Texto de Estudo:

João 14:1-11:

1 NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. 4 Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. 5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? 6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. 7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. 8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.

Este é indubitavelmente o meu capítulo favorito no Evangelho de João. Jesus sabendo que sua hora estava chegando, inclusive já havia alertado seus discípulos no capítulo anterior, começa a, antecipadamente, consolar e confortar o coração de seus discípulos. Por isso mesmo, estas palavras de Jesus oferecem muito conforto para nós nos momentos difíceis de nossa jornada com Cristo.

Vivemos em um mundo repleto de incertezas, onde poucos sabem para onde realmente vão. Em nossos dias, o relativismo põe em cheque a existência da verdade absoluta, deixando-a obscurecida e com seu valor questionado e diminuído pelo domínio da falsidade, do engano e da mentira. Embora o mundo ao nosso redor possa descrer da verdade absoluta, tente nos dizer que todos os caminhos levam a Deus e que você pode viver sua vida como quiser e encontrar felicidade e vida plena em vários lugares, em nosso texto, o Senhor Jesus se apresenta de forma absoluta, como: “O caminho, e a verdade, e a vida”. Ele não apenas mais uma opção de caminho no meio de tantas outras, é o único; não é apenas a verdade relativa dos cristãos, é a única verdade que liberta; e é o único capaz de fazer nossa vida realmente valer a pena.

Nas palavras do Pr. Antônio Renato Gusso:

O uso do pronome pessoal enfático, no texto grego, em conjunto com o verbo ser (Ego eimi) e os artigos definidos antes de caminho, verdade e vida, não deixam dúvidas quanto à posição especial de Jesus. No meio de tantos caminhos propostos, Ele é o caminho; entre tantas verdades apresentadas, Ele é a verdade; e, embora existam muitas maneiras de se viver a vida, Ele é a vida que verdadeiramente é vida.

Esta passagem bíblica pode ser considerada como uma grande rocha, na qual podemos firmar nossos pés. Se o seu coração está perturbado por uma coisa ou por conta de alguém. Se você já acumulou algumas desilusões ao longo do caminho que estão minando a sua vida espiritual, roubando a sua alegria e causando-lhe dor, esta passagem é capaz de trazer um novo ânimo para sua caminhada e restaurar a sua alegria e paz mais uma vez.

UM CORAÇÃO TURBADO

O contexto, do qual João 14 faz parte, é, sem dúvidas, carregado de emoções. Tanto Jesus quanto seus discípulos estavam passando por um momento muito especial. Aproximava-se o evento principal do ministério de Cristo. Ele estava prestes a cumprir a sua nobre e inigualável missão de morrer em uma cruz como sacrifício perfeito, em prol de todos os pecadores da humanidade. Na verdade, em favor de todas as pessoas do mundo, pois todas são pecadoras. 

A preocupação de Jesus para com os discípulos, inquestionavelmente, emana de Seu amor por eles (1 João 4:7-9). Quando Jesus fala estas palavras: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”, os discípulos provavelmente estavam pensando na predição de Jesus de que um deles iria traí-lo (João 13:21-26) e na sua insistência em que Pedro o negaria três vezes (13:37,38). Isso certamente seria o suficiente para causar-lhes preocupações, mas ainda não é nada comparado com o que Jesus está prestes a dizer-lhes: Ele mesmo vai deixa-los em breve (14:28-30), e os discípulos seriam odiados e perseguidos (15:18-16:4).

Apesar de terem proclamado sua fidelidade a Ele, Jesus sabia que eles iriam falhar durante sua hora mais obscura. Eles precisariam de algumas palavras de conforto para olhar para trás. Em circunstâncias difíceis, muitas vezes é útil olhar para as palavras de Jesus como fonte de encorajamento.

O Salvador começou exortando seus discípulos para acalmar o coração perturbado, e o remédio que Ele deu foi colocar a sua confiança no Pai, assim como no Filho. De acordo com Carson, a maneira que João emprega o verbo grego “crer” (pisteuô) pode ser traduzido de três formas diferentes, estando no modo indicativo ou no imperativo, sendo assim, a frase poderia ser: “Creiam em Deus; creiam também em mim”; “vocês já confiam em Deus, confiem também em mim” e por fim “da mesma forma que vocês creem em Deus, creiam também em mim”. A primeira aparenta esta mais coerente com o contexto, porém, todas as três apresentam uma cristologia formidavelmente elevada. 

É notável, também, que Jesus permanece focado em confortar seus discípulos ao invés de lidar com suas próprias necessidades. A iminente traição de Judas e à inconstância do restante dos discípulos não impediu o Salvador de continuar sendo uma presença calmante entre eles. Ele provou mais uma vez ser a melhor fonte de paz.

