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Deuteronômio Capítulo 32

23 Males amontoarei sobre eles; as minhas setas esgotarei contra eles.

24 Consumidos serão de fome, comidos pela febre ardente e de peste amarga; e contra eles enviarei dentes de feras, com ardente veneno de serpentes do pó.

25 Por fora devastará a espada, e por dentro o pavor; ao jovem, juntamente com a virgem, assim à criança de peito como ao homem encanecido.

26 Eu disse: Por todos os cantos os espalharei; farei cessar a sua memória dentre os homens,

27 Se eu não receasse a ira do inimigo, para que os seus adversários não se iludam, e para que não digam: A nossa mão está exaltada; o SENHOR não fez tudo isto.

28 Porque são gente falta de conselhos, e neles não há entendimento.

29 Quem dera eles fossem sábios! Que isto entendessem, e atentassem para o seu fim!

30 Como poderia ser que um só perseguisse mil, e dois fizessem fugir dez mil, se a sua Rocha os não vendera, e o SENHOR os não entregara?

31 Porque a sua rocha não é como a nossa Rocha, sendo até os nossos inimigos juízes disto.

32 Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas venenosas, cachos amargos têm.

33 O seu vinho é ardente veneno de serpentes, e peçonha cruel de víboras.

34 Não está isto guardado comigo? Selado nos meus tesouros?

35 Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de suceder, se apressam a chegar.

36 Porque o SENHOR fará justiça ao seu povo, e se compadecerá de seus servos; quando vir que o poder deles se foi, e não há preso nem desamparado.

37 Então dirá: Onde estão os seus deuses? A rocha em quem confiavam,

38 De cujos sacrifícios comiam a gordura, e de cujas libações bebiam o vinho? Levantem-se, e vos ajudem, para que haja para vós esconderijo.

39 Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão.

40 Porque levantarei a minha mão aos céus, e direi: Eu vivo para sempre.

41 Se eu afiar a minha espada reluzente, e se a minha mão travar o juízo, retribuirei a vingança sobre os meus adversários, e recompensarei aos que me odeiam.

42 Embriagarei as minhas setas de sangue, e a minha espada comerá carne; do sangue dos mortos e dos prisioneiros, desde a cabeça, haverá vinganças do inimigo.