Texto de Estudo: 1 Timóteo 2:1-6, 1 Timóteo 3:14-16

O propósito da adoração coletiva é glorificar a Deus em conjunto. As pessoas visitam uma igreja ou um estudo bíblico, buscando sentido para a vida, propósito e verdade. Elas querem uma comunhão mais profunda com o Senhor Deus Todo-Poderoso, além de comunhão com amigos de pensamento semelhante e também descanso do mundo. Precisamos cultivar um ambiente que preencha essas necessidades; um lugar onde as pessoas sintam-se aceitas e bem-vindas. Nosso objetivo ao agradar a Deus é promover sua obra por meio do amor e da fé.

Timóteo havia tido Paulo como mentor, quando eles viajaram juntos, espalhando o evangelho e encorajando a Igreja. Paulo confiou a Timóteo uma séria missão junto aos efésios e comentou sobre ele: "Não tenho ninguém como ele, que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês" (Filipenses 2:20 – NVI), e chamou-o de "meu verdadeiro filho na fé" (1 Timóteo 1:2 – NVI). Então, quando Paulo percebeu que a Igreja em Éfeso estava seguindo falsas doutrinas, convocou Timóteo para ficar e instruir os líderes da igreja local.

Responsabilidade

Depois de ter advertido contra os falsos ensinos e de ter oferecido graças a Deus por sua misericórdia salvadora, no capítulo 1, Paulo começa, agora, suas instruções à igreja sobre a vida em comunidade.

Timóteo deveria expor falsos ensinamentos, meias verdades e estudos tolos. Essas coisas levavam a discussões infrutíferas, a pensamentos errôneos, à discórdia e à morte espiritual. Certos homens, em Éfeso, precisavam ser responsabilizados pelo conteúdo de seus ensinos, pois queriam "passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações" (1 Timóteo 1:7). Timóteo era sólido na mensagem do evangelho e poderia esclarecer discrepâncias e heresias externas.

Precisamos cobrar daqueles que nos ensinam uma sã doutrina. Eles devem estar equipados com conhecimento e preparados para darem respostas enquanto ensinam com gentileza e paciência (2 Timóteo 4:1-5). Devemos estar diligentemente envolvidos em estudar as Escrituras, para esclarecermos nossas crenças, questionarmos posições e crescermos no conhecimento, para glorificarmos a Deus. Orar por discernimento do Espírito de Deus é um dever, ao nos reunirmos e estudarmos as Escrituras.

De Volta ao Básico – Oração Pública

O apóstolo Paulo era enfático quanto à ordem correta da adoração. Ao começarmos a adorar, a oração é o primeiro passo vital. Ela abre o canal da comunicação, reconhecendo a presença de Deus e percebendo que temos acesso direto a ele por meio de Jesus Cristo, nosso mediador. Podemos ousadamente nos achegar diante de Deus, com plena confiança de sermos ouvidos. A oração amplia nosso senso quanto à soberania dele. Ela promove a comunhão íntima com nosso Criador.

A Igreja reúne-se com reverência e humildade, deixando de lado o estresse e as lutas para se aquecer em paz e repouso. O silêncio pode ser muito eficiente ao invocarmos a santa presença de Deus, aprimorando a unidade de mente e de espírito dentro do corpo de Cristo. Muitas vezes, isso é conhecido como "invocação" ou "convite à adoração". É a ocasião de concentrar nossos pensamentos em Deus.

Somos lembrados, por Paulo, que a oração pública deve incluir pedido, intercessão e ação de graças (v. 1). Súplicas são orações que pedem a Deus uma bênção ou ajuda de algum tipo. Intercessão traduz uma palavra grega que indica um pedido oferecido a um superior. Ação de graças refere-se ao outro lado da oração: devemos expressar gratidão a Deus por sua ajuda e pelas bênçãos recebidas.

Muito embora as orações devam ser oferecidas "por todos os homens" (v. 1), algumas pessoas têm tanto poder e influência sobre os demais que se tornam objetos particulares de oração. Assim, devemos incluir, na oração, todos os que estão em posição de autoridade sobre nós. Tantas vezes negligenciamos menções específicas aos nossos líderes governamentais, mundiais, eclesiásticos, empregadores e professores! Embora possamos não concordar com eles ou apreciálos, Deus colocou-os em posição acima de nós, e precisamos interceder por eles, "levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade" (v. 8).

Podemos refletir sobre a glória de Deus e o poder da oração ao compartilharmos pedidos e respostas a elas. A oração intercessora é eficiente para transformar o indivíduo, a situação e/ou a atitude. Quando orações são levadas a Deus, o tom e a atmosfera da adoração refletem sua graça, misericórdia e paz. É-nos assegurado que podemos confiar em Deus para conhecer a imagem maior da vida, deixando as respostas e os resultados sob seu controle. Essa confiança chama-nos a uma unidade de espírito dentro do grupo que agrada a Deus, pois encoraja os homens a quem ele atrai para si a quererem ser salvos e chegar ao conhecimento da verdade (vv. 3-4).

