Entendendo e Vivendo: Somos membros da família de Deus
Quinta, 08 Julho 2021 | |
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Visitante, Graça e paz, Entendendo e VivendoSomos membros da família de DeusPastor Patrick Ferreira Padilha
INTRODUÇÃO Cremos que a família é uma instituição divina, dada e ensinada por Deus. E fazer parte da ‘família de Deus’ é benção dobrada. Assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo na Sua Triunidade são um, isso também é esperado de nós na comunidade cristã. Porém existe algo que desde o princípio afeta o nosso relacionamento com Deus e consecutivamente em família, ‘o pecado’. Por isso, relacionar-se é exaustivo e desafiador. E por mais que alguns relacionamentos exijam de nós uma dose dobrada de esforços, será neles que aprenderemos o valor da misericórdia, do perdão, da empatia e do amor incondicional de Cristo. Ou seja, é na família consanguínea e na família cristã que aprenderemos a exercitar os dons espirituais da nova criatura, criada em Cristo Jesus. Então, vamos estudar em família e crescermos juntos no Senhor!
UMA ESCOLHA QUE VALE A PENA Por várias vezes ouve-se as pessoas das mais diferentes classes sociais falarem que não podemos escolher a família em que nascemos. Pessoas fogem de casa pensando que poderão deixar seu passado e mudar a sua história. A carta de Paulo aos Efésios traz um ensinamento valioso de como podemos mudar não apenas a nossa trajetória, mas também de toda a nossa casa. Ele diz que antes do encontro com Jesus, nós estávamos “mortos por causa da desobediência” (Efésios 2:1). Que todos nós seguíamos nosso próprio caminho, realizando todo tipo de pecado e que “... éramos, por natureza, merecedores, da ira, como os demais” (Efésios 2:3 NVI). O fato é que perante Deus, todos são errados, pecadores e precisam de Jesus, “...ele os reconciliou com Deus em um só corpo por meio de sua morte na cruz” (Efésios 2:16, NVI). Por isso, a questão mais importante e que alcançará a eternidade, não está relacionado com a família onde nascemos, mas a qual pertencemos agora e essa escolha todos nós podemos fazer!
APRENDENDO COM A RELAÇÃO DE AFETIVIDADE ENTRE PAULO, O APÓSTOLO E TIMÓTEO Todo cristão tem um pai na fé ou um familiar que orou e intercedeu por ele enquanto não conhecia a Jesus. Timóteo deu início a caminhada com instruções que recebeu de familiares, sua avó Loide, e sua mãe Eunice (2 Timóteo 1:5). Ele era filho de uma mãe judia cristã e pai grego10. Sua mãe devotada, provavelmente o instruiu nas escrituras Hebraicas desde pequeno. Foi com o apóstolo Paulo que ele firmou seus passos na obra missionária e desenvolveu seus talentos. O primeiro encontro deles foi na cidade de Listra, cidade da Licaônia, onde Paulo realizou a sua primeira viagem missionária (Atos dos Apóstolos 14:6-21) 11. Pode ter sido nessa época que a família de Timóteo ouviu e recebeu o evangelho de Cristo, a mensagem que Jesus de Nazaré era o Messias esperado, o libertador de todos os povos que estabeleceria a paz e a justiça de Deus no mundo. Na segunda viagem missionária, Paulo e Barnabé retornaram as cidades de Listra e Icônio, e as igrejas davam bom testemunho de Timóteo (Atos dos Apóstolos 16:1-4).
