Texto de Estudo

Apocalipse 2:10:

10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

INTRODUÇÃO

É possível ser fiel até a morte em um mundo dominado pelo relativismo? O sofrimento revela quem é fiel e quem é conveniente. Na carta à Igreja de Esmirna, vemos uma Igreja sofredora, perseguida, pobre, caluniada, aprisionada, enfrentando a própria morte, mas uma Igreja fiel que só recebe elogios de Cristo. 

A cidade de Esmirna está localizada cerca de 45 quilômetros ao norte de Éfeso. Atualmente, é a terceira maior cidade da Turquia, com mais de 250 mil habitantes.  A carta endereçada a esta Igreja é a mais curta das sete. Nela não encontramos nenhuma repreensão, assemelhando-se à Igreja de Filadélfia. Nosso Senhor demonstra profunda ternura e misericórdia pela Igreja.

 

JESUS SE APRESENTA À IGREJA

O Senhor Jesus apresenta-se nessa carta como aquele que passou pelo sofrimento e morte e obteve vitória por meio da ressurreição. Ele é o Deus autoexistente. Ele disse para João: “Escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (2:8).

Por quatro vezes no livro de Apocalipse, Jesus diz: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último” (1:8,11; 21:6; 22:13). Essa afirmação exprime a soberania de Deus sobre a História: antes e depois de tudo, no que existe está sempre Deus. Toda a História está encerrada em Deus e em Cristo Jesus; e nada do que acontece pode escapar aos seus desígnios e ao seu controle. O profeta Isaías já falara em termos equivalentes para expressar a soberania e o poder de Deus sobre o destino dos povos: “Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus” (Isaías 44:6).

Esses atributos revelados relacionam-se com a necessidade específica daqueles irmãos, pois a igreja de Esmirna estava atravessando um momento de prova e o futuro imediato era ainda mais ameaçador. A Igreja era atribulada e pobre, sofrendo sob as intrigas e perseguições dos judeus daquela cidade.

 

JESUS CONHECE OS PROBLEMAS DA SUA IGREJA

Jesus sabia muito bem o que estava acontecendo com aquela Igreja. Há quatro aspectos importantíssimos nesta carta que precisamos destacar:

1. Eles estavam enfrentando tribulações. Para a Igreja de Esmirna, Jesus diz: “Eu conheço a tua tribulação” (2:9). A palavra tribulação (gr. thlípsis) é muito radical. Literalmente, significa esmagar um objeto, comprimindo-o. Descreve a vítima sendo esmagada e seu sangue, extraído. A Igreja de Esmirna estava sendo espremida debaixo de um rolo compressor. É interessante a relação com o próprio nome da cidade. Esmirna relaciona-se com a palavra mirra (heb. myrh), fragrância usada para fabricar perfume. Quando esmagada, a casca da mirra exala um doce aroma. Esta é a precisa descrição da igreja. Quanto mais esmagada pelo mundo, em virtude de sua fé em Cristo, mais o aroma de seu testemunho exala. Diante da oposição, a fragrância daquela Igreja espalhara-se por toda a Ásia Menor.  A pressão dos acontecimentos pesava sobre a Igreja, e a força das circunstâncias procurava forçar os fiéis a abandonarem a sua fé.

Os cristãos em Esmirna eram constantemente perseguidos e tinham que enfrentar a morte. Eram forçados a adorar o imperador romano como um deus. Os esmirneanos tinham que se apresentar uma vez por ano diante do imperador e dizer: “César é o Senhor”. Porém, os cristãos, pelo menos a maioria deles, diziam: “Jesus é o Senhor”! Por causa disso, morriam. De uma única vez lançaram do alto do monte Pagos 1200 fiéis. Doutra feita, lançaram 800. Os fiéis morriam por causa da sua fé no Senhor Jesus. 

