O Livro de Isaías é um livro profético do Antigo Testamento. É uma peça central da literatura profética do Antigo Testamento (escrituras hebraicas), na Bíblia. Sua importância é refletida também no Novo Testamento, considerando-se que há mais de 400 referências diretas ao livro, feitas pelos evangelistas e apóstolos, e citações do próprio Jesus.
O forte caráter e ênfase messiânicos percebidos em toda a extensão do documento, muito provavelmente colaboraram para conceder ao livro tamanha proporção referencial entre os autores do Novo Testamento. Por causa disto também, Isaías recebeu o epíteto de "o quarto evangelista".
Em seus dias, Isaías viveu e narrou a tensão política e militar que o território de Israel experimentava, com eventos decorrentes principalmente de um panorama marcado por intensas e contínuas atividades bélicas e expansionistas que estavam sendo realizadas pela monarquia egípcia, ao sul, e pelos caldeus, ao Leste.
O início do ministério profético de Isaías situa-se em 754 A.C., coincidindo com 2 datas históricas precisas: a morte do rei Uzias de Judá, e a fundação de Roma.
Isaías foi filho de Amos (não Amoz, o profeta vaqueiro) e viveu na corte dos reis de Judá. Há indicações de que talvez fosse primo de Uzias. Escriba e relator dos anais históricos da casa davídica, tinha preeminência e liberdade suficiente para transitar próximo ao poder político e tomar conhecimento, em primeira mão, das políticas e estratégias do Estado monarca judeu.
Letrado, culto e politicamente privilegiado, pode ter feito parte da casta sacerdotal de Jerusalém.
Profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Ezequias, e provavelmente durante seus últimos oito anos de vida, sob a opressão maligna do reinado de Manassés, responsável por seu martírio, segundo a tradição rabínica, quando com 92 anos de idade.
Isaías permaneceu até o final de seus dias denunciando o rei por seus crimes e comportamento hediondo. Enfurecido, Manassés o teria colocado dentro de um tronco e, barbaramente, o serrado vivo ao meio.