Gênesis é o primeiro livro da Bíblia. Veja os principais pontos do livro:
Gênesis (do grego Γένεσις, "origem", "nascimento", "criação") é o primeiro livro da Bíblia. Faz parte do Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos, cuja autoria é atribuída, pela tradição judaico-cristã, a Moisés. Gênesis é o nome dado pela Septuaginta ao primeiro destes livros, ao passo que seu título hebraico Bereshit ("No princípio") é tirado da primeira palavra de sua sentença inicial.
Narra acontecimentos, desde a criação do mundo passando pelos Patriarcas hebreus, até à fixação deste povo no Egipto, depois da história de José.
As discussões acerca da origem e autoria dos textos bíblicos dependem da premissa de que estes textos não foram ditados por Deus ao ouvido dos homens e que os relatos não sejam literais, mas que os autores escreveram inspirados por Deus ao longo da história do povo de Israel. Partindo deste princípio, é difícil tratar do conteúdo de Gênesis como um texto escrito por apenas uma pessoa em um curto período de tempo.
Acredita-se que o livro de Gênesis tenha sido escrito por Moisés (embora ele viesse a morrer antes do final do Pentateuco), ou por cronistas próximos a ele. As informações, bem como os pormenores restantes, porém, podem ter sido transmitidas a Moisés por meio de tradição oral. A longevidade atribuída aos homens daquele período explicaria o fato de que as informações teriam sido transmitidas por Adão a Moisés através de apenas cinco elos humanos, a saber, Matusalém, Sem, Isaque, Levi e Anrão.
Uma outra possibilidade é que Moisés obteve grande parte das informações relativas a Gênesis de escritos ou documentos já existentes. Já no século XVIII, o erudito holandês Campegius Vitringa sustentava este conceito baseando sua conclusão nas freqüentes ocorrências, em Gênesis (dez vezes), da expressão (em KJ; Tr) “estas são as gerações de”, e uma vez “este é o livro das gerações de”. Nesta expressão, a palavra hebraica para “gerações” é toh•le•dhóhth, melhor traduzida por “histórias” ou “origens”. Por exemplo, “gerações dos céus e da terra” dificilmente se enquadraria aqui, ao passo que “história dos céus e da terra” tem sentido. (Gên 2:4) Em harmonia com isso, a versão alemã Elberfelder, a francesa Crampon e a espanhola Bover-Cantera são versões que usam o termo “história”, assim como faz a Tradução Novo Mundo.
Para a crítica bíblica, entretanto, evidências no texto demonstram que as tradições de Gênesis, especialmente entre o final da narrativa do Dilúvio e a história de José, devam ter sido compiladas durante o período de dominação babilônica, entre os séculos VII e VI a.C.