Testo de Estudo

Apocalipse 3:10:

10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.

INTRODUÇÃO

Dentre as sete Igrejas da Ásia, somente duas, a de Esmirna e a de Filadélfia, não receberam censuras. Essas duas Igrejas não eram as maiores nem as que gozavam de melhor saúde espiritual . Pelo contrário: Esmirna e Filadélfia eram Igrejas pequenas, com poucos membros e poucos recursos econômicos, e enfrentavam um ambiente extremamente hostil. Apesar disso, o Senhor olhou para elas e as encontrou fiéis.

Filadélfia, literalmente, era “a cidade do amor fraterno”. É para esta Igreja que o Senhor Jesus envia esta carta e nos ensina várias lições.

 

A IGREJA EM SEU CONTEXTO

Filadélfia era a mais jovem das sete cidades, tendo sido fundada por colonos provenientes de Pérgamo sob o reinado de Átalo II, nos anos de 159 a 138 a.C. O Rei Átalo amava tanto a seu irmão Eumenes que o apelidou-o de Philadelphos (o que ama a seu irmão), e acabou dando esse mesmo nome à cidade. 

Localizada em plena região vulcânica, Filadélfia era alvo de frequentes e perigosos terremotos, e por isso sua população era pequena e as pessoas viviam assustadas pela instabilidade. Muitas vezes sacudida por terremotos, ela foi destruída em 17 d.C., junto com Sardes e com dez outras cidades no vale de Lídia. O medo fez com que grande parte da população deixasse de morar no interior dos seus muros para viver em tendas fora da cidade. 

A cidade era reputada pela fertilidade dos campos ao seu redor. Além disso, a cidade estava situada num lugar estratégico, na principal rota do Correio Imperial de Roma para o Oriente. A cidade era chamada “a porta do Oriente”. Esta localização estratégica favorecia a esta Igreja a oportunidade de espalhar o Evangelho. Também era chamada de pequena Atenas, por ter muitos templos dedicados aos deuses. A adoração principal era a Dionísio (mais tarde chamado de Baco). A cidade estava cercada de muitas oportunidades. 

Filadélfia não foi uma cidade importante do ponto de vista político ou econômico. Todavia, teve diante dos imperadores romanos certo prestígio. Nela existia uma forte comunidade de judeus, que aos poucos se converteu ao cristianismo. Aparentemente, tanto a cidade quanto a igreja eram pequenas na época em que o livro de Apocalipse foi escrito. 

 

JESUS SE APRESENTA À IGREJA DE FILADÉLFIA

Ao anjo da Igreja que estava em Filadélfia, Jesus se apresenta como “aquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir”(3:7, NVI).O Senhor abre a carta àa Filadélfia revelando três novos títulos:

Em primeiro lugar, o Senhor Jesus se apresenta como “aquele que é santo e verdadeiro” (3:7). Estes títulos não vêm da visão inaugural, mas caracterizam a Deus no livro de Apocalipse: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro...” (6:10). Literalmente, Jesus se descreve “o Santo”, termo esse reservado apenas para Deus (Hebreus 3:3; Isaías 40:25). Jesus não apenas se apresenta como Deus, mas ele é o Separado, possui santidade absoluta em contraste com os que vivem em pecado. Cristo é santo em seu caráter, obras e propósitos.Ele não é a sombra da verdade, é sua essência.Ele é Deus confiável, real, em contraste com os que mentem (3:9).

Em segundo lugar, Jesus não apenas se apresenta como “o Santo”, mas destaca que ele é “o Verdadeiro” Deus. A palavra grega para verdadeiro é alethinos, que significa “verdadeiro, no sentido de real, ideal, genuíno”. Jesus não é uma cópia de Deus. Ele é o Deus verdadeiro. Havia centenas de divindades naqueles dias, mas somente Jesus poderia reivindicar o título de verdadeiro Deus: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”(1 João 5:20).Em resumo, Jesus é descrito ao mesmo tempo como santidade absoluta e como verdade absoluta. Ele é tudo aquilo que afirma ser e que cumprirá fielmente a sua palavra.

Em terceiro, o Senhor Jesus se apresenta como aquele que tem autoridade sobre a vida eterna e todo poder sobre a morte. Jesus se descreve como aquele“que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir” (3:7, NVI). A expressão “chave de Davi”é claramente uma alusão à profecia de Isaías 22:22 em que o profeta diz: “Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém fechará, fechará, e ninguém abrirá”. Aqui o Senhor fala de Eliaquim, um ministro de confiança e servo fiel de Ezequias, e anuncia que vai dar a ele o poder detido pelo rei sobre a chave do Santuário e da dominação sobre a casa do rei Davi.A chave é, portanto, símbolo de autoridade e de poder. O Senhor, ao tomar para si este título, revela possuir o poder de abrir e fechar o acesso a Deus, como também dar os benefícios das bênçãos celestiais para salvos. 