A RELAÇÃO DE AMOR MÚTUO DEVE SER DESENVOLVIDA ENTRE AS LIDERANÇAS E OS MEMBROS DA IGREJA O bom testemunho que Timóteo desenvolveu com a igreja local em Listra e Icônio surtiram efeitos positivos. Paulo observou o testemunho público de Timóteo e não teve dúvidas, convidou o jovem para acompanhá-lo e desenvolver seus talentos (Atos dos Apóstolos 16:1-3). É necessário registrar aqui a importância que a família tem no amadurecimento espiritual de suas futuras gerações. Quando Paulo retornou em sua segunda viagem missionária o jovem Timóteo estava maduro o suficiente para tornar-se um instrumento nas mãos do Senhor. Aquele que antes era um menino e precisava ser ajudado pela igreja, agora ajudava a igreja e crescia no ministério. A partir desse momento o Jovem obreiro passaria para um outro nível. Os irmãos de Listra e Icônio teriam que dividir seu jovem com a missão para o mundo. Imediatamente Paulo deu a primeira tarefa para seu subordinado, a “circuncisão” (At16:3). Não havia mais a necessidade deste ato, mas o fato de Timóteo ser filho de pai grego poderia dificultar as visitas nas igrejas. Nada poderia atrapalhar a nova caminhada do aprendiz e a mensagem enviada do primeiro concílio de Jerusalém às igrejas (Atos dos Apóstolos 16:4). O Senhor uniu esses homens com os mesmos ideais, a mesma vontade de lutar pela causa de Cristo. Com o passar do tempo Timóteo se tornou o “filho amado” do apostolo, aquele a quem ele confiava e o enviava para representá-lo nas igrejas.
ENTENDENDO A CORRELAÇÃO ENTRE “AMOR” E “OBEDIÊNCIA” O apóstolo Paulo confiava em Timóteo e este o obedecia seguindo os seus conselhos. Falava de Cristo, exortava a igreja e era fortalecido para ser verdadeiro e não desistir. Hoje, estamos vivenciando um tempo de muita confusão no meio evangélico. Parece que foi liberado a cada indivíduo a viver sua vida cristã como bem entender. Muitos pensam que tem permissão para mudar os planos do Senhor para sua vida, família e igreja. Na Bíblia o amor e a obediência sempre andaram juntos “Se vocês me amam, obedecerão os meus mandamentos” (João 14:15 NVT). Falar de obediência é falar de decisões, de atitudes duráveis que animarão uma vida de amor em obras. O amor verdadeiro pode ser visto, pois ele sempre está em ação, não para e não tem limitações, pois “não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha...” (1 Coríntios 13:6-8a ACF). Viver este amor dentro de nossa nova família (igreja), e debaixo da Graça é desafiador. Antes nós andávamos sem rumo e sem compromisso, cada um fazia aquilo que pensava ser o certo. Por falta de sabedoria e temor, onde “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria...” (Provérbios 9:10 ACF), não tínhamos compromisso com Deus nem com o próximo. Agora a nossa nova situação é diferente e muito mais desafiadora. Temos compromisso com Deus, com a igreja (organização), com os irmãos em Cristo e com a nossa família, onde provavelmente as mudanças serão vistas mais de perto em nosso viver diário.
SERVINDO UNS AOS OUTROS EM AMOR No início dessa lição, comentamos sobre a correlação entre o pecado e a dificuldade em nossos relacionamentos com Deus e com o próximo. Por isso obedecer está relacionado a amar, sendo que é difícil para as pessoas entenderem que “se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4:20). Então podemos dizer que amamos a Deus amando as pessoas. E é na igreja que iremos desenvolver essas novas habilidades. Os novos convertidos virão com suas famílias à igreja e passarão a vivenciar uma nova maneira de viver debaixo da graça. A comunidade de fé tem um papel fundamental nessa transformação, ela pelo testemunho ensinará a ordem e decência. Nela encontramos cargos e responsabilidades que todos devem seguir com amor e tenacidade, para que continue servindo a Deus com diligência e moral. Dentro da hierarquia eclesiástica existe o “servir em amor” e o pastor não será um tirano agressivo e mandão. Mas orientará e cuidará da Igreja de Cristo com amor e com a direção do Evangelho inspirado pelo Espírito Santo. Na Igreja do Senhor os líderes departamentais e os grupos eclesiásticos trabalham juntos e se respeitam, pois todos trabalham para a glória de Deus. Os membros, copiando os exemplos das lideranças, respeitam os respectivos líderes, sejam departamentais ou consagrados, pois todos foram chamados, ordenados e autorizados no Senhor para trabalharem a favor do Reino. As famílias que estão e as que virão a essa comunidade, ao observar o amor, o respeito e a obediência a Deus e as autoridades constituídas, serão influenciadas a viver dessa forma contagiante. Assim, o respeito entre os casais, pais e filhos, cidadão e comunidade irão sendo influenciados pela igreja através do exemplo e do ensino do Evangelho e esta vai seguindo sua missão aqui na terra. As famílias serão transformadas. O amor, o perdão, a misericórdia se estabelecem e as famílias, a rua, o bairro, a cidade, depois o estado e o país se transformam pelo poder do Evangelho. Deveria ser assim! Foi assim que começou em Atos, onde os cristãos “perseverando unânimes..., e caindo na graça de todo o povo. ... todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos dos Apóstolos 2:46-47).
