Testo de Estudo

Tiago 1:13:

13 Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.

INTRODUÇÃO

A questão da origem do mal sempre foi muito controversa e cercada de mistérios. Na realidade, talvez não seja relevante alcançar o conhecimento completo a respeito de como o mal se originou na existência, mas sim ter a consciência de que é algo real e presente nos seres humanos e, consequentemente, nas relações que estes estabelecem entre si.

É preciso, então, que se tenha um entendimento amadurecido do que seja, por exemplo, o mal citado por Jesus na oração do “Pai Nosso”, ou quando disse aos discípulos: “... e nada vos causará mal algum” (Lucas 10:19). Ou, ainda, quando em sua oração sacerdotal intercede pedindo ao Pai que não os tire do mundo, mas que os livre do mal (João 17:15). Compreender estas expressões de Cristo como se referindo a uma espécie de blindagem contra acidentes, agressões, enfermidades ou qualquer sorte de intempéries da vida é demonstrar um entendimento equivocado, na medida em que os discípulos claramente não foram poupados destas situações. Isto nos faz concluir que Jesus falava de outra espécie de mal, ou seja, aquele que, habitando no coração, encontra alimento para se fortalecer e tomar conta do sujeito, tornando-o um ser de trevas.

Uma pessoa madura é paciente nas provas. Uma pessoa imatura transforma provas em tentações. Warren Wiersbe diz que provas são testes enviados por Deus, e tentações são armadilhas enviadas por Satanás.  Alguém disse que “provações” são situações que Deus permite acontecer para nos amadurecer e nos atrair para perto dele; “tentações” são armadilhas que Satanás coloca em nosso caminho para nos afastar de Deus. O segredo da vitória e saber discernir entre ambas.

É nesse contexto que se tem o elemento tentação que age fundamentado nesse mal básico que habita a humanidade.

 

DE ONDE NÃO VEM A TENTAÇÃO

Tiago, em sua epístola, nos ensina, primeiramente, de onde não vem a tentação: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele mesmo a ninguém tenta” (1:13). O que se percebe nessa afirmação é que existe o risco de os cristãos pensarem que é o próprio Deus quem os está induzindo a pecar, quando passam por momentos difíceis. Afinal, não é ele o soberano absoluto da História, quem reina sobre nossas decisões individuais?

Tiago tomou conhecimento de que, sob pressão, alguns cristãos estavam sendo tentados a atribuir suas fraquezas e aptidão para pecar ao próprio Deus. Então ele determina que os cristãos parem de dizer: “Sou tentado por Deus”, como se a tentação tivesse origem nele. A construção grega do imperativo negativo expressa um mandamento para se descontinuar uma ação em andamento.

Ora, as razões apresentadas por Tiago, em seu argumento, são duas:

A primeira razão é que “Deus não pode ser tentado pelo mal”; e isto não é difícil de compreender já que em Deus não habita treva alguma, nada que possa ser alimentado como forma de contaminá-lo ou mesmo causar alguma mácula em seu caráter. Em sua perfeita e plena santidade e justiça, Deus é completamente imune, blindado e à prova de tentação.

Ora, o pecado é uma impossibilidade moral em Deus. A santidade de Deus não é relativa, antes é santidade absoluta! O mal é uma impossibilidade para Deus. Disse o profeta Habacuque: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar” (Hebreus 1:13). O mal é uma impossibilidade para Deus, não que ele queira cometê-lo e não possa, mas no sentido de que sua absoluta santidade é incompatível com tudo que se choca com seu caráter santo. Sendo Deus tão oposto ao mal e ao pecado, ninguém pode colocar sobre Deus a culpa das tentações nas quais a pessoa está envolvida. 

A segunda razão é que a culpa da tentação não pode ser atribuída a Deus, pois “ele mesmo a ninguém tenta”. Algumas pessoas gostam de citar Gênesis 22:1 no qual algumas versões bíblicas mais antigas trazem a expressão: “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão...” (ARC). Acontece que, nesse caso, a tradução mais correta para “tentou” é “provou” ou “testou”, e assim já o fazem as modernas versões bíblicas.

Portanto, Tiago faz uma determinação para a qual não há exceção alguma: ninguém deve atribuir a Deus a origem da tentação quando estiver sendo tentado. As tentações sobrevêm a todos, regularmente. Elas procedem de nossa natureza corrompida, que é estimulada por Satanás e pelo mundo. Contudo, não procedem de Deus. Não nos enganemos, pensando que Deus nos conduz ao mal. Não nos desculpemos dos nossos pecados, colocando a culpa em Deus. Ele não tenta a ninguém. Dele só vem o que é bom e nunca o mal. Por certo, Deus não deseja que caiamos em tentação; no entanto, não nos poupa da experiência de sermos tentados. Não somos o povo incólume de Deus; para amadurecer, é preciso enfrentar provações e tentações. 