O poder de Jesus Cristo não é somente sobre o reino de Davi, de quem descende, mas, para além de toda a soberania terrena, o seu poder supremo estende-se sobre o Reino dos Céus, de que é o Senhor Eterno e para onde conduzirá todos os salvos: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”(Mateus 28:18).Assim como a Bíblia nos ensina que a Pedro foram dadas as “chaves do reino dos céus”, de modo que tudo o que ele ligasse na terra seria ligado nos céus, e tudo o que ele desligasse na terra seria desligado nos céus (Mateus 16:19), a Jesus Cristo também pertence a completa autoridade com respeito à admissão ou exclusão da cidade de Davi, a nova Jerusalém Celestial (cf. 22:14,15).É Jesus Cristo, o supremo Rei, que tem o poder de abrir aos salvos o Reino do Pai, dando-lhes o direito de entrarem por seus portões.

Na visão inaugural, Jesus declara que ele tem as chaves da morte e do Hades (1:18). Assim, ele exercita toda a autoridade no céu, na terra, sobre a vida e também sobre a morte (cf. Romanos 6:9).E, por fim, a morte também não terá mais poder sobre os eleitos de Deus, pois restará vencida(1 Coríntios 15:26 54-57).

 

JESUS COLOCA DIANTE DA IGREJA UMA GRANDE OPORTUNIDADE.

À Igreja de Filadélfia, Jesus diz: “Conheço as tuas obras. Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”(3:8).Jesus continua fazendo referência às profecias do Antigo Testamento. Ele já havia citado a profecia de Isaías 22:22 fazendo menção à chave de Davi, que abre soberanamente. Agora é a profecia de Isaías 45:1-2 que é parafraseada. Ali Deus promete a Ciro, seu ungido, “abrir diante dele as portas, que não se fecharão”, ir adiante dele, endireitar os caminhos tortuosos, quebrar as portas de bronze e despedaçar as trancas de ferro. O Senhor Jesus Cristo, que possui o poder supremo nos céus e na terra, promete agora à Igreja de Filadélfia usar em favor dela esse poder que ninguém pode contestar. A porta que ele abre é, pois, a deste Reino, a de Jerusalém celeste, que é oferecida aos cristãos. 

A expressão lembra uma imagem utilizada três vezes pelo apóstolo Paulo. Quando Paulo ficou três anos em Éfeso pregando o Reino, ele disse: “Se abriu para mim uma porta ampla e promissora” (1 Coríntios 16:9). Ele diz que quando chegou a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, “uma porta se me abriu no Senhor” (2 Coríntios 2:12). Quando estava preso em Roma, apesar de já ter resultados tão fantásticos,ele pede à Igreja de Colosso: “Orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo...”(Colossenses 4:3-4). Nesses três casos, trata-se de uma possibilidade de difundir o Evangelho de Cristo: uma abertura à missões!

A cidade de Filadélfia foi fundada para ser uma porta aberta de divulgação da cultura e do idioma grego na Ásia; daí a sua localização na fronteira. O rei Átalo II criou a cidade para ser embaixadora da cultura helênica, missionária da filosofia grega, mas Cristo diz que ele colocou uma porta aberta diante da Igreja para ela proclamar não a cultura grega, mas o Evangelho da salvação. 

Em João 10:9 Jesus disse que ele é a porta da salvação, da liberdade e da provisão. Ele também usou essa mesma figura no sermão do monte (Mateus 7:13-14).Ninguém senão Jesus pode abrir a porta da salvação. Quem tem as chaves tem a autoridade. Jesus tem não apenas as chaves da morte e do inferno (1:18), mas também tem a chave de Davi, a chave da salvação e da evangelização. Ninguém pode entrar até que Cristo tenha aberto a porta. Nem pode alguém entrar quando ele a fecha (cf. Mateus 25:1-13). Se a porta é símbolo da oportunidade da Igreja, a chave é símbolo da autoridade de Cristo. 

A porta da salvação foi e ainda está aberta. Todo aquele se arrepende e crê pode entrar. Mas um dia essa porta será fechada. O próprio Cristo a fechará. Porque a chave que a abriu irá fechá-la novamente. E quando ele fechá-la, ninguém poderá abri-la. Tanto a admissão como a exclusão estão unicamente em seu poder. Jesus alertou para o perigo das pessoas encontrarem a porta da salvação fechada (cf. Lucas 13:24-28). É possível uma pessoa ser batizada, participar da Ceia do Senhor e assim mesmo ficar de fora da porta da salvação.

