E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.    

Êxodo 3:14

INTRODUÇÃO

    Você sabe qual é o significado do seu nome? Atualmente, muitos pais dão nomes aos seus fi lhos movidos pelo momento em que vivem, não se preocupando exatamente com o significado, mas dando valor à sonoridade ou à vinculação a alguém que esteja sob os holofotes do mundo. Alguns pais se encantam com personagens televisivas, ou cinematográficas, personalidades ou celebridades, e nomeiam seus rebentos ao “calor da moda”. Outros pais, verdadeiros arquitetos da palavra, designers da verve, juntam parte do nome do pai com a do nome da mãe, ou vice-versa, construindo nomes os mais inusitados possíveis. Mas veremos que os nomes dados nos tempos remotos tinham um significado peculiar, um peso especial para quem o carregava. O nome muitas vezes identificava a linhagem (a que família pertencia), a procedência(de que região viera); identificava a personalidade, a profissão etc. aqui serão expostos alguns nomes constantes na Palavra dados a Deus e que nos revelarão um pouco mais do Criador.

 

A IMPORTÂNCIA DO SIGNIFICADO DOS NOMES

   Às vezes me pergunto por que pais colocam o nome no fi lho de José e o chamam durante a vida do menino de Zezinho? Ou nomeiam a fi lha de Francisca e a chamam de Xica, ou Xiquinha? Podemos perceber a importância dos nomes na mudança do nome do “pai da fé” que consta no livro de Gênesis. Um homem escolhido por Deus para que, por meio da sua descendência, viesse a levantar um povo que seria o escolhido de Deus. Abraão, considerado o pai da fé, tivera seu nome modificado pelo próprio Deus. Filho de Terá, seu nome inicial era Abrão, cujo significado é “meu pai é exaltado”81. Em Gênesis, capítulo 17, verso 5, seu nome é modificado para Abraão, uma mudança que indica o poder de Deus, a graça recebida, o propósito de Deus. Este homem seria aquele de quem uma grande e poderosa nação descenderia, e, com certeza, as pessoas que o conheciam possivelmente fi caram admirados pelo novo nome, pois já era avançado de idade, assim como a sua esposa, como poderia ser pai de muitos? São só conjecturas, mas certamente as pessoas daquela época sabiam da relevância dos nomes dados aos fi lhos.

   De acordo com o Dicionário Wycliff e, “um novo ou segundo nome era dado quando existia uma mudança de personalidade ou função de uma pessoa, ou de sua experiência ou circunstância (por exemplo, Simão para Cefas ou Pedro, João 1:42) e também quando a regeneração produz um novo caráter(Isaías 56:5; 62:2; 65:15; Apocalipse 2:17; 3:12; 14:1)”. Percebemos que o nome dado às pessoas tinha uma função específica, um significado especial, um valor, uma carga semântica. No mundo ocidental, não há essa preocupação em se identificar nas pessoas as características que possivelmente elas carreguem ou as quais queiramos relacioná-las. Só para exemplificar, 

“Os nomes pessoais eram usados para identificar ou dizer alguma coisa a respeito de:1. Fatores físicos, pessoais ou espirituais como Esaú (peludo) ou Pedro (pedra); 2. Fé e gratidão. Pais religiosos refletiam sua piedade compondo os nomes de seus fi lhos com elementos dos dois principais nomes de Deus, El (de Elohim), ou Jah, ou ainda Yah (de Yahweh ou Jeová).Por exemplo, Joel (Jeová é Deus), Daniel (El é meu Juiz), Abias (Jeová é [meu] Pai) (...). 3. Associação com animais e plantas (...) Raquel (ovelha), (...) Tamar (palmeira) como expressão de carinho ou do desejo que a criança possa ter alguma qualidade peculiar desse animal ou planta”.

   Outro nome de grande significância pessoal é a de Mara, anteriormente chamada de Noemi, que significa “agradável”. Essa mulher, “esposa de Elimeleque, o efrateu de Belém de Judá que, por causa da fome, migrou para a terra de Moabe. Durante os dez anos em que viveu nessa terra, seu esposo e os dois fi lhos morreram. Por essa razão, retornou à Belém acompanhada por Rute, uma de suas noras”85. Noemi não escolheu esse nome sem nenhum critério, havia razão para que seu nome fosse modificado, chamando-se Mara, cujo significado é amargura, tristeza, “expressava a aflição e dor que passara em Moabe”.

