Relembrando eventos importantes

Meu atual emprego inclui liderar excursões ao Centro Espacial Kennedy, uma instalação ativa onde foguetes são lançados ao espaço, para expandir o conhecimento humano deste grande universo que Deus criou. Milhares de pessoas de todo o mundo vêm para ver a história e o futuro da exploração espacial. A cada dia encontro pessoas diferentes que contam onde estavam quando o Sputnik foi posto em órbita, ou quando Neil Armstrong pisou na lua. Outras se lembram da trágica perda da tripulação a bordo do ônibus espacial Challenger. Pessoas de muitos países compartilham uma sensação de participação nestes momentos, para alguns, sua viagem ao Centro Espacial é uma espécie de peregrinação secular. Eles querem confi rmar a realidade dos eventos históricos e visitar o lugar onde tais eventos ocorreram. Para outros, a viagem é tingida de nostalgia – uma fome para recuperar os “bons tempos”. Outros estão ansiosos para me contarem como participaram: ajudando a fabricar partes dos sistemas que mandaram pessoas ao espaço. Os específi cos são únicos para cada indivíduo. A sensação de participar de algo grandioso parece ser universal. Percebo que a maioria dos que fazem estes comentários são da minha idade ou mais velhos. A geração que experimentou estas coisas está desaparecendo... Será interessante ver quanta importância estes eventos terão para gerações futuras.

 

Por todo o mundo, gerações mais velhas trabalharam duro para fazerem as novas entenderem eventos significativos, que moldaram os valores e a visão de mundo e de suas culturas. Torna-se crescentemente difícil transmitir a importância de eventos históricos com o passar do tempo.

Próximo do fim de sua carreira, Moisés chamou os israelitas que estiveram presentes quando os Dez Mandamentos foram entregues, para reviverem aquele momento com ele. Ele pediu-lhes que refl etissem na maneira dramática que tal evento mudou sua perspectiva. Moisés esperava mais do que nostalgia. Ele os desafi ou a renovarem seu comprometimento com a aliança que Deus presenteou a Israel, quase quarenta anos antes. Ele esperava que explicassem esta experiência às gerações futuras. A importância do êxodo de Israel e a entrega dos Dez Mandamentos têm sido transmitidas com maior sucesso que muitos eventos históricos. Está em nossas mãos fazer com que estes eventos sejam de vital importância para gerações futuras. Passar adiante seu signifi cado, requer que entendamos o papel específi co que os Mandamentos devem exercer na vida de um cristão, e o direito de Deus de presenteálos a antigos israelitas e a cristãos modernos.

Nem todas as alianças são criadas igualmente

Algumas alianças são negociadas entre iguais. As partes negociam um acordo que seja confortável para todos os envolvidos. Negociação e acomodação são ingredientes principais.

Outras alianças são ofertas do tipo “pegar ou largar”. Uma parte mais forte oferece o que a parte mais fraca deve aceitar. Em tais casos, o mais fraco não tem força para sugerir modificações. Este tipo de aliança foi bem entendido pelo povo do antigo oriente. Um conquistador seria substituído por outro – cada um deles apresentava uma aliança descrevendo o que se esperava dos subjugados. O lado derrotado não tinha nenhum poder para negociar um “acordo melhor”. Historiadores referem-se a estes acordos como alianças de suserania - O suserano tinha a autoridade para impor uma aliança ao grupo conquistado.

 A aliança que Deus apresentou não era aberta a negociações. O Senhor lembrou o povo de sua autoridade ao estabelecer as condições: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei do Egito.”

Os Dez Mandamentos descrevem o que Ele esperava, daqueles que vivessem em relacionamento de aliança com o Soberano dos céus e da terra. Deus ainda apresenta suas expectativas. Não temos nenhum poder para negociar um acordo diferente, não temos nenhuma autoridade para mudar as condições que Ele estabelece.

Os Mandamentos nunca foram fonte de salvação. Deus demonstrou sua graça a Israel antes de apresentar sua aliança. Ele acabou com a escravidão no Egito. Eles não fi zeram nada para merecer este relacionamento especial. Ele deu-lhes algo que não mereceram. Mesmo antes, Deus escolheu o ancestral deles, Abraão, para um relacionamento especial. Abraão não merecera o direito à aliança que Deus lhe ofereceu.

Um Moisés mais velho estava preparando os israelitas para um tempo de mudanças dramáticas. Ele entendia que seu tempo de liderança estava próximo do fi m e que Josué lideraria a conquista da Terra Prometida. As tribos estavam trocando a vida como nômades, por um tempo em que se espalhariam em vilas e cidades. A supervisão de perto de um pequeno grupo de líderes não seria adequada na nova confi guração; o reforço do código “de cima para baixo” tornar-se-ia virtualmente impossível. O discurso de Moisés era um apelo para “internalizar” os Mandamentos, tornando-os algo pessoal. Anos mais tarde, o profeta Jeremias foi inspirado a falar de um dia vindouro quando a lei seria internalizada (favor ler Jeremias 31:33-34).

A profecia ainda está para ser cumprida. Há ampla evidência de que a grande maioria não tem a lei escrita no coração. A necessidade de ensinar o vizinho e o irmão continua no tempo presente... a internalização dos Dez Mandamentos deve ser o ideal que todos nós ambicionamos. Em sua vida e seus ensinamentos Jesus consistentemente enfatizou a contínua importância dos Mandamentos. Seu conflito com os líderes religiosos era sempre sobre como manter vários Mandamentos. Não havia discussão se tais deveriam ser mantidos!

Um “acordo” não deve ser recusado

Os Mandamentos continuam sendo as condições que Deus estabelece para vivermos em aliança com Ele. Guardálos é nossa resposta à sua graça. Não guardamos o Sábado, nos refreamos de roubar ou evitamos a cobiça para ganharmos a salvação. Nós que já fomos salvos única e exclusivamente pela graça de Deus, guardamos os Mandamentos como uma prova de nosso amor Àquele que nos amou primeiro.

Deus demonstrou sua graça para com Israel quando os tirou da escravidão no Egito. Olhamos para trás para uma demonstração mais signifi cativa da graça de Deus. Ele enviou seu Filho para nos livrar da escravidão do pecado.

Os Mandamentos nunca proveram vida eterna. Para os antigos israelitas e cristãos modernos, os Mandamentos expressam os padrões do Grande Libertador para viver em aliança com Ele. Guardar os Mandamentos não provê salvação, guardar-los é nossa resposta à graça que Deus demonstrou quando enviou seu Filho para pagar a pena por nossos pecados.

Algumas pessoas tentam modificar a aliança que Deus apresentou, pois elas não entendem quem tem a autoridade e quem deve se submeter ao Rei dos céus e da terra. Observar todos os Dez Mandamentos como apresentados por Deus é nossa resposta apropriada à salvação que Ele oferece.

Moisés encorajou os israelitas a lembrarem dos grandes eventos que eles tinham visto acontecer. Este olhar para o passado não era um exercício de nostalgia. Lembrar dos atos poderosos de Deus preparava-os para viverem olhando para frente. Como lembrar dos atos graciosos que Deus realizou no passado ajuda-nos a vivermos o presente e anteciparmos bênção contínuas no futuro?

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