Como parte do seu conforto aos discípulos, Cristo passa a falar acerca da Casa do Pai. Segundo D. A. Carson, embora haja muitas outras interpretações, a explicação mais simples e melhor é que, a “casa de meu pai”refere-se ao céu.  A Casa do Pai é um lugar real, não é um produto da imaginação religiosa ou o resultado de uma mentalidade empolgada. O céu é o lugar onde Deus habita e onde Jesus está assentado à Sua destra. O céu é descrito como um reino (2 Pedro 1:11), uma herança (1 Pedro 1:4), um país (Hebreus 11:16), uma cidade (Hebreus 11:16), e aqui como uma casa., Jesus promete aos discípulos que Ele vai reservar um lugar para eles lá. Neste mundo os discípulos sofreriam por sua fé e não encontrariam um lugar de descanso, mas poderiam ficar confiantes na certeza de que Cristo irá fornecer uma morada eterna, onde verdadeiramente estariam em casa. 

O termo grego monê, talvez, neste contexto, ficasse melhor se traduzido por “lugar ou quarto”,  pois demonstra aos discípulos que a casa de Deus tem lugar para eles. Não necessariamente uma morada separada dos demais, mas um lugar de habitação, um quarto ou aposento entre a família de Deus nosso Pai. 

Conquanto as imagens populares sobre o céu enfoquem portões de pérolas e ruas de ouro, a Bíblia consistentemente enfatiza que o céu é um lugar onde Deus e Seu povo poderão ficar juntos para sempre. O Evangelho de João raramente se refere à segunda vinda de Cristo diretamente, mas este versículo é uma notável exceção: Jesus irá morrer, ascenderá ao céu e voltará posteriormente para levar os discípulos para estarem novamente, e eternamente, com Ele. Conhecer este fato daria aos discípulos (e a nós também) esperança diante da dor e da perseguição.

A partícula se aqui não deve ser tomada como uma indicação de dúvida. No grego, esta estrutura de frase significa que a cláusula segunda será sempre decorre da primeira: Se Jesus vai, então certamente Ele voltará – Ele não abandonará seu povo. Neste caso em particular, não há nenhuma dúvida sobre a partícula “se”, uma vez que Jesus está bem ciente da iminência de Sua morte, ressurreição e ascensão.

O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA 

Não obstante estas palavras consoladoras de Jesus, a preocupação tomava conta dos discípulos. Não queriam acreditar que Jesus iria para um lugar que a eles estava vedado naquele momento! Aos olhos do cristão moderno pode parecer que os apóstolos não passavam de uns cabeças-duras. Como é que ainda não tinham entendido as palavras de Jesus? Ele tinha sido tão claro!Seja como for, esta explicação toda resultou em mais uma declaração maravilhosa de Jesus a respeito de sua pessoa. Foi esta conversa emocionada de Jesus com os discípulos, em um momento tão difícil, que levou o Mestre a dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Palavras estas que têm ecoado por quase dois mil anos, confortando, consolando e orientando discípulos de todas as épocas, raças, nações e classes sociais. 

Nesta declaração Jesus se apresenta, primeiramente, como o caminho que leva ao Pai. Suas palavras, na parte b de João 14:6, não deixam dúvidas quanto ao fim que conduz este caminho. Ele é a única forma de se chegar a Deus. Aquele que não trilhar por este caminho, por melhores que sejam as suas intenções, está fadado a não atingir o objetivo de alcançar a presença do Pai.

Estas palavras de Jesus foram tão marcantes para os apóstolos e para a Igreja primitiva que eles ficaram sendo conhecidos como os seguidores do caminho (Atos dos Apóstolos 9:2). Este título serviu, inclusive, para descrever aquilo que chamamos hoje de cristianismo.  Os seguidores de Jesus eram seguidores do caminho. Os seguidores do caminho eram os seguidores de Jesus. Os nomes poderiam ser intercambiáveis, pois Jesus é o Caminho e o Caminho é Jesus.

Em nossos dias, pessoas bem intencionadas estão enganadas em relação ao caminho apropriado para se chegar ao Céu, para se obter a salvação. São muitos os que procuram o caminho das obras, quando, na verdade, as obras devem ser consequência de se andar no Caminho. São muitos os que procuram preparar os seus próprios caminhos, quando Jesus se apresenta como o Caminho, não deixando nenhuma possibilidade para que venha a existir mais algum que possa levar a este final feliz.Nós cristãos bem sabemos: ainda que a maioria das religiões possuam coisas boas, nenhuma é boa o suficiente para nos salvar. Nenhuma pode substituir o Caminho estabelecido por Deus; e aqueles que trilham por elas, e não por Jesus, acabarão, infelizmente, no inferno.

