qual é o nosso papel primordial na vida. Você sabe qual é a sua missão no planeta? Assim como Deus teve um propósito para Isabel, ele também possui um desígnio para você. Quanto melhor definido o seu propósito melhores decisões serão tomadas a respeito dos compromissos que você adiará e com quais você seguirá adiante.

Finalmente, como você anda encorajando as pessoas? Vimos que Isabel, apesar de ter certeza de estar focada em sua própria gravidez, também celebrou a de Maria. Ao ver a obra de Deus na vida dos seus irmãos e irmãs em Cristo, você é capaz de apoiá-los no compromisso deles com Deus. Sim, cada um de nós tem uma função a exercer na construção do reino de Deus, porém ele também nos chama a apoiar um ao outro durante este processo. Nós trabalhamos juntos, como um time, com a finalidade de que cada membro da equipe seja mais competente no desempenho de seu papel.

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