Entendendo e Vivendo: O dom espiritual mais excelente
Quinta, 01 Julho 2021 | |
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Visitante, Graça e paz, Entendendo e VivendoO dom espiritual mais excelentePr. Bernardino de Vargas Sobrinho
INTRODUÇÃO Na última lição bíblica deste trimestre temos o privilégio de nos deter na abordagem reflexiva sobre o mais excelente dos dons espirituais — o dom do amor. Ao longo do trimestre ficou claro para toda a Igreja que Deus deu dons aos homens (sentido genérico aqui, abrangendo os do sexo masculino e os do feminino). Essa, aliás, é a compreensão que se extrai da leitura de Efésios 4:8 que proclama: “Por isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens”. Oportuno observar que o apóstolo Paulo inicia o capítulo 12 de sua primeira epístola aos Coríntios expressando um profundo, sincero e significativo desejo de seu coração. Na versão NAA o texto vem com uma clareza inconfundível, senão vejamos: “Irmãos, não quero que vocês estejam desinformados a respeito dos dons espirituais” (grifo nosso). Pois bem. Vimos, ademais, em todo esse trimestre que o propósito de Deus ao distribuir os dons espirituais é a edificação de Sua Igreja. Ora, sendo assim, ninguém de nós desconhece a importância dos dons espirituais. Mas, de posse dessas informações, surge-nos a indagação: Qual é o dom mais importante? Não é o objetivo desse estudo, mas calha aqui anotar que o moderno movimento carismático tem dado muita importância a determinados dons, em detrimento de outros. Assim, por exemplo, elegeram — sem qualquer base bíblica — o dom de línguas como sendo o “dom-sinal”, entenda-se, o dom que evidencia ou sinaliza que uma pessoa foi batizada pelo Espírito Santo (outros preferem a expressão: “batizado no Espírito Santo” e outros, ainda, “batizado com o Espírito Santo”). Admitimos, entretanto, que a ideia dominante sobre os dons carismáticos — como tem sido propagada nos dias atuais — configura-se acentuado desvirtuamento do verdadeiro ensino bíblico. É do conhecimento de todos que a Igreja de Corinto, além de problemas em diferentes áreas de sua vivência, tinha também problemas no que concerne aos dons espirituais. Além do uso, eles abusavam do dom, desvirtuando-o. A leitura atenta da primeira epístola de Paulo aos Coríntios — capítulo por capítulo, versículo por versículo — conduz à inevitável constatação de que era propósito do apóstolo orientar aquele rebanho de modo que fossem verdadeiramente crentes renovados espiritualmente. Paulo constatou disputa entre grupos rivais, verdadeiras facções dentro da Igreja, empenhando-se por sua reconciliação. Percebe-se que nesta epístola, o apóstolo parece responder a várias perguntas que lhe teriam sido endereçadas por escrito. Nesse sentido, confira-se que no capítulo 7, verso 1, lemos: “Quanto ao que vocês me escreveram — [...]”. Daí a variedade de assuntos tratados e a abrupta mudança de temas. Concordamos com o Pastor e Professor Hernandes Dias Lopes, quando alertou: “Ainda hoje, o mau uso dos dons espirituais é um grave problema na Igreja. Muitos crentes usam os dons como um instrumento de autopromoção. Essa altivez espiritual é um sintoma de imaturidade. Os dons espirituais não foram dados à Igreja para projeção humana nem como um aferidor para medir o grau da espiritualidade de uma pessoa. Os dons foram dados para a edificação do corpo. Pelo exercício dos dons a Igreja cresce de forma saudável. Assim, os dons são importantíssimos e vitais para a Igreja. [...]. Os crentes de Corinto não eram espirituais, mas carnais. Eles não eram maduros, mas infantis. Eles tinham carisma, mas não caráter. Eles tinham dons, mas não piedade. Era uma igreja que vivia em êxtase, mas não tinha um testemunho condizente. Tinham uma liturgia extremamente viva, mas a Igreja não tinha a prática do Evangelho. Faltava amor entre os crentes e santidade aos olhos de Deus. Era uma Igreja de excessos, onde faltavam ordem e decência”. Feita essa breve, porém, oportuna reflexão sobre a perversão dos dons espirituais e a realidade do movimento pentecostal tradicional e do moderno movimento (neopentecostal), somos agora desafiados a mergulhar na análise do “dom mais excelente”.
