Em 20 de janeiro de 2009, Barak Obama tornou-se o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos. Muitos banquetes de recepção aconteceram, e a extravagância deles chamou a atenção dos jornalistas.

 

Contudo, um banquete de posse chamou muito pouca atenção da imprensa. Calma e sorrateiramente, Earl Stafford começou a fazer planos para um tipo diferente de celebração em Março de 2008, muito tempo antes da eleição. No prestigiado Hotel J. W. Marriot no centro de Washington, D.C., Stafford organizou o Banquete de Posse do Povo. Custando cerca de um milhão de dólares, Stafford queria que o foco estivesse “naqueles que estão feridos, os famintos, os nus, os sem-teto. (...) Isto é sobre os doentes e enfermos. Sobre os que estão desamparados, oprimidos e sem esperança na vida.”

Por dois dias, vítimas do furacão Katrina, veteranos feridos retornando do Iraque, os sem-teto e outros foram tratados como realeza – com a comida, quartos complementares, e até vestidos e ternos para a ocasião. Stafford veio de uma realidade pobre e queria abençoar outros com sua riqueza. Ele diz que Deus lhe disse para fazer isto e desejou ser obediente. “Vou fazer aquilo com que Deus me abençoou e o que ele me diz para fazer,” Stafford disse. “Na visão do mundo pode ser melhor gastar alguns dólares no abrigo dos sem-teto, mas o Senhor me disse para fazer isto e estou fazendo.”

Philip Yancey conta uma história parecida. Um noivo deixou sua noiva pouco antes do casamento. O sinal dado ao restaurante onde seria a recepção não era reembolsável. Ao invés de pagar uma multa “bem salgada”, ela mudou o menu, para algo menos sofi sticado, e convidou alguns sem-tetos para desfrutar de uma noite de elegância e fartura.

O Banquete do Pai

Jesus contou uma parábola sobre um banquete similar. O que foram convidados recusaram-se a vir, então o mestre enviou seus servos a convidarem os que nunca ousaram imaginar que seriam convidados.

Obviamente, Deus é o anfi trião da festa. Os que foram convidados primeiramente são os que estão muito ocupados para Deus. São da elite. Aqueles com quem todos querem parecer. Mas não podem ser incomodados.

Os servos são aqueles que fazem o que o mestre desejar: vão de porta em porta, convidando os que estão na lista. Estou certo de que eles devem ter fi cado desanimados pela resposta.

Depois há os pobres, aleijados e excluídos. Eles não tinham esperança de algum dia serem convidados para uma festa, ainda mais um banquete como este. Maravilhados com esta oportunidade, eles agradecidamente concordaram e compareceram.

Os Tipos Religiosos

Eu vejo três tipos de pessoas aqui:

1º) Os “religiosos”. Estas são as pessoas que pensam ser representantes e amigos de Deus. Eles fizeram tudo para se tornarem parte da multidão. Mas seus relacionamentos são superfi ciais e fugazes. Suspeito que tanto trabalho era apenas uma capa, estavam preocupados demais consigo mesmos e suas atividades para se incomodarem em vir a uma festa que não lhes interessava. Muitos cristãos hoje apenas vão com os movimentos religiosos, nunca se aproximando de Deus e desfrutam as bênçãos que ele está pronto para derramar sobre eles.

2º) Os excluídos. Estas pessoas sentiam que não mereciam comparecer. Eram acostumados a serem ignorados por outros, apenas desapareceram no cenário. Muitas pessoas hoje sentem como se nunca pudessem ter um relacionamento com Deus. “Você não sabe o que eu já fi z. Deus nunca poderia amar uma pessoa como eu.” Então se resignam a uma existência patética nesta terra, esperando por um pequeno prazer agora e depois vindo da TV, dos fi lmes ou de uma boa refeição. Sua fi losofi a: “Já que isso é tudo o que existe, então eu posso muito bem desfrutar.”

3º) Os servos. Nós difi cilmente notamos estas pessoas como parte da história. Todavia, seu papel é o mais importante. Eles são aqueles que fi zeram o convite face a face. Quando foram recusados por aqueles na “lista A”, foram ordenados a convidarem a “lista de B a Z”. Não importa o que seu senhor quisesse, os servos fariam. Se eles tivessem se recusado a voltarem e convidarem os excluídos, a festa teria sido um fracasso e o Mestre teria desperdiçado todos os preparativos.É para isto que Deus chama todos os cristãos: serem servos que busquem os ocupados, os indiferentes, os feridos, os negligenciados.

Alcançando a Todos

Agora, a moral da história não está dizendo para “pularmos” as pessoas na primeira lista de convidados e irmos diretamente para os excluídos. Cada pessoa na terra precisa de alguém para convidá-la a ter um relacionamento com Deus. Mas as pessoas religiosas têm menor probabilidade de dizerem sim, porque acham que já têm um relacionamento com Deus bom o bastante. A questão é ajudá-las a enxergarem que o Senhor deseja um relacionamento mais profundo com elas. Elas se contentaram em seguir os movimentos de ser um cristão. Mas Deus quer uma amizade, não um ritual.

Por outro lado, aqueles que não possuem um relacionamento com Deus podem não ser fáceis de serem alcançados também. Eles já decidiram que não são bons o sufi ciente e não podem ter um relacionamento com Deus. As boas novas da graça podem parecer boas demais para serem verdade. Mas estes têm maior probabilidade de admitirem sua necessidade por alguém que os salve, alguém que os erga de sua cova. Uma vez que eles compreendam o amor de Deus, tornam-se desejosos e dispostos a fazerem qualquer coisa por ele.

Isso nos leva aos servos. Eles são aqueles que estabeleceram um relacionamento profundo com Deus e têm voluntariamente se tornado seus servos. Sabem que a vida debaixo dos cuidados e da direção do Senhor é melhor que uma vida de prestígio, e é certamente melhor que ser um pobre mendigo. O Senhor provê tudo o que precisam, e eles nunca questionam o que fazer em seguida, pois ele lhes dá seu cronograma para que se encarreguem dele.

Então, onde você se encaixa nesta parábola?

Primeiro você deve decidir em qual categoria você está: religioso, excluído ou servo.

Se você é religioso, somente indo com os movimentos, o primeiro passo é perceber que ritual não é igual a relacionamento. Estude passagens da Bíblia que falam do quanto Deus ama você. Livre-se da noção de que o que você faz muda o pensamento de Deus a seu respeito. Se você fi zer menos, ele não lhe ama menos. Se fi zer mais, isso não faz com ele lhe ame mais. Entenda que Deus lhe ama e aceita exatamente do jeito que você é.

Caso você sinta-se um excluído, determine se já convidou Jesus para ser o Senhor e Salvador de sua vida. Se não, fale com alguém hoje sobre o que signifi ca tornar-se um seguidor de Jesus Cristo. Se você não tem uma Bíblia, consiga uma e comece lendo os Evangelhos. Veja como Jesus viveu e faça disso um padrão para sua vida.

Se você é um servo, está na melhor situação de todas. Mas é fácil cair de volta em uma das categorias anteriores. Assegure- se de que você está alimentando seu relacionamento com Deus. Lembre-se de alcançar os feridos e desamparados, tomando suas mãos e os colocando nas mãos de Deus. Não deixe que seu relacionamento com Deus torne-se “Você e eu, e mais ninguém.” Torne-se um embaixador de boa vontade a qualquer um que necessite.

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