    Jabez também tem seu nome significativo. Embora seja rápida a sua aparição na Bíblia, ele é destacado no meio da genealogia apresentada em 1Crônicas, capítulo 4, versos 9 e 10 “E foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe chamou o seu nome Jabez, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz. Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo e meus termos amplificares, e a tua mão for comigo, e fi zeres que do mal não seja aflito! … E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Jabez sabia o que seu nome denotava, porém orando pediu a Deus que o livrasse de dores, pois com elas começara a sua história.

   Todavia o nome mais contundente a ser modificado foi o de Jacó. Ao nascer, saiu agarrado ao calcanhar do seu irmão que nascera primeiro, Esaú, que por ser bem peludo recebeu este nome. E o seu irmão, Jacó, que significa, em hebraico, “apanhador de calcanhar, malandro ou suplantador”. Não vamos nos ater na história de Jacó, mas na mudança significativa do seu nome. Tido como traidor do seu irmão, Jacó alcançou as bênçãos do Senhor quando em Gênesis 32:28 ele teve um encontro com Deus e persistiu tanto na luta pelas bênçãos que foi-lhe mudado o nome, passando então a chamar-se Israel: “Perguntou-lhe, pois: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido”. Vemos uma radical mudança de nome, porém todos os nomes que foram dados ao fi lho de Isaque fi zeram sentido, ou seja, os nomes de alguma forma caracterizaram momentos da vida de Jacó, ou de Israel.

   Todavia o nome mais poderoso na Bíblia é o do Senhor Jesus, e Ele recebeu este nome porque indicava uma função específica. E esta função foi profetizada pelo anjo que apareceu em sonho a José, noivo de Maria, “ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21 – grifo nosso). Para que nós tenhamos noção do quão importante e significativo é o nome de Jesus, vejamos o que ele representa dentro da Palavra de Deus: “Os primeiros cristãos não atribuíam nenhum significado mágico ao nome de Jesus, e ele era usado da mesma maneira como seus antepassados haviam empregado os nomes de Deus na época do AT. Jesus havia ensinado aos seus discípulos que tudo que fizessem em seu nome estaria sendo feito diretamente a Ele (Mateus 19:29; cf. 10:22). Seu nome representava seu poder e autoridade, como por exemplo, ao realizarem milagres (Mateus 7:22; Atos dos Apóstolos 4:7-10). As pessoas foram incentivadas a invocarem o nome de Jesus para a salvação (Atos dos Apóstolos 2:21; 4:12) e os pecadores eram e são perdoados e justificados através de seu nome, ou em seu nome (1 Coríntios 6:11; Atos dos Apóstolos 10:43). O evangelho deveria ser pregado em seu nome (Lucas 24:47) e a vida eterna será alcançada através dele (João 20:31). Jesus ensinou seus seguidores a orarem ao Pai em seu nome, isto é, com base em sua autoridade (João 16:23-24). “O nome”, quando usado sozinho, refere-se ao Senhor Jesus Cristo (“seu nome” ou “esse nome”, Atos dos Apóstolos 5:41; 3 João 7)”

   Com certeza é por isso que Deus orienta, ensina, ordena a não nos referirmos a Ele de forma vã,“Não use o meu nome sem o respeito que ele merece; pois eu sou o SENHOR, o Deus de vocês, e castigo aqueles que desrespeitam o meu nome” (Êx 20:7 NTLH). Vemos ,portanto, que os nomes bíblicos não foram dados por acaso, por sonoridade agradável ou gostos pessoais, mas com uma intenção de identificar a pessoa no seu contexto de vida, presente ou futura.

 

OS NOMES PRIMÁRIOS DE DEUS

   Na primeira lição deste livro, estudamos sobre a existência de Deus, e lá observamos que em muitas tribos espalhadas pelo planeta o Criador recebe nomes diferentes dos registrados na Bíblia. Missionários que foram a essas terras longínquas se admiraram com a descoberta da crença em um Deus verdadeiro e Criador e Mantenedor de todas as coisas, e que na verdade se trata do mesmo Deus de Israel, porém com nomes não conhecidos no meio judaicocristão. Na lição primeira foi citado “Viracocha”, que para o rei inca Pachacuti, era o Deus Criador de todas as coisas; comentamos também sobre “Shang-Ti”, o Senhor do céu para os antigos chineses; a tribo Karen, birmaneses, revelam que “Y’wa” criou inicialmente o mundo. “Há também um povo chamado Lahu, localizado entre a China e a Tailândia, que tem como o Criador de todas as coisas “Ghi’Sha””.