A passagem bíblica em foco, neste estudo, é tão clara. Está registrada na Palavra de Deus há tantos anos, servindo de alerta para os “viajantes deste mundo”. No entanto, muitos ainda não conseguem enxergar o caminho que ela aponta. Ou, enxergando, o ignoram, na busca de um mais fácil, mais lógico, ou que se possa conquistar pelos méritos pessoais.

Precisamos, urgentemente, alertar a todas as pessoas que nos cercam, sobre o perigo que estão correndo. Elas devem ser alertadas para que deixem de seguir qualquer outro caminho que não seja Jesus, porque Ele é o único que pode levar ao Pai. Não existe uma segunda, terceira ou qualquer outra opção. Ou seguimos por Jesus e temos a salvação, ou vamos por outros caminhos rumo à perdição eterna. 

Além de se apresentar como o Caminho, Jesus também se apresenta como a verdade. Não mais uma verdade entre outras, mas como a verdade absoluta, a única real. Apresenta-se como a verdade personificada  a qual possui poder sobre aqueles que a conhecem. Isto fica mais claro no capítulo 8 deste mesmo Evangelho de João, quando Jesus diz a alguns judeus que se eles fossem seus discípulos conheceriam a verdade e por ela seriam libertos (8:31-32). Qualquer outra opção que seja apresentada com a pretensa intenção de tirar os pecados do ser humano, de libertá-lo desta situação, não passa de mentira.

Os séculos se passaram, mas nada indica que esta situação tenha mudado. O ser humano, sem Cristo, continua escravo do pecado, e na sua maioria vive para servir ao pecado. Só será libertado deste poder opressor pela Verdade de Deus: Jesus, a verdade absoluta que liberta.

Em uma época tumultuada como a nossa, onde a mentira, muitas vezes, passa por verdade e a verdade acaba sendo reputada como mentira, cabe a todos os cristãos, conhecedores de Jesus, a verdade absoluta a respeito de Deus, a missão grandiosa de alertarem, a todos aqueles que os cercam, do perigo pelo qual estão passando ao não darem a devida atenção ao alerta dos Evangelhos. Não existe meio termo, nem a possibilidade de se posicionar em cima do muro. Pela Bíblia se percebe que só existem duas opções: Ou estamos com a verdade ou com a mentira. Por isso é bom lembrar aos indecisos entre estas duas opções: O diabo é o pai da mentira; Deus é o pai da verdade; seguindo-se a mentira chegar-se-áao diabo, seu pai; indo pela Verdade (Jesus), não há como errar, nosso destino será a casa de Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da verdade. 

Sendo assim, busquemos dia a dia apresentar Jesus aos nossos contemporâneos. Pois ele é Verdade absoluta de Deus, aquela que pode libertar a qualquer pessoa das garras do pecado. Façamos isto na esperança de que os da verdade venham a ouvir a sua voz (João 18:37) e passem a seguir pelo caminho verdadeiro.

Em terceiro lugar, no verso 6, Jesus se apresenta como a vida. Ele já havia se apresentado assim, por ocasião da ressurreição de Lázaro, mas aqui é outro contexto e existem algumas diferenças. Da mesma forma como ele é o Caminho e a Verdade, também é a Vida. Não é uma forma de vida entre outras. Não é um estilo especial ou determinado de vida. Ele é a Vida! A vida que realmente vale a pena ser vivida. Fora de sua pessoa a vida deveria tomar outro nome, pois sem Ele, distanciado dele, ninguém pode viver verdadeiramente.

Ainda que uma pessoa goze de boa saúde, realize muitas atividades, seja dinâmico e empreendedor, gaste seu tempo em trabalho intenso, se não tem Jesus em seu coração, não tem a Vida. Não passa de um cadáver ambulante caminhando para um fim de trevas, para a morte eterna.

De acordo com o Livro de Eclesiastes bem descreve o morto vivo, a pessoa distante da comunhão com Deus. Ainda que ela venha a conseguir toda a riqueza do mundo, goze dos prazeres disponíveis, consiga realizar todos os seus projetos, possua o mais elevado grau de sabedoria, ao olhar para trás e avaliar a trajetória feita neste mundo vai chegar à triste conclusão: Tudo é vaidade, ilusão; o tempo passou como a brisa, está se aproximando o fim de sua existência e continua tão insatisfeito quanto sempre esteve.

Por outro lado, observamos pessoas que, materialmente falando, não possuem praticamente nada. Muitos não gozam de boa saúde, nem pensam em grandes realizações neste mundo, mas vivem satisfeitos por terem em si a Vida que vale a pena ser vivida. Possuem um tesouro incalculável, a vida eterna, e isto lhes basta. Seja qual for a situação atual, não importa, pois logo tudo passará e dará lugar à vida plena com Jesus.