2. Eles estavam enfrentando a pobreza. Jesus diz que também conhecia a pobreza material daquela Igreja (2:9). Havia duas palavras gregas para designar a pobreza: ptochéia e penia. A primeira é pobreza total, extrema. Era representada pela imagem de um mendigo agachado. Penia é o homem que carece do supérfluo, enquanto ptochéia é o que não tem nem sequer o essencial para sobreviver. 

Os cristãos em Esmirna eram pobres em extremo, não porque não trabalhassem, mas devido às perseguições que sofriam. A pobreza era um efeito colateral da tribulação. Ela vinha de algumas razões: em sua maioria, os membros daquela Igreja eram procedentes das classes pobres e muitos deles eram escravos. Além disso, ao se converter a Cristo, uma pessoa rica perdia o seu título de nobreza, seus bens e suas amizades. Os fiéis podiam ser saqueados e seus bens tomados pelos perseguidores (Hebreus 10:34). Suas propriedades eram confiscadas ou destruídas, outros perdiam o emprego e eram aprisionados. A sobrevivência física tornou-se um problema para eles.  Alguns historiadores afirmam que muitos cristãos foram vistos revirando monturos em “lixões” atrás de comida, para matar a fome. 

3. Eles estavam sofrendo difamações. Jesus afirma ao pastor daquela Igreja que sabia que eles estavam sendo caluniados pelos opositores (2:9). Nesta cidade havia uma forte e influente comunidade judaica. Eles se diziam judeus e não eram. Antes, estavam servindo e sustentando os propósitos de Satanás. Eles não estavam apenas perseguindo os cristãos, mas estavam influenciando os romanos a prender os fiéis, mediante a calúnia, a difamação, fazendo discursos injuriosos e abusivos contra o bom nome dos cristãos. O judaísmo tornara-se a religião do ódio, da perseguição, da rejeição da verdade. 

Esses falsos judeus acusavam os cristãos de serem canibais, por celebrarem a ceia com pão e vinho (denominados de carne e sangue, símbolos do corpo de Cristo); imorais, por celebrarem a festa do amor (ágape) antes da ceia; divisores de famílias, uma vez que aqueles que se convertiam a Cristo deixavam suas famílias para servirem a Jesus. Eles os acusavam de deslealdade e de serem revolucionários, por se negarem a dizer que César era o Senhor. 

Quem difama Cristo ou aqueles que o confessam promovem a obra de Satanás. Aqueles que usam a arma das acusações levianas são membros da Sinagoga de Satanás.

4. Eles sofreriam prisões. Observe o início do verso 10: “Não temas as coisas que estais para sofrer...”. A perseguição aos esmirnenses seria dura e cruel. Cristo deixa claro que eles iam ser lançados em prisão para serem postos à prova, mas não deveriam ter medo (v. 10). Porém não era só isso, ainda havia mais pela frente! Jesus disse: “Eis que o diabo lançará alguns de vocês na prisão”. Tudo isso com um propósito: eles seriam “provados”. As prisões aconteceriam para que eles fossem postos à prova, de modo a demonstrar a fidelidade deles a Deus.

A prisão era a antessala do túmulo. Os romanos não cuidavam de seus prisioneiros. Normalmente eles morriam de fome, de pestilências ou de lepra, decapitados, crucificados ou enforcados. Isso se cumpriu à risca. Em meados do segundo século, os cristãos de Esmirna foram acusados de ateísmo, por não crerem nos deuses pagãos. O historiador Justo Gonzalez relata a prisão e tortura de cristãos afirmando que aqueles irmãos, “descansando na graça de Cristo, tinham em pouca conta as dores do mundo”. 

 

JESUS ELOGIA A SUA IGREJA

Jesus disse para a Igreja de Esmirna: “Eu conheço... a tua pobreza”. Agora observe a retificação que Jesus faz acerca daquela visão que a Igreja tinha de si mesma: “mas tu és rico” (2:9). É importante perceber que a avaliação que Jesus Cristo faz da Igreja pode diferir em muito da avaliação que nós fazemos, porque a Bíblia diz que Jesus tem “olhos como chamas de fogo” (2:18).