   Ou seja, há muitos nomes dados para Deus por diversos povos, contudo todos convergem para somente um Deus Todo-Poderoso, pois somente Ele é o Criador de todas as coisas, de acordo com o entendimento desses povos, porém nem todos os povos têm o conhecimento sobre Ele da mesma fonte, fonte esta que na maioria das vezes era os próprios ancestrais os detentores dessas informações sobre “O Deus”. Nós vamos relacionar aqui alguns nomes referentes ao Senhor, nomes já conhecidos por aqueles que têm certa intimidade bíblica. E estes nomes irão revelando o Senhor Deus na história da humanidade.

 O Deus auto-revelado se apresenta pelo nome. Apesar da queda de toda a raça humana no pecado, Ele não se afasta do cenário da historia, mas desafia os intérpretes especulativos que apresentam a divindade simplesmente por meio dos seus próprios pontos de vista esquemáticos (por exemplo: o conceito que Platão tinha do “Bom”; o Movimento Inicial de Aristóteles; o Absoluto de Hegel; a Base do Ser de Tillich). Os termos e os nomes de Deus mostrados na Bíblia Sagrada - genéricos, próprios e pessoais - na verdade fornecem uma dramática apresentação do Criador, Preservador, Redentor e Juiz da vida.

   ELOHIM – Essa palavra, que em princípio refere-se a deuses, encontra-se no início da narração bíblica, em Gênesis 1:1 “No começo Deus(Elohim) criou os céus e a terra”. Embora a palavra esteja no plural, é seguida de um verbo no singular; poder-se-ia dizer que esse “erro” de concordância, comum em nossos dias, daria margem à ideia de um politeísmo nessa expressão, porém “Embora a forma desta palavra seja plural, ela é frequentemente usada como se fosse singular – i. e., com um verbo no singular(Gênesis 1:1-31; Êx 2:24). A forma plural desta palavra pode ser considerada (1) como intensiva, para indicar a plenitude do poder de Deus; (2) como majestosa, para indicar o governo real de Deus; ou (3) como uma alusão à Trindade (Gênesis 1:26)”.91 Paul Walsher afirma

O fato de que elohim é uma palavra no plural é muito importante e tem duas possíveis interpretações: Primeiro, todas as línguas semíticas usam o plural para comunicar que algo é excepcional ou singular. Um pequeno corpo de água seria chamado de “água”, enquanto um imenso corpo de água seria chamado de “águas”. A palavra plural Elohim é usada com relação a Deus, não porque haja mais de um Deus, mas porque Ele é um Deus grande e incomparável, o único Deus verdadeiro sobre todos os deuses. Segundo, a palavra plural elohim pode eventualmente indicar a pluralidade de pessoas no seio da Trindade.

   ADONAI – Este nome traz agora Elohim para a vida daquele que assim se refere a Deus. Vimos que Elohim é o Deus majestoso, mas agora tomamos este Deus como nosso Senhor, nosso Soberano, “Um título honorário usado tanto como um plural intensivo de posto, significando “Amo”, “Soberano” ou “Senhor, como um apelativo significando “Meu Senhor”. Tamanha era a importância dada ao nome no mundo hebraico que veremos a reverência com que o povo de Deus se referia ao seu Senhor.

   YAHWEH – a partir do tetragrama YHWH, que se torna impronunciável, algumas vogais foram agregadas a ele, e dessa forma podemos pronunciar, o mais próximo possível, o nome mais importante no Antigo Testamento, “Este é o nome mais significativo de Deus do Antigo Testamento, porque é o nome próprio pessoal que Israel tinha para o seu Deus. Por essa razão, na época pós-exílio, começou a ser considerado tão sagrado que nunca era pronunciado. Ao invés disso, se usava em substituição ao termo Adonai”. Temos que aprender com aquele povo escolhido a reverenciar o nome do Senhor, sem radicalismos, mas com seriedade, respeito e honra saber adorá-lO. Paul Walsher diz “Embora não se saiba ao certo, a verdadeira pronúncia é provavelmente Javé ou Jeová. A grande maioria dos estudiosos da Bíblia acreditam que o nome Javé vem do verbo hayáh—ser (Êxodo 3:14). O nome denota a eternidade, imutabilidade e unicidade de Deus”.