Toda obra de Deus é no sentido de regenerar o homem a fim de que este retome a sua imagem e semelhança, e se Deus está interessado na plena salvação do homem como, pois, trabalharia contra seus próprios propósitos, suscitando tentações naqueles que deseja resgatar exatamente do mal que estas produzem?

 

DE ONDE NASCE A TENTAÇÃO

Tiago, então, mostra-nos de onde nasce a tentação: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” (1:14). Aqui Tiago identifica a origem das tentações. Ninguém é tentado por Deus, antes cada ser humano “é tentado pela sua própria cobiça”. E não há exceção a essa verdade.

É interessante que Tiago não menciona a atuação de Satanás, o tentador, muito embora mais adiante ele ensine os cristãos a resistir às tentações do diabo (4:7). Sobre os ombros do Diabo têm sido colocadas muitas culpas que são nossas, voluntária e decididamente nossas. Ele destaca claramente que a tentação se origina realmente em nós e que, dessa forma, somos nós mesmos os responsáveis pelo pecado que cometemos. A expressão “cada um” corresponde aqui a “todo mundo”. Portanto, todo mundo é tentado pela sua própria cobiça. O que Tiago está dizendo é que cada um de nós tem uma natureza inclinada para o mal.

Na verdade, a tentativa de culpar a Deus nos processos do existir não passa de uma repetição do ato arquetípico de Adão e Eva, quando ambos transferiram a responsabilidade de seus atos para outro. O homem tem uma tendência ferrenha de fugir da culpa, de achar um culpado para suas desventuras em algo ou alguém exterior a si. Entretanto, o Evangelho nos confronta e nos faz assumir a responsabilidade por nossos atos, apontando-nos a existência da concupiscência e mostrando que é de dentro que emana aquilo que é capaz de contaminar (cf. Mateus 15:1-21). Em contato com tal verdade e constrangidos pelo amor de Cristo só nos resta o arrependimento e a busca urgente pela graça daquele que nos perdoa e santifica para o seu louvor! 

Tiago vê o pecado não apenas como um ato, mas como um processo que se desenvolve em quatro estágios. Vejamos cada um deles.

O primeiro estágio é o desejo ou cobiça (1:14). Tiago diz que somos tentados por nossa “própria cobiça” ou “concupiscência”. A palavra grega é epitumia, que significa desejo intenso ou ardente, paixão, vontade. Algo semelhante ao que Freud denominou “pulsões”. Essa palavra não necessariamente tem um sentido de desejo mau e impuro. Mas, podemos transformar um desejo legítimo em um desejo pecaminoso, quando começamos a desejar aquilo que não pode ser nosso. Ou quando queremos satisfazer um desejo nosso fora da vontade de Deus. Por exemplo: Comer é normal, glutonaria é pecado! Dormir é normal, preguiça é pecado! Sexo no casamento é normal, mas sexo fora do casa¬mento é pecado! Os desejos devem estar sob controle, e não no controle.  Devemos controlar os desejos, não estes a nós. Inclusive isto está presente quando Paulo menciona o fruto do Espírito Santo, ao citar o domínio próprio como característica da nova criatura.

Os nossos desejos por prazer evoluem em quatro estágios. O primeiro, o mais básico, refere-se aos desejos por comida, saúde, sexo e família. Estes são os desejos fundamentais para a nossa sobrevivência. O segundo estágio é a aspiração para a riqueza. Aqui achamos que o dinheiro garante a sobrevivência e uma boa qualidade de vida. O terceiro é a busca por honra e poder. Apreciamos controlar os outros. No quarto estágio aparece o desejo por conhecimento. Aqui pensamos que ter conhecimento nos fará felizes.

A cobiça não é algo momentâneo. Surge depois de ser acalentada, de ser alimentada por meio de pensamentos. Esse desejo, sendo muito forte, tolerado e estimulado, impele-nos para o pecado.

O segundo estágio é o engano (1:14). É por isso que Tiago diz que esse desejo intenso vai atraindo-nos e seduzindo-nos, aos poucos. Somos atraídos de uma forma sedutora. Tiago diz que “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz”. Essas duas últimas palavras são interessantes. Segundo os comentaristas, Tiago está fazendo uso da metáfora e usa duas figuras para ilustrar o engano da tentação: a figura do caçador que usa uma armadilha (atrai) e a figura do pescador que usa o anzol com isca (seduz).

