Levíticos 23:3:

3 Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do SENHOR é em todas as vossas habitações.

Leia também Levíticos 25:1-55.

Nosso Deus é extremamente inteligente. Ninguém se compara  a Ele nessa matéria. Sabendo do potencial humano para se esquecer dos benefícios recebidos, e tendendo a agir de forma independente, o  Senhor Deus providenciou instrumentos maravilhosos  para que o  Homem nunca se esqueça da dependência de Deus. Diferente do que  se possa pensar, Deus não cuida de nós porque se sente obrigado.  Antes, ele cuida de nós porque ama fazer isso. Este cuidado  providencial pode ser percebido em seu programa sabático. Em que  consistia esse programa sabático? Quem deveria participar dele? Qual  seu propósito?

O programa consistia na guarda do sábado semanal, na guarda  do ano sabático e do ano do Jubileu (que seria sete anos sabáticos  multiplicados por sete). A separação destes momentos no tempo eram  elementos importantes do pacto de Deus com seu povo. Veremos que  tanto o espiritual quanto o material estavam em foco aqui. No Sábado  semanal o Senhor quer que façamos duas coisas: descansemos dos  seis dias de afazeres e engajemo-nos na reunião sagrada (Levíticos 23:3). O  motivo para isso é óbvio. Deus quer santidade em nosso tempo. Isto  é, uma separação para que tratemos esse dia de maneira diferenciada,  com propósitos diferenciados. No sábado dedicamos uma celebração  temporal ao Deus de nossas vidas! O tempo sempre foi uma coisa  com que Deus se importou. Tanto que ritmo dado ao tempo foi  criação Sua. O Senhor não é apenas Senhor do Sábado, mas do tempo reservado ao Sábado. Isso evidencia ordem. Lembrando da narrativa inicial  de Gênesis, podemos dizer que no Sábado o Senhor quer colocar 'nossa  casa' em ordem! Ao instaurar o sábado o Senhor está dizendo: 'Estou  cuidando de suas almas e corpos'.

No Ano Sabático encontramos uma  versão ampliada, cronologicamente falando, do Sábado semanal. Todos os  israelitas deveriam deixar de plantar e consequentemente de colher no  sétimo ano. A terra também guardaria seu descanso.  Isso era um desafio  enorme para quem dependia da agricultura. O Senhor  já sabia disso e  antecipou um possível questionamento (Levíticos 25:20). E a resposta do Senhor  foi estupenda: abundância! Ele disse que a colheita feita do sexto ano  compensaria o sétimo ano (no qual ninguém poderia plantar) e quando  estivessem plantando no oitavo ano, o povo ainda estaria comendo do sexto  ano! Isso é que é abundância! O Senhor definitivamente sabe de todas as  nossas necessidades, portanto irá supri-las.

O Ano do Jubileu visava implantar uma medida que beneficiasse o  bem estar social em seu nível mais fundamental – a família. Até mesmo os  pobres e excluídos eram lembrados neste momento (Êxodo 23:11). Eles  poderiam colher os frutos da terra não cultivada. O cancelamento das  dívidas, a devolução das terras aos proprietários originais e a oportunidade  de alforria era uma chance de recomeçar. Aos nossos olhos pode parecer  injusto. Mas a razão apontada pelo Senhor é surpreendente quanto a isso. A  terra pertence ao Senhor (Levíticos 25:23). O povo de Israel era apenas estrangeiro e imigrante.

A segunda pergunta levantada na introdução foi: Quem deveria  participar deste programa sabático? E a resposta é o Homem e a terra.  Ambos deveriam guardar esse momento específico no tempo. Estes dois  elementos resumem bem a totalidade da obra criativa de Deus. Ambos 
devem reagir ao seu Criador.

Mas, qual o propósito de tudo isso? Sinalizar a providência divina que  dava sustento contínuo nos mais variados níveis até mesmo nos anos de  interrupção do cultivo da terra. Guardar o Sábado ao longo das semanas e  ao longo dos anos era a lição de casa para aqueles 'alunos' aprenderem  mais e mais a confiar em Deus.

E você, como anda sua participação no  programa sabático de Deus?

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