A Igreja de Esmirna se considerava uma igreja pobre, porque seus membros vinham das classes sociais mais baixas e muitos eram escravos. Eles eram pobres porque seus bens eram confiscados ou saqueados. Eram perseguidos e até jogados nas prisões, mas não se corrompiam. Era uma Igreja perseguida, porém era uma Igreja fiel.

Aquela Igreja era vista como pobre aos olhos humanos, mas Jesus olha para ela e diz: “Tu és rica” (2:9). Afirma, assim, que a riqueza de uma Igreja não está no tamanho do seu templo, na beleza de seus móveis, na riqueza do seu orçamento, na quantidade de membros ou na projeção social, influência política, econômica ou social desses membros na sociedade. A riqueza de uma Igreja está na pujança espiritual de seus membros, ainda que sejam pessoas pobres. Uma Igreja é rica aos olhos de Deus quando ela tem santidade, vitalidade espiritual, e permanece fiel a Deus durante as tribulações da vida. 

Enquanto o mundo avalia os homens pelo Ter, Jesus os avalia pelo Ser. Importa ser rico para com Deus. Importa ajuntar tesouros no céu. Importa ser como Pedro: “Eu não tenho ouro e nem prata, mas o que eu tenho, isso te dou: em nome de Jesus, o Nazareno, levanta e anda”. A Igreja de Esmirna era pobre, mas fiel. Era pobre, mas rica diante de Deus. Era pobre, mas possuía tudo e enriquecia a muitos.  É melhor ser como a Igreja de Esmirna: pobre materialmente, porém rica espiritualmente, do que como a Igreja de Laodicéia: rica, mas pobre diante de Cristo. O mundo vê a aparência, mas Deus vê o interior.

 

JESUS ENCORAJA A SUA IGREJA

A vida da Igreja de Esmirna era feita de sofrimentos. Aqueles irmãos nossos eram pobres, perseguidos, caluniados, presos e agora estavam sendo encorajados a enfrentar a própria morte. Não é ser fiel até o último dia da vida. É ser fiel até o ponto de morrer por essa fidelidade. É preferir morrer a negar a Jesus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele foi da cruz até a coroa. Essa linha também foi traçada para a Igreja de Esmirna: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (v. 10). A Igreja de Esmirna, assim, não é candidata à morte, mas à vida eterna. 

Policarpo, líder espiritual da Igreja de Esmirna, havia sido discípulo de João e foi martirizado no dia 25/02/155 d.C. Ele foi arrastado para a arena. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o fogo. Ele respondeu ao procônsul: “Vocês me ameaçam com um fogo que pode queimar apenas por alguns instantes, mas nada sabem a respeito do fogo do juízo vindouro e do castigo eterno, reservado para os maus. Mas porque vocês demoram, façam logo que têm de fazer”. Seus algozes tentaram forçá-lo a blasfemar contra Cristo, mas ele respondeu: “Eu o sirvo há 86 anos e ele sempre me fez bem. Como posso blasfemar contra o meu Salvador e Senhor que me salvou?” Os inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e agradecia a Jesus o privilégio de morrer como mártir. 

Hoje, Jesus espera do seu povo fidelidade na vida, no testemunho, na família, nos negócios, na fé. Não venda o seu Senhor por dinheiro, como Judas. Não troque o seu Senhor por um prato de lentilhas, como Esaú. Não venda a sua consciência por uma barra de ouro, como Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso lhe custe seu namoro, seu emprego, seu sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus diz que aqueles que são perseguidos por amor a ele são bem-aventurados (Mateus 5:10-12). O mundo perseguiu a Jesus e também nos perseguirá.