É nesse momento que as percepções são embotadas pela aparência atraente daquilo que se deseja, assim como no caso da queda humana narrada em Gênesis 3:6 onde se lê: “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento”. Isto é um arquétipo, ou seja, um modelo primitivo que nos aponta uma realidade que se repete através das eras, a saber: a atração dos seres humanos por aquilo que carrega sedução em sua aparência ou, nas palavras de João: a concupiscência da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida.

O terceiro estágio é o pecado consumado (1:15). Em terceiro lugar, Tiago nos diz que a concupiscência ou cobiça é a mãe do pecado: “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (1:15). Tiago muda a figura da armadilha e do anzol para a figura do nascimento de um bebê maldito, chama¬do Pecado! Quando respondemos à cobiça com nossa vontade, o encontro dos dois engravida a cobiça com o pecado. O processo é narrado como se fosse irreversível (cf. Jó 15:35; Salmos 7:14; Isaías 59:4).

A vida cristã é uma questão de volição, não de sentimentos. Ouço com frequência cristãos dizerem: "não sinto desejo de ler a Bíblia" ou "não sinto vontade de participar do culto de oração". As crianças vivem em função de seus sentimentos, mas os adultos agem de acordo com a volição. Fazem algo porque sabem que é certo, a despeito do que estejam sentindo. Isso explica por que cristãos imaturos caem com frequência em tentação: deixam que seus sentimentos tomem as decisões. Quanto mais a volição é exercitada e dizemos um "não" categórico para a tentação, mais Deus controlará nossa vida.  "Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Filipenses 2:13).

O mal procede do interior do homem. Este não é vítima do destino nem produto do meio. Dentro de nós mora corrupção, que deturpa o sentido de nossa existência e contra a qual é preciso guerrear todo dia. Paulo disse que esmurrava o próprio corpo diariamente, para não ser reprovado (1 Coríntios 9:27), o que pode ser entendido como aquele impulso que habita os membros humanos, citado em Romanos 7 e que impele a que se faça o mal que não se quer.

O quarto estágio é a morte (v. 16). A cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Vemos aqui a genealogia do pecado. A cobiça é a mãe do pecado e a avó da morte. O salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).

Observe que nessa passagem, Tiago demonstra em termos dramáticos como a cobiça, personalizada como mulher, concebe do desejo humano, fica grávida do pecado e gera um filho, a morte, que em seguida mata o próprio pai. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje assim verte o mesmo texto: “Então, estes desejos fazem nascer o pecado, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte” (1:15). É uma cadeia de eventos: a cobiça traz tentação, que concebe o pecado, que dá à luz o pecado, que é cometido e traz morte (cf. Romanos 6:23; Gálatas 6:7-8).

 

O CARÁTER DE DEUS

Para assegurar seus leitores de que o mal não procede de Deus, sob a forma de tentações, Tiago faz uma breve exposição do caráter santo e bondoso de Deus. Quanto a isso, os cristãos não deveriam se deixar enganar: de Deus só procede o bem.

Levando-se em conta o caráter de Deus, a respeito do quê aqueles irmãos não deveriam se enganar? Tiago responde da seguinte forma:

Em primeiro lugar, Deus é todo bom. Tiago diz que do alto procede “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto” (1:17). A Nova Tradução na Linguagem de Hoje afirma categoricamente que: “Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu”. “Alto” é empregado aqui como substituição para “Deus”. Embora várias vezes Tiago use o nome de Deus na sua carta, era prática comum aos judeus substituírem o nome divino por outra forma de expressão.

Tiago nos apresenta, aqui, dois fatos sobre a bondade de Deus:

1. Deus dá somente coisas boas. “Dádiva” vem do grego dósis e refere-se ao “ato de dar um presente”. Por sua vez, a palavra “dom” vem do grego dórema e significa “dádiva, benefício”. Ambos os termos são sinônimos. Tiago faz uso de uma repetição para enfatizar o seu argumento de que Deus dá somente boas coisas ao seu povo. Tudo o que é bom e perfeito vem de Deus. Toda boa dádiva procede de suas mãos. Dele não nos vem o mal, a tentação. Dele é que vêm todas as bênçãos espirituais e materiais que recebemos como presentes. 

2. Deus dá constantemente. O verbo “descendo” é um presente particípio, cujo significado é: continua sempre descendo. Deus não dá seus dons apenas ocasionalmente, mas constantemente. 

Em segundo lugar, Deus é transcendente. Além de o termo “alto” ser um sinônimo de Deus, outra consideração deve ser feita sobre o mesmo: ele mostra a transcendência de Deus. Ele é o que está lá em cima, em contraposição aos homens, que estão cá embaixo (cf. Isaías 55:8-9). Isso significa que, conforme ensinou o teólogo Karl Barth, do ponto de vista metafísico não se pode fazer uma analogia entre Deus e a criatura, ou seja, não podemos explicar quem é Deus por meio de nossa razão, de nossos raciocínios. Sendo Deus absolutamente transcendente, torna-se estritamente necessário que, para que o homem possa conhecê-lo, que ele mesmo se revele, e isso ele o fez por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor (cf. João 1:1-18).

