Você se lembra dos antigos filmes de faroeste? Dois pistoleiros duelariam na rua principal. A população da cidade se alinharia para ver quem seria o vencedor do duelo. A história de hoje me lembra um duelo.

 

De um lado, temos os saduceus. Do outro, os fariseus. E no meio? Jesus. Os saduceus e os fariseus estavam tentando confundir Jesus com perguntas enganosas. Mal sabiam que estavam lidando com o Filho de Deus.

Este duelo forneceu a Mateus e Lucas uma das passagens mais citadas na Bíblia: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40, NVI; também Lucas 10:25-28).

Amar a Deus

Quando eu era criança, pensava que amar a Deus de todo o meu coração, alma e entendimento signifi cava “amar a Deus com tudo o que você tem.” Agora eu percebo que a lista não é apenas uma repetição para expor um ponto de vista. Aprendi a amar a Deus com meu entendimento, mas a parte do coração e da alma simplesmente não estava lá.

Amar de todo nosso coração signifi ca com todas as nossas emoções. Amá-lo com nossa alma refere-se ao aspecto espiritual de nosso amor, nosso “todo” (Salmos 103:1 NVI). Amá-lo com nosso entendimento signifi ca com nosso conhecimento e intelecto.

Alguém disse que a distância mais longa que há são os 18 centímetros entre a cabeça e o coração. Levar a ideia do amor de Deus de nossa mente até nosso coração pode ser uma das coisas mais difíceis que podemos fazer.

Amar a Outros

Quando crianças, todos aprendíamos a regra de ouro: “Faça aos outros como você queria que fizessem com você” (veja Mateus 7:12). Frequentemente, entretanto, ela é manipulada para: “Faça com os outros antes que façam com você.”

Claro, alguém pode lhe dar espaço para pegar um desvio na estrada, mas é bem passível que você leve um buzinaço e que alguém lhe olhe como se você fosse o único a errar. E se você estiver parado no acostamento de uma rodovia com um pneu furado, quantas pessoas realmente pararão e ajudarão? A resposta pode variar de acordo com a região, mas há boas as chances de ninguém lhe prestar socorro.

Na parábola do Bom Samaritano, Jesus defi niu “próximo” como qualquer um que precisar de nossa ajuda. Mas é o bastante apenas ajudar pessoas cujo caminho acontece de cruzarmos? O ato de magoar pessoas acontece em toda comunidade. Como veremos na próxima semana, não é o suficiente esperarmos até que elas apareçam; devemos encontrálas e ministrar a elas.

Que esforços você tem feito para alcançar os pobres e os feridos? O que incendeia seu coração? Deus tem um ministério para você e ele colocará uma paixão em seu coração por esse segmento da população. Para nós, eu e meu marido, é trabalhar com adultos com defi ciência no desenvolvimento, para lhes dar um ambiente doméstico estável. Para outros, pode ser lutar contra o aborto, alimentar os sem-teto, ou ministrar a pacientes com AIDS. Descubra o que Deus quer que você faça. Dar dinheiro a uma causa apenas para aliviar sua culpa não é o bastante. É preciso “entrar na lama e se sujar” com aqueles a quem você foi chamado a ministrar.

Juntando as Duas Coisas

Quando criança, aprendi o refrão: “Conhecê-lo!” escrito por Loyal Hurley, Bernice Brewer e Ethlyn Copeland: “Conhecê-lo e também aquilo o que ele requer, conhecê- lo é tudo o que meu coração deseja; conhecê-lo incendiará meu coração, conhecê-lo e torná-lo conhecido.”

Essa última frase tem sido extensivamente usada por cristãos (uma busca no Google resultou em mais de 47 milhões de páginas). Contudo, observe que a maior parte da canção enfatiza o conhecer a Deus.

Linda Dillow escreve:

“Como crente frequentemente declarava que meu propósito era conhecê-lo e torná-lo conhecido. Com muita periodicidade, entretanto, minha ênfase estava em torná-lo conhecido mais do que em conhecê-lo. (...) Meu desejo de servir a Deus era bom, mas minhas prioridades estavam fora de ordem. A Palavra de Deus diz claramente que a primeira coisa e a mais importante é esta: amar a Deus de todo nosso ser (veja Mateus 22:37 38). Este é o primeiro e maior mandamento.

O segundo mandamento é amar a outros, o que inclui ministério ou obras de serviço (veja Mateus 22:39). Eu tenho revertido estes dois mandamentos. É tão importante poder dizer, Não sou primariamente um trabalhador para Deus; sou primeiramente e acima de tudo um ser que ama a Deus. Isto é quem eu sou... Em meus primeiros anos como cristã, minha paixão era pelo meu propósito – servir, ministrar e discipular às pessoas.

Agora eu tenho um desejo intenso por Deus! Ele me transformou de uma serva a uma adoradora. Isto significa que eu não sirvo mais aos outros? Não. Na verdade, eu sirvo mais, mas meu serviço fl ui de um lugar diferente – de um coração saturado com adoração, de um coração encharcado com a presença de Deus.” (itálicos no original). (Satisfy My Thirsty Soul [Satisfaça Minha Alma Sedenta]).

“Uma Coisa”

Linda Dillow fala sobre a “uma coisa”.

Nas Escrituras, Paulo escreveu: “... mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fi m de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus”

O rei Davi declarou: “Uma coisa pedi ao Senhor; é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo” Jesus disse a respeito de Maria: “Todavia apenas uma coisa é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Filipenses 3:13 14; Salmos 27:4; Lucas 10:42 NVI, grifos adicionados) Dillow pondera: “A ‘uma coisa’ de Paulo era a ‘uma coisa’ de Davi, a ‘uma coisa’ de Maria.

À medida que percebia estas verdades, enfrentei uma grande pergunta: eu também escolheria a intimidade face a face com Deus? Minha busca por ele tornar-se-ia minha ‘uma coisa’? sim! (...) Desejei ser uma mulher de uma coisa, uma intimidade face a face com meu Deus.” Quando minha mãe morou em uma casa de repouso, eu a visitava quase todos os dias. Quando eu dizia que era hora de ir embora porque tinha incumbências a cumprir, ela frequentemente dizia: “Leve-me com você.” Ela gostava de andar comigo quando eu cumpria minhas tarefas.

Nem sempre podia levá-la comigo, mas o fazia sempre que possível. Por outro lado, posso sempre levar Deus comigo. Posso não estar sempre consciente de sua presença, mas ele está lá não importa o que aconteça. Se Deus for minha “uma coisa”, perceberei isto, e passarei tempo me comunicando com ele por meio da oração e lendo sua palavra. Qual é sua “uma coisa”? O que toma a maior parte do seu tempo e sua atenção?

Quanto tempo você passa com Deus? Não tem que ser um “tempo em silêncio” formal. Pode ser ouvindo louvores ou sermões no carro. Pode ser um livro que lhe aproxime de Deus. Pode até ser apreciando um belo pôr do sol. Há muitas maneiras de se conectar com Deus. Apenas se assegure de que você está fazendo isso todo o dia.

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