O DOM MAIS EXCELENTE À luz dos versos-chaves desse estudo bíblico, chega-se à inevitável conclusão de que o dom espiritual por excelência, é o dom do amor. Nesse passo, deve vir à nossa lembrança as poderosas palavras do Senhor Jesus Cristo no Evangelho de João, cap. 13, vs. 35 que, em tom de verdadeira exortação, alerta: “Nisto todos conhecerão que vocês sãos meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros”. É mister, a essa altura, parar para refletir. Com o texto acima, Cristo acaba de apresentar as credenciais do verdadeiro discípulo dEle. Nesse ensejo, mostra-se oportuno atentar para a seguinte ponderação: Há quem se preocupe em conhecer com profundidade os textos das Escrituras e as doutrinas básicas e fundamentais da Igreja Batista do Sétimo Dia; outros que se esmeram em ser pontualíssimos dizimistas e ofertantes; e outros há, ainda, que primam por um rigorosíssimo regime alimentar. Enfim, a lista de matérias que devam ser objeto de nosso zelo é extensa. Mas, o que deve ficar claro é que todas as virtudes do zelo equilibrado são desejáveis aos santos e fiéis. Contudo, nem cada uma delas isoladamente, nem todas elas conjuntamente, constituem-se a prova do verdadeiro discipulado. Lembremo-nos sempre das palavras do próprio Senhor Jesus Cristo, aos fariseus: “Mas ai de vocês, fariseus! Porque vocês dão o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezam a justiça e o amor de Deus. Vocês deveriam fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Lc. 11:42 – grifamos). Reitere-se que, no explícito ensino de Cristo, a verdadeira credencial que nos identifica como Seus discípulos é o cultivo do amor. O autor desse texto, quando cursava a Faculdade de Teologia (nos anos 70), deparou-se com uma situação muito interessante e marcante. Estava em voga e fazia sucesso entre os jovens crentes um corinho novo, com os seguintes dizeres: A melhor oração é o amor! A melhor oração é o amor! Se não queres amar, Tu NÃO DEVES orar. A melhor oração é o amor!” Foi, então, que um grupo de teologandos se insurgiu contra essa letra e propôs uma alteração que, por fim, foi aceita naquela agremiação cristã. Após isso, referido cântico passou a ter a seguinte redação: “A melhor oração é o amor! A melhor oração é o amor! Se não queres amar, Tu PRECISAS orar. A melhor oração é o amor!” Santa insurreição dos acadêmicos de Teologia! Nem poderia ser diferente. Sim, pois quem tem dificuldade para amar, então, mais do que nunca, precisa buscar o auxílio do Alto com muito mais determinação e afinco. Vale lembrar sempre que o amor não é mero sentimento, mas, um dom (uma virtude), um princípio vital que tem sua origem na Graça de Deus! E, uma vez derramado em nossos corações, ele se concretiza em atitudes e ações reais em favor do próximo. Assinale-se que a Igreja foi chamada à existência para servir. Não seria exagerado dizer que a Igreja é a “longa manus Dei” (grande mão de Deus, no sentido de braço estendido) aqui na Terra. Em outras palavras, é, pois, o braço estendido de Deus, primeiramente, para levar Salvação; mas, subsequentemente, para levar justiça social (amor em ação) aliviando o sofrimento dos aflitos. Que Deus nos dê discernimento para não comprometer nossas legítimas ações sociais com ideologias políticas de quaisquer matizes! O Pastor Timothy Keller, transcreveu o texto bíblico de Lucas 4:17 18: “Então lhe deram o livro do profeta Isaías. E, abrindo o livro, achou o lugar onde está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos’”. Após isso, lançou o seguinte comentário: “Essas são as palavras que Jesus leu na sinagoga em Nazaré quando anunciou o começo de Seu ministério. Ele Se identificou com o ‘Servo do Senhor’ profetizado por Isaías, que ‘trará justiça’ ao mundo (Isaías 42:1-7). A maioria das pessoas sabe que Jesus veio trazer perdão e graça. Menos conhecido é o ensino de que a verdadeira experiência da graça de Jesus Cristo inevitavelmente motiva homens e mulheres a buscarem justiça no mundo. [...]. A exposição mais tradicional da doutrina evangélica, quando entendida corretamente, leva seus seguidores a uma vida de promoção da justiça no mundo. [...]