Precisamos compreender a soberania de Cristo na realização da sua obra. Quando ele abre uma porta, ninguém fecha, e quando ele fecha, ninguém abre. Ninguém pode deter a Igreja quando ela entra pelas portas que o próprio Cristo abriu.Paulo e Barnabé, na primeira viagem missionária, apesar de serem perseguidos e Paulo apedrejado, viram as maravilhas de Deus e “reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles, e como abrira aos gentios a porta da fé”(Atos dos Apóstolos 14:22).

Cristo tem as chaves e abre as portas. Tentar entrar quando as portas estão fechadas é insensatez. Deixar de entrar quando estão abertas é desobediência.

 

JESUS CONHECE AS DIFICULDADES DA IGREJA

A Igreja de Filadélfia tinha três problemas para poder aproveitar a oportunidade dessa porta aberta: 

Em primeiro lugar, a Igreja era muito fraca:“Tens pouca força”(3:8). A congregação era pequena, modesta, formada de cristão pobres e escravos, tinha poucos recursos, fazendo com que tivesse pouca influência sobre a cidade. Mas isso não devia detê-la no evangelismo. A Igreja pode ser astênica fraca, mas o seu testemunho deve falar alto. Que desculpas temos dado para não evangelizarmos?

Em segundo lugar, havia oposição à Igreja na cidade:“Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem...” (3:9).Os judeus, chamados por Jesus de “sinagoga de Satanás”, perseguiam a Igreja. No começo, os crentes começaram a recuar, então Cristo animou a Igreja, dizendo:“Eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (3:9). Que palavras de consolo e estímulo!

Em terceiro lugar, havia ameaça de uma futura tribulação: “... Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”(3:10).Seria aquele momento apropriado para evangelismo? Não seria um tempo para recolher-se e manter-se seguro, em vez de avançar? Cristo diz não! Ele promete guardar a Igreja e a encoraja a cruzar a porta aberta sem medo.

 

JESUS TECE RELOGIOSÀ SUA IGREJA

Para aquela Igreja fraca, mas fiel, perseguida, ameaçada por uma futura tribulação, Jesus se apresenta tecendo somente elogios.

Em primeiro lugar, para uma Igreja sem forças aos olhos do mundo, Jesus a elogia por sua fidelidade:“Conheço as tuas obras[...]. Apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome” (3:8).A Igreja tinha pouca força, talvez porque fosse pequena,; talvez porque era formada de crentes pobres e escravos,; talvez porque não tinha influência política e social na cidade; mas ela guardava a Palavra de Cristo e não tinha negado o seu nome. O essencial é que esta Igreja sempre se demonstrou fiel a Jesus.

A Igreja era pequena em tamanho e em força, mas era grande em poder e fidelidade. Deus, na verdade, escolhe as coisas fracas para envergonhar as fortes (1 Coríntios 1:27). Sardes tinha nome e fama, mas não vida. Filadélfia não tinha fama, mas tinha vida e poder.Não é o poder, não é a riqueza, não são as propriedades, ão é a conta bancária, que faz a força da verdadeira Igreja. A força de Filadélfia está na fraqueza, porque o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (2 Coríntios 12:10). A força de Filadélfia está no Senhor.

A Igreja tinha pouca força, mas Jesus colocou diante dela uma porta aberta, que ninguém poderia fechar. A igreja é fraca, mas seu Deus é onipotente. A nossa força não vem de fora nem de dentro, mas do alto.

Em segundo lugar, para uma Igreja perseguida e odiada pelo mundo, Jesus diz que ela é a sua amada:“Eis eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (3:9).Os judeus diziam que os crentes não eram salvos, porque não eram descendentes de Abraão, e por isso não tinham parte na herança de Deus. Mas Jesus diz que não é a Igreja que vai se dobrar ao judaísmo, mas os judeus é que reconhecerão que Jesus é o Messias,e virão e reconhecerão que a Igreja é o povo de Deus e verão que Jesus ama a sua Igreja.

A Igreja será honrada. Aqui Cristo está com ela. No céu, nós reinaremos com ele e nos assentaremos em tronos para julgarmos o mundo. Nós somos o povo amado de Deus, seu rebanho, sua vinha, sua noiva, a menina dos seus olhos.