 

OS NOMES COMPOSTOS DE DEUS

   EL SHADDAI – Há nomes relacionados ao Senhor que apontam para Suas características, e este é um deles. “Sempre que se falava em Deus, a partícula El era a utilizada pelo povo israelita, visto que os cananeus também a usavam para designar o seu “deus elevado”, logo esta palavra El aponta também para o Deus bíblico”. Assim como a palavra Shaddai, “Transliteração da palavra heb. shadday, normalmente traduzida como “Todo-Poderoso”. A ideia fundamental transmitida pela forma verbal shadad, da qual ela é provavelmente derivada, é tratar violentamente; portanto, o substantivo derivado descreve alguém que possui um poder extraordinário”.

   JEOVÁ SABAOTH – Em todas as batalhas há um general, um líder máximo, aquele que lidera, governa, domina todas as ações. Essa palavra Sabaoth é 

“Transliteração da forma plural da palavra hebraica que quer dizer “exército” ou “forças armadas”. A conotação de uma organização aplicada à criação, aos anjos, aos corpos celestiais ou a migração de israelitas (Números 1:3) indica a presença de um líder ou de alguém que detém uma posição superior. Da mesma forma, essa palavra adquire proeminência no nome do Senhor dos Exércitos (Sabaoth) que ocorre primeiro nos livros de Samuel, mas que foi usada livremente (247 vezes) pelos profetas. Isaías declara diretamente: “O nome do nosso Redentor é o Senhor dos Exércitos, o Santo de Israel” (47.4). 

   JEOVÁ JIRÊ – Este nome nem sempre é bem empregado pelos cristãos se observarmos bem em que contexto ele foi pronunciado na Bíblia. Paul Washer explica a intenção dada à expressão “Deus proverá”:

Este nome foi atribuído a Deus pelo patriarca Abraão em Gênesis 22:14. Em obediência ao mandamento de Deus, Abraão colocou seu filho Isaque sobre o altar como um sacrifício. Antes que Abraão pudesse atingir seu fi lho, Deus o deteve e providenciou um carneiro em seu lugar. A redenção que Deus proveu naquele dia no Monte Moriá, motivou Abraão a chamar o lugar Jeová-Jirê. Embora seja verdade que Deus é poderoso e fiel para suprir todas as nossas necessidades, o nome Jeová-Jirê não é uma promessa de prosperidade econômica, mas uma promessa de redenção do pecado. Nós deveríamos morrer pelos nossos pecados (Romanos 6:23), mas Jeová-Jirê apresentou um sacrifício em nosso lugar, o Seu Filho unigênito e amado. Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). É próximo de blasfêmia enfatizar a prosperidade econômica sobre a redenção. Jesus não derramou o Seu sangue por nossos ganhos monetários, mas para a salvação de nossas almas — a redenção da alma é cara (Salmos 49:8).

   Sabemos que o Senhor nunca desamparará aqueles que são Seus, tem suprido todas as nossas necessidades, e a palavra é nossas “necessidades”, e não, nossos “desejos”. A Sua providência vai além do materialismo imposto pelo mundo.

   JEOVÁ NISSI – Em tempos antigos, nos confrontos bélicos, a linha de frente das tropas empunhava uma bandeira que simbolizava o poder, a força e a honra de uma nação. Moisés, após a vitória contra os amalequitas em Redifim, erigiu um altar em nome do Senhor dos Exércitos, segundo Êxodo, capítulo 17, verso 15, “Moisés construiu um altar e lhe deu o seguinte nome: “O SENHOR Deus é a minha bandeira. Depois disse: —Segurem bem alto a bandeira do SENHOR! O SENHOR combaterá para sempre os amalequitas!” (NTLH).

   JEOVÁ RAFÁ – Deus é um Deus que cura, e podemos crer nisso. Porém há algumas cláusulas que o ser humano deve observar para que receba essa cura específica. Vejamos em Êxodo 15:26, “E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fi zeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR, que te sara”.