. O evangelho bíblico de Jesus cria, necessária e poderosamente, uma paixão pela justiça no mundo. A preocupação com a justiça em todos os aspectos da vida não é acréscimo artificial nem contradição à mensagem da Bíblia”. Infelizmente, essas palavras tão habilmente postas pelo Dr. Tim Keller são confundidas por alguns com programas ideológicos comunistas e totalitaristas. É preciso que aqueles que alimentam tais preconceitos reavaliem seus pensamentos à luz do conjunto da Revelação das Escrituras Sagradas, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo. Ficará claramente demonstrado que Deus sempre orientou Seu povo a tercarinho especial com atenção efetiva ao fraco, ao oprimido, às viúvas, ao órfão e ao estrangeiro. Aliás, por falar em estrangeiro, aqui no Brasil, podemos pensar nos haitianos, nos bolivianos e/ou nos venezuelanos, que para cá imigraram na busca de uma vida melhor e, não raramente, são explorados e discriminados pelos nacionais. E o que dizer dos nordestinos que sofrem pelas impiedosas secas? Muitos migraram para o centro-oeste e sudeste do Brasil. Mas há os que continuam residindo naqueles sertões áridos e inóspitos. Que Deus nos desperte e ilumine! A essa altura, pode surgir a seguinte indagação: O que isso (justiça social) tem a ver com o amor que Jesus identifica como sendo a principal credencial do discipulado? Amados, isso tem tudo a ver. Sim, porque vivemos em um mundo que é verdadeiro vale de lágrimas. E tal situação se verificava antes mesmo da pandemia denominada Covid-19. Hoje, então, nem se fala! Quanta gente sofredora está a nossa volta! Elas não podem ser invisíveis para nós. A Igreja (individual e coletivamente) existe sim para, essencialmente, levar salvação aos perdidos; porém, junto, pesa-lhe sobre os ombros a missão subsequente de contribuir para minorar os sofrimentos daqueles por quem Cristo morreu. Aliviar os sofrimentos de quem? De todos os que estejam ao seu alcance, visto que Cristo morreu por todos. (Confira-se, à propósito, 1 Timóteo 2:5 6; 1 João 2:2; Hebreus 2:9; 2 Coríntios 5:19; Romanos 5:18: João 1:29). Por falar nisso — amor aos sofredores —, convém meditar nas palavras de um especialista em atendimento aos enfermos no aspecto emocional e espiritual, Pastor Dr. Roberto Badenas, que observou: “Existem poucas experiências humanas tão universais como a dor. É quase impossível atravessar a vida sem padecer de algum problema de saúde, sem ter um acidente, sem que certa amizade ou um amor nos falhe e sem que nenhum dos nossos seres queridos morra. Basta existir para sofrer e produzir dor. Desde Adão até o último recém-nascido, e desde Jó e Jesus até o soldado mais desconhecido da guerra mais esquecida, todos carregamos a sombra da dor colada à nossa. Ninguém está protegido do sofrimento, por melhor que programe sua vida. Todos estamos sujeitos a sofrer de um modo ou de outro, desde os primeiros dentes de leite até as últimas enfermidades da velhice. Doenças, decrepitude, remorsos, angústia existencial, mágoas amorosas ... Se alguém alega nunca tê-los sofrido, é porque perdeu a memória. Sob inúmeras formas — aguda, violenta, tênue, dilacerante, crônica — a dor deteriora o corpo e oprime a mente. Atormenta a vida do pobre e arruína a do rico. Faz a criança chorar, mutila o corpo dos jovens, marca o rosto do adulto e encurva as costas do idoso. Do berço à sepultura, o sofrimento é implacável. [...]. A dor é parte da condição humana. Deixamos de ser criança quando descobrimos que o beijo de nossa mãe não cura inteiramente nossas dores”. Concordamos com o Pastor e Psicólogo Clínico, Doutor Gary R. Collins quando observou que “muitos que precisam de ajuda são solitários e anseiam por algum tipo de comunhão em profundidade com outro ser humano. Esse tipo de comunhão é exatamente o que o Corpo de Cristo oferece. Os cristãos têm comunhão com o Deus do Universo e uns com os outros (1 João 1:3 4 e 7). Esse tipo de comunhão, que caracterizava a Igreja primitiva, surgiu porque as pessoas tinham um compromisso comum com Cristo (1 Coríntios 1:9). Tal compromisso e proximidade deve existir hoje”.
