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A Natureza do Nosso Combate!
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- Pr. Wesley Batista de Albuquerque
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Achei muito boa uma paráfrase de 2 Coríntios 4:9 que li esta semana: "Já fui derrubado várias vezes, mas não nocauteado". Mesmo que esta metáfora do boxe não seja conhecida por todos nós, ainda sim ela vem a calhar. Imagine por um momento que você está numa arena ou ringue lutando contra o diabo e o pecado. Alguns golpes de nossos adversários nos levam ao chão. E quando estamos no chão pensamos que é o fim. Entretanto, há mais coisas que precisamos saber sobre a natureza de nosso combate.
Em 2 Coríntios 4:7-12, o apóstolo Paulo mostra a dura realidade do combate cristão ao defender seu ministério apostólico. Como discípulos do Senhor, não teremos o privilégio de não sermos pressionados (4.8), ficarmos perplexos (4.8), perseguidos e abatidos (4.9). Somente quando estamos no "calor da batalha" é que sabemos quão renhido é nosso combate. Gememos e choramos quando duros golpes são desferidos contra nós. Reconhecer isto é fundamental. E porque sentimos tudo isso? Porque somos "vasos de barro" (4.7). Sob a perspectiva cristã de Paulo, reconhecer nossa fragilidade humana não é sinal de rendição, ou uma desculpa para não lutar, ou muito menos conivência com o pecado e o diabo. Muito pelo contrário. Aceitar nossas fragilidades é ingrediente necessário para que recorramos ao poder que vai operar em nós, mesmo que sejamos de "barro".
Isso, por sua vez, nos leva a segunda coisa que devemos entender sobre a natureza de nosso combate – o conhecimento da glória de Deus na face de Cristo (4.6). Conhecer a Cristo e o poder que dele emana é crucial para o cristão não desistir como consequência dos duros golpes deste fatídico combate cristão, que Paulo intitula de "trazer em nosso corpo o morrer de Jesus". Foi baseado no poder de Deus que teve potencia suficiente para dissipar as trevas com Sua luz, que Paulo disse: "pressionados, mas não desanimados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos" (4.8-9).
Depois, de reconhecer nossa fragilidade, e o poder que de Deus emana para lutarmos, mais uma coisa precisamos entender sobre nosso combate – a persistência da fé. No verso 13 Paulo usou uma passagem do Salmos 116 "Cri, por isso falei". O contexto inteiro do Salmo é de muita angustia e aflição por causa das adversidades. Diante do embargo de sua dor, o salmista lança mão de um recurso poderoso – a fé. Ele decidiu crer mesmo que estivesse muito aflito. E o resultado foi um ânimo renovado para cumprir os votos que havia feito a Deus. Esse contexto da experiência do salmista se encaixava perfeitamente nas experiências do ministério de Paulo – um verdadeiro combate.
Em suma, não importa sua fraqueza, lance mão do poder de Deus e vença pela fé!