Provérbios 6:7-8:

⁷ Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, ⁸ Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.

Todos os tipos de sociedade têm sua escala hierárquica. Há aqueles que lideram e aqueles que são liderados. Isso é verdadeiro até
mesmo no mundo dos insetos. Estas coisas só são percebidas se você  se entregar de vez em quando a experiência de observar o mundo a sua volta. Foi justamente o que Salomão fez. Ao compor seus provérbios Salomão lançou mão de tudo que estava ao alcance de sua observação analítica. A sabedoria dele foi um dom dado por Deus. Sem contar que o próprio mundo observado por Salomão também era obra de Deus. A junção destas duas coisas resultou num grande prêmio para nós: instrução para a vida!

Salomão menciona algo aqui que é muito significativo. É óbvio que o texto trata do tema preguiça. Mas há nuances presentes no texto
que servem até para aqueles que não são preguiçosos. Mas o que  podemos extrair deste texto para nossas vidas?

Devemos extrair algumas coisas, mas o meu objetivo nesta reflexão é extrair apenas uma coisa: autodisciplina!

Isso é possível mediante a analogia que Salomão faz. O rei está exortando a alguém dominado pela preguiça. Viver preguiçosamente
é uma das más conseqüências dos que negaram adquirir a sabedoria com tudo que possuíam. E nem a estimaram, e nem a exaltaram

acima das futilidades da vida (Provérbios 4:7-9). A tolice pode fazer alguém preguiçoso. A falta de sabedoria pode fazer alguém se tornar indisciplinado também. Uma das características das formigas mencionadas por Salomão é: "Não tendo ela chefe, nem oficial, nem
comandante, no estio, prepara o seu pão" (v.v 7-8). Percebamos a ênfase de Salomão aqui. Nenhum outro inseto precisa dizer a formiga o que ela tem de fazer. Ela simplesmente faz. Isso nos ensina sobre autodisciplina. Nunca pensei que no reino dos insetos poderíamos achar tanta sabedoria! Pois é, Salomão já havia percebido isso, e, portanto tirou do mundo das formigas um exemplo ricamente instrutivo.

Querido irmão e irmã, deixem-me lhes fazer uma pergunta: Como anda sua vida devocional? Talvez você ache que esta pergunta não seja algo tão fundamental assim. Entretanto, ela é fundamental sim. Sem vida devocional é muito arriscado dizermos que temos um compromisso com Deus. Ao pensar no assunto a primeira coisa que vem as nossas mentes são as desculpas racionalizadas que arrumamos. Algumas delas são: falta de tempo, não consigo entender o que leio, é desestimulante ler a Bíblia, aprendo muito mais quando ouço uma pregação, etc. Todas elas podem ser resumidas numa só: falta de autodisciplina.

Até quando vamos prosseguir assim? Nada pode substituir uma vida devocional! Por isso eis algumas verdades que podem lhe ajudar a cultivar hoje uma vida devocional que valha a pena. Cubra-se com o sangue de Jesus. Somente este sangue é que pode cobrir as nossas falhas. Quem quer ter uma vida devocional que agrada a Deus não pode dispensar o Sangue de Jesus. E como posso ser coberto com este sangue? Creia em Jesus e imite-o.

Não abra mão de buscar a santidade. No conselho anterior você recebeu de graça algo que não merecia. Agora, faça sua parte separa-se do pensamento do mundo, das ofertas do mundo e das atitudes do mundo. Você até pode ganhar o mundo inteiro, mas advirto que com certeza perderá a sua alma!

Olhe firmemente para Jesus. Olhando para Ele nós poderemos ver nossa obediência cumprida. Sim porque Jesus não foi obediente apenas por ele mesmo. Ele foi obediente por nós. A obediência dele é a nossa obediência. Cultivar e desenvolver uma vida devocional permanente não vai lhe garantir a vida eterna. E sim, fazer com que você se pareça cada vez mais com Jesus! Teve alguém mais devoto que ele?