João 19:31-33:

31 Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. 32 Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; 33 Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas.
Convido-lhe a refletir sobre as circunstâncias que envolvem nossa vida e o preço que pagamos por nossas atitudes erradas. Muita gente afirma que pelo fato de Cristo ter levado sobre si nossas dores, nós adquirimos autoridade para rejeitar os sofrimentos porque eles não têm mais poder sobre o cristão. Entretanto, apesar de saber que em muitas situações, o Senhor, por sua misericórdia, nos livra de situações difíceis, devemos saber também que Ele nunca disse que seríamos totalmente ilesos disso. Afinal, “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo.” (João 16:33). Foi isso o que Ele nos deixou. E ainda, em Sua Palavra, encontramos: “Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6:7). Disso aprendemos que tanto podemos viver situações difíceis que não provocamos, mas que por um propósito sublime ocorre para aperfeiçoamento dos santos, ou então, podemos colher uma semente de pecado que nós mesmos havíamos semeado. O ladrão perdoado estava no segundo exemplo. Ele não foi tirado da cruz por ter aceitado a Jesus. Teve que pagar até o fim de sua vida pelo crime que cometeu. Da mesma forma, talvez o Senhor não tenha tirado alguma cruz de você e diante disso, será importante tomar duas atitudes: a primeira, não deixar de reconhecer a soberania de Deus sobre a sua vida e a segunda, aceitar o que o Senhor quer fazer em sua vida através dela. E todas as vezes que você, pela fraqueza humana, se sentir desanimado, lembre-se do ladrão perdoado que após o sofrimento desta vida recebeu a promessa “Estarás comigo no paraíso!”

Lucas 23:39-43:

39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. 40 Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? 41 E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. 42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. 43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
Imagine a cena: dois ladrões e Jesus. Os três com a mesma condenação, mas não com o mesmo pecado. Pergunto: o que cada um deles pagava? Os dois ladrões, como é de conhecimento, pagavam igualmente pelo crime que cometeram. Já Jesus, sem crime ou erro, levava sobre si toda a carga de pecados da humanidade... Aliás, vale dizer que essa carga incluía o preço daqueles dois ladrões e, portanto, apesar de apenas um deles ter aceitado a redenção de Cristo, os dois tiveram a mesma possibilidade de reconhecer Seu poder e assim, estar com Ele no Paraíso. Mas diante deste cenário, gostaria de compartilhar com você um paralelo (ainda humano e terreno) daquele que serve a Cristo e o que não serve, ante o exemplo desses dois ladrões. Ambos tiveram chance. Ambos tinham cometido crime, bem como estavam carregando o respectivo preço. Mas após o diálogo de Jesus e o ladrão perdoado, houve uma distância espiritual entre os dois ladrões: um agora foi salvo e tornou-se cristão; o outro continuava "pecador" não perdoado. E agora? O que aconteceu com cada um deles? Exatamente a mesma coisa. O evangelho de João diz que depois da morte de Jesus, os líderes pediram que quebrassem as pernas deles, pois não queriam que os corpos permanecessem nas cruzes. Como viram que Jesus já havia morrido não lhe quebraram as pernas, aliás, pelo propósito perfeito de Deus, que pela profecia já havia dito que nenhum de seus ossos seria quebrado. Portanto, mesmo depois de ter aceitado o sacrifício de Cristo, o ladrão perdoado continuou sofrendo, porque a dor física de ter a perna quebrada foi imputada aos dois, da mesma forma, sem diferenciações.

Hebreus 7:25-26:

25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;
A Bíblia declara que o poder do sacerdócio de Jesus não conhece limitações terrenas. Cristo está acima dos céus e é capaz de salvar a todo aquele que vem até Ele. O seu ponto de vista sobre o Salvador-Sacerdote está de acordo com o que é expresso na Palavra de Deus?

Hebreus 7:27-28:

27 Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
Algumas das palavras que descrevem nosso Sumo-Sacerdote são fiel, santo, justo, eterno, vivo e compassivo. A rendição voluntária de sua própria vida, sem pecados, na cruz do calvário em nosso lugar, o qualifica como nosso perfeito intercessor perante Deus, de uma vez para sempre.

Hebreus 7:18-24:

18 Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade 19 (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus. 20 E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, 21 Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque), 22 De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. 23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, 24 Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
Desde Melquisedeque até o tempo de Cristo houve muitos homens que ocuparam o ofício de Sumo-Sacerdote. Estes homens chegaram a tal posição por causa da linhagem deles, não porque Deus declarou-lhes, através de um pacto juramentado, que deveriam ocupar tal posto. À medida que cada um deles morria e outro o sucedia, o sacerdócio mudava ligeiramente de acordo com a personalidade de cada um. Jesus é o único Sumo-Sacerdote marcado com o eterno selo de aprovação de Deus. Ele permanece constante e verdadeiro em seu papel de intercessor entre Deus e a humanidade, pois Ele “é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente”. (Hebreus 13:8)