O AMOR NA VIDA INTERNA DA IGREJA Igreja amada, nesse tópico precisamos efetuar um mergulho um pouco mais aprofundado na análise sobre o amor fraternal na nossa irmandade, vale dizer, dentro da Igreja, que é o Corpo de Cristo. É de importância máxima ter a consciência de que a cruz de Cristo é uma vívida demonstração de que Deus, conquanto seja Onipotente (tem todo o poder), não subjugou o mal pela força de Seu poder, mas, sim, pela força do amor. Isso é maravilhoso! Deus é amor! Com esplêndida clareza, o profeta Jeremias afirmou: “De longe o Senhor lhe apareceu, dizendo: Com amor eterno eu a amei; por isso, com bondade a atraí” (Jeremias 31:3 – grifamos). Cremos como o Pastor John Stott, quando afirmou que “o amor sem a verdade é muito suave; mas, a verdade sem amor, é muito dura”. Evidentemente, a doutrina bíblica da salvação pela graça, que temos para compartilhar com a sociedade é relevante, pura e verdadeira. Mas, a atenção das pessoas se voltará para nós com maior intensidade e segurança quando constatarem o nosso amor. Não se pode negar que a Igreja — Corpo de Cristo — é constituída por pessoas de diferentes culturas, etnias, formação escolar e condições sócio-econômicas. Mas, ainda assim, somos desafiados a buscar a unidade no Espírito. Não percamos de vista, jamais, o ensino bíblico de que Cristo Se empenhou pela unidade de Seu povo. Essa é, pois, uma meta que devemos perseguir sempre. Em 2006, o Pastor Mark A. Finley escreveu a seguinte meditação: “Se você visitar a Cidade dos Meninos, fundada pelo Padre Flanagan perto de Omaha, estado de Nebraska, verá uma estátua interessante, logo na entrada. O monumento representa dois meninos que um dia foram encontrados pelo Padre. Um dos dois, com um sorriso radiante, carrega nas costas o outro, mais novo, que não pode andar. O Padre perguntou ao mais velho se ele nunca se cansava de carregar seu companheiro. A resposta do menino é a memorável inscrição gravada na estátua: ‘ELE NÃO É PESADO; É MEU IRMÃO’. A essência do cristianismo é o amor, expresso em palavras de ânimo, atos de bondade e ações caridosas. O amor sempre se revela em ações. O apóstolo João escreveu: ‘Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos (1 João 3:16). Jesus revelou Seu amor na cruz. Cada gota de sangue nos fala de um amor que vai até o limite. À luz desse amor, depomos nossa vida em amor derramando-a em sacrifício pelos outros. Na cruz, também nos entregamos. Entregamo-nos não apenas a Jesus em sacrifício, mas à vasta comunidade cristã, por meio do serviço. [...]. O amor sem ação ou sem dever é mero sentimentalismo. O dever sem amor é enfadonho. É rígido legalismo. O amor de Cristo transbordando em nosso coração alcança as pessoas ao nosso redor com atos de bondade. Nossa maior alegria é sermos bênçãos para os outros. Levar seus fardos não é um jugo irritante; é uma oportunidade muito bem-vinda de servir. O serviço é um glorioso ministério quando andamos nas pegadas d’Aquele ‘que não veio para ser servido, mas para servir’ (Mateus 20:28). Como o garoto da Cidade dos Meninos, digamos sobre nosso semelhante: ‘ELE NÃO É PESADO; É MEU IRMÃO’”. Essa história verdadeira deveria dizer muito para cada salvo em Cristo, membro de Sua Igreja.