Enfrentando a ira de Deus

Texto de Estudo: Josué 7:1 Josué 7:10-12, Josué 7:22-26

Quando as coisas não estão indo bem em sua igreja, pode ser tentador imaginar que há alguém em pecado, dentro da comunidade da fé. Não apenas algum pecado antigo, mas pecado cometido em pleno conhecimento do que Deus instruiu, não apenas ao indivíduo, mas à comunidade como um todo. Não necessariamente um pecado no qual todos tenham participado, embora seja difícil de acreditar que ninguém na comunidade da fé saiba quando um pecado assim ocorre. A verdadeira questão crucial sobre isso é: nosso Pai Celestial considera a congregação inteira responsável pelo pecado de um?

A base bíblica para tal teoria e preocupação acha-se aqui em nosso estudo das Escrituras deste sábado: Josué 7 O Deus da Aliança dissera que nada deveria ser tomado da área da destruição de Jericó. Jericó estava colocada sob condenação. A despeito dessa condenação, um pecado foi cometido – um pecado tão secreto, tão oculto, que não podia ser alardeado. O que fora tomado em violação da condenação teve que ser enterrado e não podia ser utilizado de modo algum. Isso foi feito por um indivíduo, mas Deus pôs a responsabilidade em toda a comunidade de Israel. "Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas" (v. 1). Foi essa ação que levou a ira de Deus para Seu povo.

Como a ira de Deus veio à tona? Ele usou a arrogância dos israelitas contra eles. "Não precisamos levar todo o povo. Já nos provamos em batalha. Não obtivemos a vitória em Jericó?". Baseados nas recomendações de seus espias, levaram apenas cerca de três mil homens para atacar Ai. Mas o Senhor não estava do lado deles. Quando os homens de Ai saíram, os homens de Israel debandaram com a perda de quase 36 vidas. A moral de Israel estava destruída. "O coração do povo se derreteu e se tornou como água" (v. 5). A questão na mente de Josué era simplesmente "por quê?".

Extirpando o pecado

 

Assim acontece quando uma tragédia ocorre na vida da congregação local e a liderança se pergunta "por quê?". Alguns podem dizer: "Eu sabia que isto ia acontecer", muito embora nunca dissessem nada para ninguém, nem de modo algum dessem a entender que sabiam de algo. Depois vem o jogo da culpa, o apontar de dedos. Sem nenhuma informação ou mesmo ideia do contexto relacionado à crise, alguns alegam saber quem fez, quando foi feito e por quê.

Josué não sabia. Ele nem mesmo fingiu saber. Josué buscou a face do Senhor. Ele confrontou o que líderes da congregação local frequentemente temem enfrentar. Seria possível que a consequência grave tivesse acontecido porque alguém, talvez apenas uma pessoa, tivesse pecado contra a ordem conhecida de Deus? Josué tinha essa teoria de que, quando uma pessoa cometesse pecado propositadamente, a comunidade inteira seria responsabilizada. Mesmo sendo o pecado tão secreto, tão oculto, aqueles que não eram participantes eram considerados culpados.

Portanto, se a igreja enfrenta o juízo de Deus na comunidade, que parece ter sido causado por transgressão cometida, resta somente a escolha de Josué: buscar a face de Deus e extirpar o pecado. Você já pode ouvir as desculpas começando: "Não podemos fazer isso, podemos? Somos irmãos e irmãs? Seria como uma caça às bruxas. Somos iluminados". Então, preferimos ter a congregação derrotada?

Que transgressões não são secretas e ocultas? Nós as conhecemos. Elas acontecem bem na nossa frente e afetam a bênção de nosso Pai Celestial sobre toda a congregação. Pode ser uma relação adúltera ou um processo legal injustificado. Talvez seja algo sutil, como uma igreja ignorando leis de direitos autorais. Como Sabatistas que proclamam observar o sétimo dia, o sábado bíblico, como dia santo de Deus, será que a maneira como o observamos é uma transgressão de uma ordem conhecida? Corremos o risco de descobrir que nos encontramos sob o juízo de Deus e temos limitado as bênçãos de nosso Pai Celestial sobre nossa congregação? Se sim, o que fazemos a respeito para receber bênçãos e tomar a vitória de dentre as garras da derrota?

O que a Igreja pode fazer?

A boa notícia é que nós não vamos apedrejar ninguém. Não haverá nenhum vale de Acã. Mas, seja o pecado secreto e oculto ou aberto e conhecido, devemos enviar uma mensagem de arrependimento, uma mudança de direção e, por causa do poder da cruz, a oportunidade de perdão. A primeira atitude: a comunidade cristã, e em particular a congregação local, deve mais uma vez fazer uma declaração de que pecado é pecado – não uma "escorregada", um "erro" ou uma "bobagem", mas PECADO!

Recentemente ouvi a respeito do presidente de uma faculdade bíblica que estava reduzindo as regras referentes à vida no campus, pela seguinte razão: "Se não vamos fazer com que se cumpram, então precisamos nos livrar delas". Se não falamos claramente que alguma coisa é pecado, então como, afinal, ousamos responsabilizar alguém quando este comete "seja lá o que for"? Se roubo, cobiça, falso testemunho, assassinato e adultério são pecados, então, como povo de Deus, não precisamos dizer que o são para que outros saibam? Se for pecado, então a bênção de Deus à comunidade da fé está diretamente conectada à santidade da congregação viva – não somente como um todo, mas como indivíduos.

Aqui, então, está a segunda atitude: a comunidade cristã, especialmente a congregação local, deve oferecer oportunidades para arrependimento. Não apenas dizendo "sinto muito", mas mudando de direção, caminhando por outra estrada – uma mudança de mente que seja realmente um transplante mental e uma renovação (Romanos 12:1-2).

A comunidade cristã e a congregação local precisam falar claramente de perdão como uma terceira atitude. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). O pecado secreto pode ser perdoado! O pecado oculto pode ser perdoado! O pecado aberto pode ser perdoado! O pecado na sua frente pode ser perdoado!

Sem essa declaração clara de pecado, arrependimento e perdão, a comunidade da fé continuará a viver sob a ira, o juízo e a maldição de Deus. Se respondermos à mensagem clara, nosso Pai Celestial, o Deus da Aliança, restaurará Sua bênção. Então, estaremos prontos para marchar sobre Ai. Então, estaremos prontos para cumprir nossa missão. Então, estaremos prontos para tomar a terra prometida.

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