Sempre é bom lembrar que não pagamos nada por esta vida. Não merecemos tamanho presente e devemos procurar compartilha-lo com todas as pessoas. Devemos anunciar àqueles que continuam perdidos, vegetando na terra, mortos vivos, que não precisam continuar neste estado. Nem devem procurar a vida onde ela não se encontra, pois não existe mais de uma fonte onde se possa achar. Temos que dizer a eles: “Que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5:11-12). Pelo menos não tem a vida que vale a pena ser vivida, aquela que tem a qualidade estabelecida por Deus e permanece eternamente.

Precisamos contar ao mundo, ansioso por vida, a melhor descoberta de todos os séculos. Devemos anunciar em alta voz: Vida que é vida é Jesus! Não se compra com dinheiro; não se obtém com favores; não se adquire atingindo o sucesso; não se ganha pela força, mas sim, recebe-se pela fé. Vida que está à disposição de todas as pessoas dispostas a aceitá-la com humildade, arrependendo-se de seus pecados e tomando uma atitude de confiança na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.

QUEM CONHECE A MIM CONHECE A MEU PAI

Os discípulos conheciam Jesus, todavia, ainda não o conheciam tão bem quanto podiam, ou deviam, tê-lo conhecido. Se tivessem conhecido a Cristo como deveriam, eles teriam sabido que o Seu reino é espiritual, e não é deste mundo. Se o tivessem conhecido bem, saberiam que estavam vendo o Filho estariam também vendo o Pai. Porque Jesus e o Pai são um (João 10:30; 17:11, 21-23), então qualquer um que conhece a Jesus conhece a Deus. Conhecer a Jesus é a chave para conhecer o Pai. Não precisamos esperar até que entrar no céu para conhecer o Pai (João 20:28-31). Podemos conhecê-Lo hoje e receber d’Ele os recursos espirituais de que necessitamos para continuar quando os dias são difíceis.

Enquanto Tomé se concentra nas declarações de Jesus sobre “o caminho”, Felipe levanta uma pergunta sobre o Pai. Aparentemente ele estaria pedindo uma teofania (manifestação da glória de Deus), semelhante à de Moisés (Êxodo 33:18-23). Filipe não percebeu que a glória de Deus é visível no Filho.

Por isso, Jesus disse-lhe: “Você nem sabe ainda quem Eu sou, Filipe, mesmo depois de todo esse tempo que tenho estado com vocês? Qualquer um que Me viu, viu o Pai! Portanto, como você está pedindo para ver meu Pai?” (João 14:9 BV).Jesus estava desapontado que Felipe ainda não entendeu a sua declaração sobre conhecer e ver a Deus (v. 7). Ele havia sido um dos primeiros discípulos (João 1:43). Em vista desse fato, a falta de compreensão de Filipe é incrível. Jesus simplesmente repete o que anteriormente disse a Tomé: qualquer um que O tenha visto em ação já viu a Deus (c/c João 12:45; Colossenses 1:15; Hebreus 1:3).

A construção grega da pergunta feita no verso 10 indica que o Senhor esperava como resposta um sim de Filipe. Sendo esse o caso, ele deveria ter percebido que as palavras de Jesus, bem como suas obras, veio do Pai e revelou o Pai.

Três temas do Evangelho de João se cruzam neste verso. Primeiro, a frase“no Pai”indica a unidade de Cristo com Deus, um tema que será destaque na última oração de Jesus em João 17 (cf. João 10:38; 14:20). Em segundo lugar, Jesus nunca diz nada sobre Si próprio sem uma diretiva de Deus, porque Cristo e o Pai são um, assim, quando Cristo fala, nós ouvimos a voz de Deus (cf. 7:16; 8:28; 12:49). Em terceiro lugar, e estreitamente relacionado com as obras que Jesus faz – que incluem tanto os seus ditos quanto Seus milagres – são expressões do poder de Deus (cf. 5:19, 36; 8:29; 9:4, 10:25). Porque Jesus é um com o Pai, Ele diz que o Pai quer que Ele diga e faz o que o Pai quer que Ele faça.

UMA PALAVRA FINAL

Ao contrário do entendimento popular que há muitos caminhos que podem levar ao sucesso, e a destinos específicos, o mesmo não se aplica a Deus. Segundo o Evangelho de João, e outras passagens do Novo Testamento, há apenas um caminho que leva a humanidade a Deus: Jesus. Há apenas uma maneira de conhecê-lo, e essa maneira é Jesus. Enquanto muitas religiões afirmam levar-nos a Deus, Cristo diz: Ele é “o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Jesus também é o caminho para Deus que nos dá poder para testemunhar ao mundo. Você está usando a capacitação que Deus já lhe deu para testemunhar de Jesus?

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