Neemias 2 é uma história de sentimentos fortes, grande coragem e disciplina. É um relato da absoluta confi ança de um homem em Deus ouvindo até mesmo sua menor oração. Com tanta frequência ignoramos os puxões de Deus na manga da camisa, chamando-nos a virmos a ele e buscar sua vontade. Deus conhece nossas orações antes que as formemos em nossa mente. Focar nossa mente nele põe seu poder no centro de nossa vida e nos impulsiona na direção deste poder. Deus está lá de qualquer maneira, mas deseja que voltemos nossos olhos para ele. Uma minúscula oração o alcança. Ele está no controle, ainda bem, mesmo quando separamos para ele apenas um segundo.

 

 

Notícias Preocupantes

Neemias tinha uma vida boa na Pérsia. Era um homem de certo destaque, de confi ança tanto do rei como da rainha. Naqueles dias de tramas sinistras e ações más, o rei Artaxerxes dependia de Neemias como seu copeiro. Na presença do rei, Neemias provava o vinho antes de servi-lo. Agora, o rei podia ver uma mudança em Neemias. Quatro meses antes, Neemias tinha ouvido da grande tragédia em Jerusalém. Ele havia esperado tempo demais para arriscar mostrar sua tristeza ao rei. O rei me disse: “Por que está triste o teu rosto, se não estás doente? Tem de ser tristeza do coração”. Então, temi sobremaneira e lhe respondi: viva o rei para sempre! Como não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo?” (Neemias 2.2,3) O Rei Artaxerxes demonstrou preocupação. Rapidamente, Neemias pediu a Deus direção, uma das mais breves orações que Deus já respondeu.

Do Plano à Ação

Neemias era sábio, e Deus estava no controle. Ao mencionar os sepulcros de seus ancestrais, Neemias apelou à sensibilidade cultural e religiosa do rei. Ele sabia que não seria sábio mencionar Jerusalém pelo nome, então escutou cuidadosamente o que Deus estava lhe dizendo para fazer. O rei respondeu bem, esperando saber quando ele retornaria. “Então, o rei, estando a rainha assentada junto dele, me disse: Quanto durará a tua ausência? Quando voltarás? Aprouve ao rei enviar- me, e marquei certo prazo. E ainda disse ao rei: ‘Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do Eufrates, para que me permitam passar e entrar em Judá, como também carta para Asafe, guarda das matas do rei, para que me dê madeira para as vigas das portas da cidadela do templo, para os muros da cidade e para a casa em que deverei alojar-me. E o rei as deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo’” (2.6-8).

Neemias agiu ousadamente articulando seu plano, pois sabia que Deus estava respondendo às suas orações. Além de bens materiais, ele pediu a proteção dos soldados do rei e cartas lhe dando passagem segura em sua jornada. Seu plano era específi co e detalhado e por isto ele se sentiu cada vez mais confiante e sabia que Deus estava tomando conta dele.

Neemias tinha planejado muito bem. Quando retornou a Jerusalém, os soldados do rei persa, com roupas ofi ciais, o escoltaram. Naturalmente havia inimigos, irados por ele ter retornado para ajudar o povo de Israel. Era vital que Neemias perseverasse. Em segredo, ele examinou a destruição - seu desejo de reconstruir era forte, e precisava conhecer a seriedade da tarefa adiante. Era cuidadoso em confi ar somente em poucos e em ajustar seus planos de acordo com o que vira.

Reconstruindo uma Nova Jerusalém

A reconstrução de Jerusalém requereria modificações. Tanta destruição parecia impossível de se reconstruir. O importante seria construir um muro para proteger os judeus de seus inimigos, para mantê-los separados do povo de fora e assim os próprios trabalhadores reparariam o templo que representaria a força das leis de Deus para com seu povo.

Neemias foi ao povo e lhes contou seu plano. Ele tinha o apoio do rei, algo que nem mesmo os inimigos de Israel podiam negar. Por causa da confi ança de Neemias, o povo começou a acreditar que Deus o enviara a eles. “Então, disseram: Disponhamo-nos e edifi quemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra” (2.18).

A fé de Neemias e sua confi ança em Deus eram absolutas e nada que qualquer um dissesse ou fi zesse poderia movêlo de sua tarefa. Esta confi ança em Deus tornou sua força de propósito real para os israelitas. Um líder estável e seguro pode convencer as pessoas a participarem de uma tarefa e ganharem força por si mesmas, e Neemias também era capaz de colocar cada trabalhador na tarefa apropriada. Não importava o que acontecesse, Neemias nunca se desviou da crença absoluta que Deus havia lhe dado, retribuindo com um grande trabalho, e esta crença o asseguraria de deixar este trabalho completo.

Atitude Esclarecedora

Estudamos Neemias para aprender as ações de um líder cheio de Deus. Sua devoção a Deus e a seu povo o destacou em seu tempo. É importante saber o que devemos procurar num líder cheio de Deus e é igualmente imprescindível reconhecer as características da liderança de Deus em nós mesmos. O que nos impede de buscar a disciplina e estabelecer os alvos que o Senhor deseja que tenhamos? O que podemos aprender da experiência de Neemias para buscarmos os planos de ação de Deus em nossa própria vida? Como a fé e a confi ança podem nos sustentar e nos fortalecer quando descobrimos o plano de ação que o Senhor quer que desenvolvamos? Resumindo, o que tememos que acontecerá se nos abrirmos totalmente para Deus e pedirmos que ele nos use para seu reino?

Uma Oração

“Pai Celestial: peço teu perdão por minha preguiça e por desperdiçar o tempo precioso que tu tens me dado nesta vida para servir-te em todas as coisas. Dá-me força de caráter e mostra-me a disciplina que preciso para trabalhar fi rmemente para ti. Dá-me o impulso que preciso para servir onde tenho talentos e habilidades. Mostra-me um plano claro para o trabalho que queres que eu faça. Dá-me olhos para ver as necessidades e determinar as tarefas. Preciso permanecer motivado e quero motivar outros. Mostra-me os talentos dos outros; e dá-me a habilidade de juntar o trabalhador com a tarefa. E acima de tudo, Senhor, mantém sempre tuas palavras em meu coração e teus fortes braços por sobre meus ombros. Amém.”

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