A Bíblia diz que “todo aquele que quiser viver piedosamente em Cristo será perseguido” (2 Timóteo 3:12). Paulo diz: “A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por ele” (Filipenses 1:29). Dietrich Bonhoeffer, enforcado no campo de concentração de Flossenburg na Alemanha, em 9 de abril de 1945, escreveu que “o sofrimento é o sinal do verdadeiro cristão. Enquanto estamos aqui, muitos irmãos nossos estão selando com o seu sangue a sua fidelidade a Cristo”.  Aqueles que forem fiéis no pouco serão recebidos pelo Senhor com honras: “Bom está servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor”.

Como podemos ser fiéis em meio a tanta tribulação? Sabendo que Jesus está no controle de todos os detalhes da nossa vida. Senão, vejamos:

1. Jesus conhece quem nós somos e tudo o que acontece conosco. Jesus conhece a Sua Igreja de forma profunda. Ele conhece as obras da Igreja, onde está a Igreja e o que ela está enfrentando. Para a Igreja de Esmirna Jesus diz: “Eu conheço as tuas obras, a tua tribulação, a tua pobreza... e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus” (v. 9). 

Jesus mostra que conhece os problemas da Igreja. Observe a primeira palavra que aparece no versículo 9 - “conheço”. Conhecer, do grego óida, aqui, é prestar atenção, olhar, observar algo atentamente. A Igreja passa por aperturas, mas Jesus está com os olhos na Igreja. A Igreja enfrenta pressões, mas Jesus observa a Igreja. Eles não estavam sozinhos, Jesus estava ali presente no meio da Igreja! Ele conhecia as obras daquela Igreja, a sua tribulação, a sua pobreza e as calúnias que levantavam contra ela. Ele é plenamente sabedor da pressão de cada crente, ele se importa com os apertos de cada um deles!  

Este fato é fonte de muito conforto. Uma das nossas grandes necessidades nas tribulações é alguém com quem partilhá-las. Jesus conhece nossas aflições, porque anda no meio dos candeeiros. Sua presença nunca se afasta. Nossa vida não está solta, ao léu. Nosso Senhor não dormita nem dorme. Ele está olhando para você. Sabe o que está passando e conhece a sua tribulação. Ele sabe das suas lutas e das suas lágrimas. Ele sabe que diante dos homens você é pobre, mas sabe os tesouros que você tem no céu. Jesus sabe das calúnias que são assacadas contra você. Sabe o veneno das línguas mortíferas que conspiram contra você. Ele sabe que somos pobres, mas, ao mesmo tempo, ricos. Ele sabe que somos entregues à morte, mas, ao mesmo tempo, temos a coroa da vida.

2. Jesus permite o sofrimento com um propósito, para lhe provar, e não para lhe destruir. Observe o que ele diz no verso 10: “Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova...”. A intenção do inimigo é destruir a sua fé, mas o propósito de Jesus é provar você. Isso fica claro pela palavra “prova”. A perseguição aparentemente absurda era um elemento de teste e aperfeiçoamento dos santos. Para os filhos da aliança, “todas as coisas cooperam para o seu bem” (Romanos 8:28).

O Senhor não o poupa da prisão, mas usa a prisão para fortalecer você. Ele não nos livra da fornalha, mas nos purifica nela. Ele não nos livra da cova dos leões, mas passa a noite conosco nela.

3. Jesus controla tudo o que acontece na sua vida. Jesus diz àquela Igreja: “Não temas as coisas que tens de sofrer” (v. 10). Observemos que a Igreja de Esmirna não tinha como escapar do sofrimento. Pelo contrário, Cristo a direcionou rumo à tribulação. É claro que, conforme os vv. 9 e 10, essa perseguição estava sendo infligida por Satanás. No entanto, ela ocorria sob o conhecimento e permissão soberana do Senhor.

As perseguições não estão fora da mão de Deus. Nenhum sofrimento pode nos atingir, exceto com a sua expressa permissão. Ele adverte os fiéis de Esmirna sobre o que está para acontecer, ele fixa um limite para os seus sofrimentos. Jesus sabe quem está por trás de todo ataque à sua vida (v. 10).