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Por mais vasto que seja esse tema, na verdade, inesgotável, precisamos caminhar para a conclusão dessa meditação. Querida Igreja, nesse estudo bíblico ficou evidenciado que pertencemos uns aos outros. Necessitamos uns dos outros. Portanto, devemos buscar em tudo e por tudo, a unidade e a mutualidade. Tudo isso, conscientes de vivermos uma enorme diversidade. Com efeito, ninguém de nós tem qualquer dúvida sobre o maravilhoso amor de Jesus por nós! Sabendo que o Senhor espera ver o amor desenvolvido e em ação na vida de Seus filhos, como deverá ser o nosso relacionamento com nossa irmandade? Nessa exata medida, atentemos às palavras do Pastor Warren W. Wiersbe, que ao comentar o capítulo 13 do Evangelho de João, afirmou: “A responsabilidade dos discípulos era amar uns aos outros como Cristo os amou. Certamente, precisariam desse amor nas próximas horas, quando seriam privados de seu Mestre e quando Pedro, seu valente porta-voz, falharia com Jesus e com eles. Na verdade, todos falhariam, e a única coisa que os manteria unidos seria seu amor por Cristo e uns pelos outros. Esta seção começa e termina com o amor: o amor de Jesus pelos seus (João 13:1) e o amor dos discípulos uns pelos outros. O amor é a prova irrefutável de que pertencemos a Jesus Cristo. Tertuliano (155-220 d.C.), um patriarca da Igreja, comentou que os pagãos diziam uns para os outros sobre os cristão: ‘Já reparou como amam uns aos outros?’ De que modo manifestamos esse amor? Seguindo o exemplo de Jesus: entregando a vida pelos irmãos (1 João 3:16). E a melhor maneira de começar é lavando os pés uns aos outros em serviço sacrificial”.
APLICAÇÃO Qual é a tua relação para com os dons que Deus te deu? Qual é o teu nível de comprometimento? Qual é a tua disponibilidade? Não poderia privar a Igreja Batista do Sétimo Dia das sábias palavras de encorajamento provenientes da larga experiência do já mencionado Pastor e Psicólogo, Gary R. Collins, quando exorta: “O Corpo de Cristo tem um enorme potencial para prover o tipo de comunhão, aceitação, sentimento de pertencer e segurança, fatores com grande valor terapêutico tanto para os cristãos como para outras pessoas necessitadas que entram em contato com os cristãos. O Novo Testamento usa o termo grego ‘koinonia’ para descrever esse tipo de comunhão. Ele envolve a ideia de cristãos compartilhando juntos, levando os fardos uns dos outros, confessando suas faltas, submetendo-se mutuamente, encorajando uns aos outros e edificando um ao outro à medida em que andam com o Senhor. Em uma palavra, a comunhão cristã é a expressão contínua do amor. O Corpo de Cristo deve ser caracterizado pelo amor — amor por nós mesmos, por nossos vizinhos, nossas famílias e até nossos inimigos. Jesus nos amou e morreu por nós ainda quando éramos pecadores (Romanos 5:8). Se esse amor divino fluísse dos cristãos e alcançasse outros, como deveria, os resultados seriam incrivelmente terapêuticos” Vale lembrar, por derradeiro, que o apóstolo encerra a descrição dos dons espirituais em sua primeira epístola aos Coríntios com a categórica afirmação: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior deles é o amor” (1 Coríntios 13:13 – grifamos). Que cada um de nós reflita com oração sobre esse assunto. Busquemos respostas possíveis à seguinte indagação: Por que será que o amor é o maior dos dons? Por que será que o amor jamais acaba? Deus nos abençoe!
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE 1. Qual a importância dos dons espirituais na vida da Igreja? R. 2. Estabeleça as semelhanças entre as palavras de Paulo nos versos-chaves — o amor é o caminho mais excelente — com as palavras de Cristo em João 13:35. R. 3. Como a Igreja pode se desincumbir dessa responsabilidade? R. |
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