Adorando um Cristo Ressuscitado

Texto de Estudo: Mateus 28:1-17

 

Em uma recente viagem a outra igreja, fui abordado por muitas pessoas que conheceram meu pai. Elas contaram histórias sobre as coisas que ele fez e recordaram o quanto ele apreciava seu ministério. Ter a memória do meu pai honrada aqueceu meu coração e deu-me a chance de refletir sobre o quanto ele significava para mim também. Embora possamos lembrar e honrar alguém que não vive mais, isso não se compara a desfrutar da presença dessa pessoa enquanto está viva.

Por milhares de anos, os seres humanos tentam adorar seres mortos ou objetos inanimados como se fossem vivos. Tais tentativas de adoração são artificiais e fracassam, miseravelmente, em seus esforços de imitar a adoração genuína. Uma das minhas histórias bíblicas favoritas, que deixa esse argumento bem claro, é a de Elias e os profetas de Baal, no Monte Carmelo (1 Reis 18). Elias provou que somente o Único Verdadeiro Deus está vivo e é digno de nossa adoração.

Como cristãos, adoramos um Cristo vivo e ressurreto. Ele viveu e morreu como homem e vive, novamente, em vitória eterna sobre o pecado e a morte. Cristo testificou isso a João, dizendo: "Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno" (Apocalipse 1:17b-18). A reação de João ao Cristo vivo, caindo aos seus pés em adoração, foi a mesma dos seguidores de Jesus quando o viram ressurreto dentre os mortos pela primeira vez. Essa também deve ser a nossa.

Reações à Ressurreição e ao Ressuscitado

Nossa passagem de hoje celebra a ressurreição de Jesus Cristo e revela como aqueles que eram mais próximos a ele reagiram. Embora, até onde sabemos, eles não tenham encontrado Jesus, entre as primeiras testemunhas da ressurreição estavam os guardas colocados na entrada do túmulo. Esses homens devem ter sentido o terremoto, a descida do anjo, o rolar da pedra e visto o túmulo vazio. A reação deles à ressurreição foi tremer de medo e ficarem caídos em um estado traumático, catatônico induzido. Depois conspiraram com os sacerdotes para tentarem encobrir a ressurreição. Ironicamente, os guardas (juntamente ao lacre), colocados no túmulo pelos principais sacerdotes e fariseus, asseguraram que a história dos discípulos de Jesus vindo e roubando seu corpo fosse impossível de acreditar.

As próximas testemunhas foram um grupo de mulheres, incluindo Maria, mãe de Tiago e José; Salomé (Marcos 16:1 mãe de Tiago e João) e Joana (Lucas 24:10). Elas foram "ver o sepulcro" (v. 1) com esperança remota de que alguém pudesse rolar a pedra da entrada, para que ungissem o corpo de Jesus, uma última vez. As especiarias que levaram evidenciam que não estavam antecipando a ressurreição. Sua reação inicial ao anjo e à sua mensagem de que Jesus não poderia ser encontrado no túmulo foi de medo. Contudo, o medo também se misturou à alegria (v. 8), porque, em seus corações, tinham a esperança da ressurreição. Quando Jesus encontrou-as em seu caminho para relatar o que haviam visto para os discípulos, elas reagiram se prostrando perante ele, caindo a seus pés e adorando-o.

Maria Madalena pertencia ao grupo. Aparentemente, diante da visão da pedra rolada, correu para contar a Pedro e a João o que havia visto (João 20:1-2). Ela ainda não estava convencida da ressurreição de Jesus, pensando que alguém havia levado seu corpo embora (João 20:13). Mas, quando ficou face a face com o Cristo Ressurreto, prostrou-se perante ele em adoração. Então, seguindo a ordem de Jesus, correu para contar aos outros as boas-novas.

A reação inicial de Pedro à ressurreição, depois de correr até o túmulo para inspecioná-lo em resposta ao relato de Maria, foi de incerteza. Embora ainda não entendesse completamente (João 20:9), maravilhou-se com o que tinha acontecido (Lucas 24:12). Mais tarde, Jesus apareceu para dois de seus seguidores, no caminho de Emaús. Ainda que houvessem ouvido o relato da ressurreição, também não acreditaram a princípio. Porém, ao perceberem que encontraram o Cristo Ressurreto, correram para contar aos outros (Lucas 24:31-33). Enquanto estavam contando sua história, Jesus apareceu para eles – Pedro, os outros discípulos e o grupo que se escondia com eles. Todos explodiram em jubilosa adoração diante da evidência de que ele estava, de fato, vivo – ressuscitado dentre os mortos (João 20:19-20Lucas 24:52).

O que a Ressurreição Significa para nós

Por que tanta comoção por alguém que estava morto e reviveu? Jesus não seria exatamente tão digno de ser adorado se tivesse permanecido morto? Ele não teria sofrido e morrido por nossa causa? Sim; mas algo significativo estaria faltando. O apóstolo Paulo escreveu que, "se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados" (1 Coríntios 15:17). A ressurreição é o componente-chave, a pedra angular, da fé cristã. Sem isso, o Cristianismo é somente uma religião sem esperança, como todo o restante.

Nossa esperança por uma eternidade que se estende além desta vida repousa nas promessas de Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11:25), e "Porque eu vivo, vós também vivereis" (João 14:19b). Aqueles que se recusam a aceitar a verdade da ressurreição de Jesus negam não somente sua deidade, mas também sua habilidade de derrotar o pecado, a morte e o inferno.

A verdade da ressurreição também serve como base para outras verdades fundamentais do Cristianismo, como: a verdade da Palavra de Deus; que Jesus era quem disse ser – o Filho de Deus; que Jesus tinha poder sobre a vida e a morte; que adquiriu nossa salvação completa na cruz – derrotando o pecado; que pela vitória de sua ressurreição, Jesus tem a habilidade de nos oferecer vida eterna e está preparando um lugar para nós; e que, em seu amor, Deus teve um plano perfeito para nos resgatar de nossos pecados.

Por isso, nossa resposta natural ao encontrarmos Cristo ressuscitado deve ser nos prostrarmos em adoração jubilosa, esperançosa. Nós celebramos a ressurreição anualmente como uma parte importante do ano cristão. Todavia, mais importante é celebrarmos o Cristo ressuscitado a cada dia, por nosso viver diário. Ele realmente ressuscitou!

 

 

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