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Jonas
Análise do livro
Jonas é o nome de um livro bíblico do Antigo Testamento. É um relato biográfico do profeta Jonas, na qual Deus o mandadou profetizar ao povo de Nínive, grande capital do Império Assírio, para persuadi-los a se arrependerem ou seriam destruídos dentro de 40 dias. A autoria do Livro de Jonas foi tido como o profeta Jonas, filho de Amitai, que profetizou no Reino de Israel Setentrional, no 7.º Século A.C., no reinado de Jeroboão II. (Jonas 1:1; II Reis 14:25) Porém, outros autores concluem que o livro tenha sido escrito no periodo pós-exílico.
Contexto histórico
A Assíria, inimiga do povo de Israel de longa data, era império dominante aproximadamente entre 885 A.C. a 665 A.C.. Segundo o relato, parece evidente que a agressividade militar assíria era mais fraca durante o tempo de Jonas. Além disso, o Rei Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate até o Mar Morto, como foi profetizado por Jonas.
Esboço do livro
O Livro de Jonas pode ser dividido em quatro partes:
I. A Missão de Jonas e sua fuga. (1:1-3)
Deus de Israel envia Jonas à Nínive. (1:1-2)
Temeroso, Jonas foge para Társis embarcando num navio. (1:3)
II. Arrependimento de Jonas. (1:4 a 2:10)
Deus manda uma violenta tempestade. (1:4-9)
Os marinheiros jogam Jonas no mar. (1:10-16)
Um "grande peixe" engole Jonas. (1:17)
Jonas ora e mostra-se arrependido. (2:1-9)
Ele é vomitado numa praia. (2:10)
III. Jonas profetiza em Nínive. (3:1-10)
Segunda oportunidade é dada a Jonas para ir a Nínive. (3:1-3)
Jonas prega a necessidade do arrependimento. (3:4)
Os ninivitas mostram seu arrependimento. (3:5-9)
Deus demonstra Sua misericórdia. (3:10)
IV. Uma lição de misericórdia. (4:1-11)
Jonas desgostou-se com a misericórdia Divina. (4:1-5)
Deus ensina-lhe uma lição usando uma planta. (4:6-11)
Narrativa do "grande peixe"
Depois da morte de Eliseu, Deus o substituiu pelo Profeta JONAS, ordenando-o: “Vai pregar arrependimento na grande cidade de Nínive, pois sua malícia chegou ao cúmulo”. Jonas procurou fugir do Senhor; e na cidade de Jope embarcou num navio com destino a Tarsis. O Senhor, porém, desencadeou um violento temporal e o navio correu o risco de ir a pique. Os marinheiros imploravam auxílios de seus deuses e atiraram ao mar a carga para aliviar o navio. Jonas se tinha deitado no fundo do navio e dormia. O capitão despertou-o, dizendo: “Como podes dormir com tamanho perigo? Levanta-te e invoca teu Deus, para não nos afundarmos!” Os marinheiros disseram uns aos outros: “Lancemos sortes para saber quem é culpado desta desgraça”. Recorreram, pois, ao sorteio, que denunciou Jonas, que confessou seu pecado e disse: “Atirai-me ao mar, pois foi por minha causa que vos sobreveio esta tempestade”. Os marinheiros lançaram Jonas ao mar. No mesmo instante as águas se acalmaram.
O Senhor fez vir um enorme peixe (ou baleia), que engoliu Jonas, conservando-o vivo em seu ventre durante 03 dias e 03 noites. Pediu o Profeta que o Senhor o salvasse; Deus o atendeu e o peixe lançou-o na praia. O Senhor disse novamente a Jonas: “Vai a Nínive prega arrependimento”. Jonas obedeceu. Andou pela cidade, bradando: “De hoje a 40 dias Nínive não existirá mais!” Os ninivitas acreditaram em Deus, vestiram-se de cilícios e jejuaram. "Esta palavra chegou também ao rei de Nínive", convidando o povo a secundá-lo; e Deus, reconhecendo sua contrição, apiedou-se dele e desistiu do tremendo castigo que havia ameaçado. Jonas saiu da cidade e, assentado num abrigo, esperava a destruição da cidade. Quando notou que Deus poupara a cidade, ficou muito contrariado, desejando até a morte. Deus fez crescer um arbusto para dar-lhe sombra, o que lhe causou grande satisfação. Na noite seguinte, enviou Deus um verme, que picou a planta na raiz, e ela mirrou. O sol batia agora em cheio sobre a cabeça de Jonas; e ele sentiu tão grande desconforto que tornou a pedir a morte. Deus observou-lhe então: “Jonas, tu te afliges tanto por causa de um arbusto que não plantaste e que numa noite nasceu e pereceu na outra; e eu não hei de ter pena de Nínive, cidade tão vasta, onde vivem mais de 120.000 homens, que ainda não sabem distinguir sua mão direita da esquerda, sem falar na multidão de animais?”
Jesus Cristo assegurou a veracidade de Jonas em Mateus 12:39-41 e Lucas 11:29-30.