O inimigo que nos ataca não pode ir além do limite que Jesus estabelece. Assim como aconteceu com Jó, Deus diria para o diabo em Esmirna: “Até aqui e não mais”. O diabo só pode ir até onde Deus o permite. Quem está no controle da nossa vida é o Rei da glória.

4. Jesus mostra que conhece o tempo do sofrimento da Igreja. Por favor, observe novamente o versículo 10: Tereis uma tribulação de dez dias. Há diversas interpretações quanto aos dez dias. Há quem diga serem dez dias literais. Outros afirmam ser dez anos, durante o reinado de Décio ou Domiciano. No entanto, nos parece mais razoável pensar que o número dez, como outros em Apocalipse, seja simbólico, significando, portanto, a totalidade de um tempo relativamente breve, predeterminado.  Jesus está dizendo que eles teriam um sofrimento por um tempo predeterminado, mas também que a prisão será por um breve tempo.

Três verdades estão aqui presentes: a primeira, é que o sofrimento é certo; a segunda, é que será limitado; a terceira, é que será breve. 

5. Jesus mostra que também já passou vitoriosamente pelo caminho estreito do sofrimento que nos atinge, por isso Ele pode nos fortalecer. Ele também enfrentou tribulação. Ele foi homem de dores. Ele sabe o que é padecer. Ele foi pressionado pelo inferno. Ele suportou pobreza, não tinha onde reclinar a cabeça. Ele foi caluniado. Chamaram-no de beberrão, de impostor, de blasfemo, de possesso. Ele foi preso, açoitado, cuspido, pregado na cruz, ferido. Ele passou pelo vale escuro da própria morte. Ele enfrentou as entranhas da morte e a venceu.

Agora ele diz para a sua igreja: “Não temas as coisas que tens de sofrer”. No meio de tanto sofrimento, soam as palavras confortantes de Jesus para o nosso coração: não temas! Diante das pressões dos apertos, há a quem recorrer: Jesus Cristo! Ele tem poder para consolar, porque ele foi tentado como nós, mas sem pecar. Ele pode nos socorrer, porque trilhou o caminho do sofrimento e da morte e venceu. Ele sabe o que é morrer, sabe o que é sofrer.

Aprenda três coisas sobre Jesus: ele é eterno – Ele é o primeiro e o último. Aquele que nunca muda e que está sempre conosco. Ele é vitorioso – Ele enfrentou a morte e a venceu. Ele destruiu aquele que tem o poder da morte e nos promete vitória sobre ela. Ele é galardoador – Ele promete a coroa da vida para os fiéis, ou seja, uma vitória completa sobre a segunda morte para os vitoriosos.

 

CONCLUSÃO

Os cristãos não devem desanimar. O Cristo que desvenda esta possibilidade desanimadora passou por uma experiência semelhante. Como Esmirna, o Senhor “... esteve morto e tornou a viver”, para garantir que eles também tornariam a viver. Não há uma só passagem em o Novo Testamento que prometa uma vida isenta de sofrimentos, aliás, como é notório, sem cruz não há coroa. Mas o que Deus garante é que, mesmo que a Igreja venha a morrer no sentido físico, jamais sofrerá o dano da segunda morte. 

A mensagem, portanto, é que não devemos ser medrosos, mas fiéis. Não devemos olhar para o sofrimento, mas para Deus que tudo tem sob controle. Podemos precisar ser fiéis até a morte, mas, então, a segunda morte não poderá nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas, então, a coroa da vida nos será dada. Vale a pena ser fiel até o fim!

A igreja chegou até onde está hoje por meio de muita luta. Muito sangue foi derramado para que estivéssemos aqui hoje, inclusive o de Jesus. Ele comprou essa Igreja com seu sangue, doou-se por ela. Por isso continue lutando com coragem, não desista, Jesus voltará para buscar a sua Igreja. Ele a conhece, a encoraja e a guarda até o fim. A ele seja a glória para todo o sempre.