O principal plano de Deus não é apenas satisfazer nossos desejos ou dar-nos uma vida pacífica. Pelo contrário, é trazer a salvação a todas as pessoas (cf. Ezequiel 18:23; 2 Pedro 3:9). As orações da Igreja, por todas as pessoas, especialmente para os governantes, são, em última instância, para que Deus permita que compartilhemos as Boas-novas com todos.

A Centralidade do Evangelho

Em um mundo acostumado a adorar tantos deuses, Paulo afirma que há apenas uma forma de se obter a salvação. O versículo cinco começa com uma declaração que ecoa a famosa confissão de Israel: "Porque há um só Deus" (cf. Deuteronômio 6:4). Mas, Paulo acrescenta outra linha de confissão: "e um só Mediador entre Deus e os homens: Cristo Jesus, homem" (v. 5).

Jesus Cristo tornou-se o único mediador, entre Deus e os homens, por meio de sua morte na cruz, resgatando os pecadores de seus pecados (cf. Marcos 10:45). Ele entregou-se voluntariamente como uma oferta sacrificial para satisfazer a ira de Deus pelo pecado (cf. Romanos 3:21-26). Agora, "justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1).

A salvação por meio de Jesus Cristo deve ser anunciada a todas as pessoas. Este é o plano de Deus. A expressão "tempos oportunos" implica que agora é a hora da Igreja se unir em oração, para que possa cumprir a vontade de Deus, e proclamar a salvação em Cristo a todos. Não pode haver nada mais importante, para a Igreja, do que fazer que a sua Verdade conhecida.

De Volta ao Básico – Sã Doutrina

Ao abrirmos nosso coração à presença de Deus por meio da oração, também precisamos abrir nossa mente à sua Verdade, que é uma parte importante da adoração (João 4:23-24). Nosso foco no ensino deve estar naquilo que Deus quer que acreditemos e ensinemos: "Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia" (1 Timóteo 1:5). Precisamos buscar conhecimento e sabedoria. Precisamos desejar sua Verdade acima de tudo; não nossa própria interpretação. Trata-se de focar nossa mente na Palavra de Deus.

Paulo queria que os crentes soubessem como deveriam conduzir-se "na casa de Deus" (1 Timóteo 3:15). A verdade de Deus, dada a nós nas Escrituras, é a herança entregue ao longo dos tempos, e que nunca muda. Ela pode ser visível na forma de credos, declarações de fé, hinos, canções de louvor, poesia ou prosa. Essas coisas, testadas pela Palavra de Deus, podem ser úteis em preservar, transmitir e proclamar as Boas-novas. Podem ser ferramentas usadas na adoração, como a Oração do Senhor, o Salmo do Pastor, Deus do Sábado, a Doxologia, os "Dez Mandamentos", as Bem-aventuranças, o Credo dos Apóstolos, etc. Que permaneçamos firmes em terreno sólido em nossa adoração!

Um exemplo das primeiras declarações de fé da Igreja é encontrado em 1 Timóteo 3:16; o hino atesta que Deus enviou Jesus em carne e que o Espírito testificou a divindade de Jesus. Este foi visto e ministrado por anjos; foi pregado em todas as nações e crido no mundo. Em Pentecostes, foi assunto em glória. Que seu nome seja louvado, quando adorarmos. Estude esse credo e valorize suas verdades em seu coração; é uma maravilhosa maneira de adorar.

Pela confissão comum do corpo de crentes, podemos proclamar em adoração: grande é o mistério da piedade (1 Timóteo 3:16); cremos no Deus Triúno (João 1:1-18; 14:26); Jesus Cristo é Senhor e Salvador (Romanos 5); uma nova aliança substitui a antiga (Hebreus 8); as Escrituras são santas e infalíveis (2 Timóteo 3:14-17).

A outra parte de conhecer a verdade é discernir e refutar falsas doutrinas. Paulo disse que chegaria o tempo em que os homens não desejariam nem praticariam a sã doutrina. Então, precisamos permanecer firmes e pregarmos "a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina" (2 Timóteo 4:2-4 - NVI). O apóstolo Paulo também afirma que: "Expondo estas coisas [doutrinas enganosas] aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentando com as palavras [verdades, NVI] da fé e da boa doutrina que tens seguido" (1Timóteo 4:6).

Que não seja dito a nosso respeito o que o profeta Isaías profetizou (Isaías 29:13), e Jesus alertou: "Este povo honra-me com os lábios, mas seu coração está longe de mim. Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mateus 15:8-9). Gosto do que Walter Lock disse: "Cada igreja local tem poder para apoiar e fortalecer a verdade pelo seu testemunho da fé e pelas vidas de seus membros"1. Que adoremos a Deus em oração e em sã doutrina.

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