Em terceiro lugar, para uma Igreja que guardou a Palavra de Cristo nas provações, Cristo promete guardá-la das provações que sobrevirão: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”(v. 10). Porque a Igreja fora fiel a Cristo, Cristo a guardaria na tribulação que estava por vir. A Igreja guardou a Palavra, Cristo guardará a Igreja.

A Igreja de Filadélfia não transigiu nem cedeu às pressões. Ela e preferiu ser pequena e fiel a ser grande e mundana. Hoje muitas igrejas têm abandonado o Evangelho de Cristo por outro evangelho, mais palatável, mais popular, mais adocicado; um evangelho centrado no homem, não em Deus.

Inácio (67-110 d.C), terceiro Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, escrevendo à Igreja de Filadélfia, só lhe faz elogios.  Posteriormente ficamos sabendo que 11 cristãos de Filadélfia sofreram o martírio em Esmirna em companhia do bispo Policarpo. 

Cristo é o protetor da Igreja. As portas do inferno não prevalecerão contra ela. Ele é um muro de fogo ao seu redor. Ela é o povo selado de Deus e maligno, nem seus os terríveis agentes do maligno podem tocar na Igreja de Cristo. Ela está segura nas mãos do Senhor.Martinho Lutero, quando perseguido, compôs o hino Castelo Forte, cuja letra diz: “Se nos quisessem devorar, demônios não contados, não nos iriam derrotar, nem ver-nos assustados”.

 

JESUS FAZ GLORIOSAS PROMESSAS À IGREJA

A esta Igreja, Jesus faz um pedido e duas gloriosas promessas:

Em primeiro lugar, Jesus ordena que a Igreja permaneça firme até a segunda vinda de Cristo: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (3:11). Somente para esta Igreja Jesus fala assim, pois ela estava esperando o Senhor. É só mais um pouco e chegará o dia da recompensa. A herança que ele preparou para nós é gloriosa. Cristo virá em breve! Não precisamos de nada novo. Precisamos guardar o que temos e proclamar o que já possuímos.

A coroa aqui não é a salvação, mas o galardão, o privilégio de aproveitarmos as oportunidades de Deus na proclamação do Evangelho. Jesus disse para a Igreja de Éfeso que se ela não se arrependesse, ele removeria o seu candeeiro.,e E removeu!

Em segundo lugar, Jesus garante que o vencedor será coluna no santuário de Deus:“Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá” (3:12). Se nos tornarmos peregrinos nessa vida, seremos uma coluna inabalável na próxima. Aqui os terremotos da vida podem nos abalar, mas no céu estaremos tão firmes e sólidos como a coluna do santuário de Deus. Os crentes de Filadélfia podem viver com medo dos terremotos, mas nada os abalará quando permanecerem como colunas no céu. 

Em terceiro lugar, o vencedor terá gravado em sua vida um novo nome: “Gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome” (3:12). Esse novo nome terá o nome de Deus, da Igreja, a nova Jerusalém e o novo nome de Cristo. Todos os que nasceram de novo são possessões eternas de Deus. Pertencemos para sempre a Deus, a Cristo e ao seu povo. Viveremos com ele em glória.

 

CONCLUSÃO

Jesus termina esta carta dizendo:“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (3:13). A porta aberta representa a oportunidade da Igreja. A chave de Davi, a autoridade de Cristo. E a coluna do templo de Deus, a segurança do vencedor. Cristo tem as chaves. Cristo abriu as portas da evangelização para a Igreja. Todavia, a Igreja contemporânea está notoriamente acomodada. Hoje quase não saímos das quatro paredes. Estamos confortavelmente instalados em nossos templos. Reunimos-nos para edificarmo-nos a nós mesmos. Realizamos conferências para equiparmo-nos a nós mesmos. Frequentamos congressos para engordarmo-nos a nós mesmos. Lemos livros e mais livros para enriquecermo-nos a nós mesmos. Parece que quanto mais conhecimento adquirimos, menos nos comprometemos com a causa do evangelho.

O evangelho é a única resposta para o homem. Esse tesouro está em nossas mãos. Deus no-lo confiou. Não podemos retê-lo. Precisamos reparti-lo. O tempo urge. A hora é agora!

 Cristo promete fazer-nos seguros como as sólidas colunas do templo de Deus. Quando ele abre as portas, nós devemos trabalhar. Quando ele fecha as portas, nós devemos esperar. Acima de tudo, devemos ser fiéis a ele para vermos as oportunidades e não os obstáculos.

Agora é conosco. As portas ainda permanecem abertas. Cristo convida-nos primeiramente a entrar pela porta da salvação, e, em seguida, pela porta do serviço, da evangelização. Igreja, veja as oportunidades e não os obstáculos!