   JEOVÁ SHALOM – Uma das palavras mais conhecidas no meio cristão, Shalom signica paz, contudo não é um mero estado de tranquilidade, vai muito além do pensamento ocidental:

“O bem-estar, a saúde, e a prosperidade de alguém em alguma situação, também merecem a designação de paz. Assim como no progresso de alguém em uma viagem ou partida (Êxodo 4:18), e em geral na maneira de viver (Isaías 38:16-17; 1 Coríntios 7:15) e morrer (Gênesis 15:15; 2 Reis 22:20) com tranquilidade. Prosperidade econômica e segurança (Salmos 147:14; Jeremias 29:11; Lucas 11:21), saúde ecológica (Levíticos 26-6; Zacarias 8:12), segurança política e militar (2 Reis 20:19; Eclesiastes 3:8), e livramento das perseguições (Atos dos Apóstolos 9:31) são todos aspectos de paz”.

   Há ainda muitas denominações relacionadas ao Senhor Deus (Deus dos Deuses: Deuteronômio 10:17; Deus da Glória: Salmos 29:3; Deus Eterno: Gênesis 21:33; Ancião de Dias: Daniel 7:9-10; Deus Zeloso: Josué 24:19; Deus Justo: Isaías 45:21; Rei das Nações: Jeremias 10:7; Senhor dos Senhores: Deuteronômio 10:17; Fogo consumador: Deuteronômio 4:24; Pai Santo: João 17:11; Pai da Glória: Efésios 1:17; etc), que caberia em outra lição. Até aqui percebemos o quanto de características são percebidas no nome, e principalmente no nosso estudo, nos nomes atribuídos a Deus.

 

APLICAÇÃO

   Uma lição podemos aprender com o simples mencionar o nome de alguém: podemos estar trazendo toda uma carga contextual, histórica e psicológica, à tona. O nome de uma pessoa retrata muitas vezes o desejo de seus pais para aquele ser, transmite uma relação com a sociedade, representa a cultura familiar. Ao nomear o fi lho de Daniel(o Senhor é o meu Juiz), ou Renata(renascida), ou João(agraciado por Deus) estamos cientes da carga espiritual, psicológica e emocional que impensadamente estamos colocando nos ombros dos nossos fi lhos? Outra lição importante e que consta no terceiro mandamento de Deus: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão...” (Êx 20:7a), aqui cabe ressaltar que Deus estava falando com Seu povo! Hoje também somos Seu povo, nós temos obedecido a esse mandamento ou negligenciamos este nome tão poderoso? Que tenhamos reverência quando nos referirmos ao Senhor porque Ele é Soberano em nossas vidas e merece toda honra e louvor dos Seus fi lhos amados!

 

CONCLUSÃO

   Uma pessoa é identificada pelo seu próprio nome ou características atribuídas a ela, por exemplo, o João meu vizinho, o Alexandre da padaria, o Luís filho da dona Odete, a Maria minha prima, a moça do cafezinho, etc. o nome, ou os nomes de Deus sempre nos trarão à lembrança um Deus de poder, de amor e de justiça, um Deus em quem nós poderemos sempre confi ar, um Deus que ao longo da história humana vai se revelando ao homem e este vai nominando o Senhor de acordo com os Seus feitos, as Suas obras. Que seja a nossa boca instrumento de honra a Deus, que invoquemos o Seu nome com o devido respeito e honra que Ele merece, que entendamos o valor dos nomes, que de tão importante Deus deixou esta honra a Adão para que nomeasse a todos os seres viventes. “Bendito seja o nome de Deus, para sempre, porque só Ele tem sabedoria e poder” (Daniel 2:20).

 

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM CLASSE

1. Hoje em dia, muitos chamam os outros pelos apelidos, às vezes de forma carinhosa, às vezes de forma pejorativa. Comente sobre o lado negativo dessa prática humana.

R.

2. Por que é importante a boa escolha de um nome para os filhos?

R.

3. Escreva mais três nomes relacionados ao Deus de Israel e indique o versículo bíblico nos quais se encontram.

R.

4. Que diferenças ou semelhanças você encontra entre Ghi’Sha, Deus do povo Lanu, e Elohim, Deus do povo israelita?

R.

5. O nome de Deus, hoje, é reverenciado? Explique a sua resposta.

R.

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