Atos dos Apóstolos 16:16-18:
16 E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17 Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
18 E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
O Evangelho não é um mero assentamento de verdades, não é uma mera anuência de verdades bíblicas. Ele se revela pela libertação da escravidão do pecado. O verdadeiro Evangelho se manifesta na vida de uma pessoa não pela verdade dos lábios, mas pela verdade na vida; ele se deslinda não pela verdade que se diz, mas pela verdade que se vive. É essa lição importantíssima que podemos tirar desse texto.
No verso 17, que, enquanto Paulo pregava o Evangelho na cidade de Filipos, uma moça possessa de um demônio adivinhador começou a "ajudá-lo" na pregação do Evangelho, declarando: "esses homens são servos do Deus altíssimo, e vos anunciam o caminho da salvação". Paulo, rechaçou veementemente a ingerência, a intromissão daquela jovem na pregação do Evangelho. Por quê? O que havia de errado? Aquela jovem era alguém que falava a verdade, mas a vida ainda estava debaixo das garras do pecado, e de satanás. Ser cristão não é ficar papagaiando verdades bíblicas que decoramos; é viver uma vida coerente com as verdades que se afirma. O cristianismo vero não se mede, nem se afirma, pelas verdades que proferimos, mas pelas que vivemos. O Evangelho se revela pela libertação da escravidão do pecado. Revela-se na vida do cristão não pela verdade do discurso, mas pela verdade da prática.