LIGADOS PELO SANGUE DE CRISTO Sabemos pela Bíblia e pela história que o crescimento da igreja começou a trazer problemas para a própria igreja (Atos dos Apóstolos 6), e que falsas doutrinas e falsos mestres sempre tentaram distorcer os planos de Deus (2 Timóteo 4:3-4). Mas a Palavra também diz que “...as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mateus 16:18-20 ACF). A maravilhosa graça, como já nos foi ensinado, não nos libera para fazer o que achamos certo, mas nos atrai pela forma de amor e obediência demostrados por Cristo, a fazer aquilo que “DEUS ENSINOU” que é o certo. É no exato momento que os planos de Deus para a famílias e a igreja se encontram com o pecado, que precisamos nos esforçar para que cada um faça sua parte dentro do projeto de Deus (família e Igreja). Toda família tem um ‘cabeça’, o líder que irá dar as coordenadas. Na igreja como corpo não é diferente: a cabeça é Jesus (Colossenses 1:18). E Ele já nos ensinou que “como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor” (João 15:9 ACF). Então deveríamos permanecer como igreja, irmãos em Cristo no Seu amor. Bem, o amor de Cristo é diferente daquele que o mundo ensina. O amor mundano pode ser barganhado, negociado e trocado, o de Cristo é incondicional. Entenderemos melhor este ponto de vista analisando as seguintes perguntas: Quando Cristo lhechamou e escolheu para ser uma nova criatura você merecia? Se acaso você foi consagrado ao diaconato, presbitério ou até mesmo assumiu um cargo na igreja, foi por seus méritos ou Deus que lhe amou e capacitou? Se hoje você é melhor que ontem, foi perdoado, transformado e enviado, é por seus méritos? Pois é, estamos todos ligados uns aos outros e todos nós em Cristo e Ele nos une ao Pai. Jesus orou assim: “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade...” (João 17:23 ACF).
CONCLUSÃO É uma honra para nós fazermos parte da família de Deus. Assim como uma família, cada um de nós tem suas diferenças e particularidades. Mas algo nos diferencia das famílias tradicionais. Lá, cada um cuida da sua, mas em Cristo é diferente: nós cuidamos uns dos outros. Estamos alertas, atentos e dispostos a ajudar todos no crescimento da graça e da verdade. O que nos une não é o nosso sangue, é o de Cristo. E quando esse sangue corre em nossas veias conseguimos viver no Seu amor. Se erramos, nos perdoamos. Assim que alguém cair, nós paramos e ajudamos, pois nessa corrida a vitória é calculada pela quantidade de pessoas que conseguimos levar a linha de chegada. O percurso é longo e dolorido, mas temos muitos momentos alegres e gratificantes. Porém os anos trazem consigo feridas que devem ser curadas, caso contrário impedirão alguns membros de chegar ao destino. Ajude sua família em Cristo! Perdoe, peça perdão. Ore e interceda. A palavra do dia é: o que posso fazer por você hoje meu irmão?
PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM CLASSE 1. Por que o pecado afeta os nossos relacionamentos? R. 2. O que impulsionou Paulo a convidar Timóteo para segui- -lo? (Atos dos Apóstolos 16). R. 3. Como a igreja pode transformar as famílias e a sociedade em sua volta? R. 4. Você já foi curado de suas feridas? R. |
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