Em terceiro lugar, Deus é o criador do cosmos. Tiago nos diz que todas as coisas boas e perfeitas provêm do “Pai das luzes” (1:17). Mais uma vez, o nome divino é substituído por um equivalente: Deus é o Pai das luzes. O dom vem dele, descendo, para nós. João afirmou que Deus é luz e que nele não há treva alguma (1 João 1:5), o que só vem reforçar a certeza de que jamais poderia a tentação emanar do Altíssimo. Mas, Tiago ultrapassa a metáfora. Na realidade, o sentido aplicado por ele é até diferente. Ele não declara que Deus é luz, mas o “Pai das luzes”. Deus é Pai das luzes porque criou os astros: o sol, a lua e as estrelas. A linguagem é alusiva a Deus como Criador dos luminosos (cf. Gn. 1:14-18). Ele é Pai do que existe de mais elevado na criação, os astros, que se localizam muito acima dos homens. Mas, quem os criou é maior do que eles e está acima deles, por ser “o Pai das luzes”.

Em quarto lugar, Deus é imutável. A linguagem cosmológica é confirmada pelo final do versículo 17: “em quem não há mudança nem sombra de variação”. Deus não pode mudar para pior porque é santo, e não pode mudar para melhor porque é absolutamente perfeito. Deus não muda seu caráter e sua essência. Tiago diz, também, que não há nele sombra de variação. Até os astros mudam, mas o Pai que os criou não muda nunca. É sempre o mesmo! Portanto Deus não poderia vir a contaminar-se ou a modificar sua natureza passando a agir com fins malignos como é o caso da tentação.

Em quinto lugar, Deus é soberano. Tiago diz assim no verso 18: “Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”. Aqui Tiago define positivamente quais são os dons da bondade providencial de Deus: Ele nos gerou pela palavra da verdade. É o novo nascimento (cf. Tito 3:5; 1 Pedro 1:3-23). Tiago diz que esta ação de Deus decorre de sua iniciativa soberana: “Segundo a sua própria vontade”. Essa expressão vem de uma única palavra grega – boutethéis. A tradução desse verbo diz assim: “Tendo ele querido”, no sentido de pretendido, determinado, decidido. Significa dizer que Deus quis deliberadamente isso, que ele tinha um propósito eterno de nos gerar. Por isso, Paulo diz que fomos “chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:24).  A salvação é o profundo querer de Deus. Foi o seu querer, a sua vontade, que o levou a salvar-nos (cf. Efésios 1:4-6). Deus quer somente o nosso bem!

Tiago diz que o meio para a nossa geração foi “a palavra da verdade” (cf. 1 Pedro 1:23). O que é “palavra da verdade”? A expressão se refere ao conjunto da revelação de Deus aos homens e que se completou com a vinda de Jesus Cristo, o clímax da revelação.

Cristo nos resgatou do poder do inimigo e nos deu ao Pai. Somos propriedade divina. Não pertencemos mais ao poder das trevas. Somos de Deus! Não somos um presente dado de forma irrefletida e recebido de má vontade. Foi o querer de Deus que operou o processo de nosso novo nascimento e foi sua revelação consumada em Jesus Cristo que nos gerou. Por isso, tudo o que temos de bom, a começar da salvação e da comunhão, vem-nos de Deus. Ele nos ama e nos dá o que é bom.

 

CONCLUSÃO

Todos nós temos lutas diárias em nosso viver. O trabalho, a família, as relações afetivas, as questões financeiras, enfim, uma série de aspectos envolvidos no nosso existir com os quais temos que lidar a todo instante e não poucas vezes com a necessidade de solucionar conflitos e dilemas. Geralmente quando se fala de luta é disto que lembramos. Mas há uma batalha acontecendo em um nível mais profundo e sutil, por isso muitas vezes imperceptível. Essa guerra é descrita em Romanos 7 e versa sobre o embate entre a velha criatura, que quer emergir com todos os seus impulsos, e o novo ser gerado em Cristo, que caminha em direção ao Deus de amor, vivendo não mais para si, mas para servir àquele que por ele morreu e ressuscitou.

O consolo é que não estamos sós nesta guerra. O Senhor nos enviou seu Espírito. Temos ainda a Igreja, a comunidade dos servos de Jesus onde se deve encontrar apoio, além de toda a armadura de Deus. É urgente que busquemos todas essas armas a fim de que permaneçamos firmes naquele que é o autor e consumador da nossa fé!

 

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