Texto de Estudo

Mateus 5:13:

13 Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.

 

INTRODUÇÃO

O caráter e a virtude dos cidadãos do reino foram descritos nas bem-aventuranças. A bem-aventurança final era de caráter transicional. Ela descreveu a atitude do mundo para com os cristãos. Os dois emblemas agora introduzidos - sal e luz - descrevem o inverso, ou seja, a influência do reino sobre o mundo, a resposta dos seguidores de Cristo àqueles que os perseguem. Por meio destes dois emblemas, ou metáforas, revela-se a importante verdade de que essas pessoas a quem o mundo - inclusive o mundo aparentemente piedoso dos escribas e fariseus - mais odeia são precisamente aquelas a quem o mundo mais deve. Os cidadãos do reino, não importa quão desprezados sejam e quão insignificantes pareçam ser, tão somente eles, não os escribas e fariseus, são o sal da terra e a luz do mundo. 

As bem-aventuranças descrevem o caráter essencial dos discípulos de Jesus; o sal e a luz são metáforas que denotam a sua influência para o bem no mundo. Quando examinamos mais detalhadamente as duas metáforas, vemos que foram deliberadamente proferidas a fim de serem comparadas uma com a outra. Nos dois casos, Jesus primeiro faz uma afirmação (“Vós sois o sal da terra”, “Vós sois a luz do mundo”). Depois, ele acrescenta um apêndice, a condição da qual depende a afirmação (o sal deve manter sua qualidade de salgar e a luz deve brilhar). O sal para nada serve se perder a sua salinidade; a luz torna-se inútil se for escondida. 

 

O SAL DA TERRA

No tocante ao sal, Jesus diz: “Vocês são o sal da terra” (v. 13). Ainda que o sal tenha muitas características – brancura, sabor, aroma, poder conservativo etc. –, talvez seja especialmente esta última qualidade – o poder do sal como antisséptico, substância que serve como preventivo para retardar a deterioração – que mereça ênfase aqui, ainda que a função subsidiária de comunicar sabor não deva obviamente ser excluída (cf. Jó 6:6; Lucas 2:13; Colossenses 4:6).

O sal tem, pois, uma função especialmente negativa. Ele combate a deterioração. De forma semelhante, os cristãos, mostrando serem cristãos verdadeiros, estão constantemente combatendo a corrupção moral e espiritual. Quão amiúde não acontece que um cristão se coloca de repente entre indivíduos profanos e o chiste indecoroso é refreado? É certamente notório que o mundo é ímpio. Todavia, só Deus sabe quão mais corrupto seria ele sem o exemplo, a vida e as orações dos santos que refreiam a sua corrupção (Gênesis 18:26-32; 2 Reis 12:2). O sal age secretamente. Sabemos que ele combate a deterioração, embora não possamos vê-lo realizar tal tarefa. Contudo, sua influência é muito real.  Os cristãos são chamados para serem purificadores morais em um mundo onde os padrões éticos são baixos, instáveis, ou mesmo inexistentes.

O valor do sal tem sido estimado desde tempos imemoriais. Os soldados romanos eram pagos com sal e, se algum deles era desleixado no cumprimento dos deveres, dizia-se que “não valia o seu sal”. Em todas as sociedades antigas o sal era usado como sinal de amizade, conceito que ainda prevalece. No mundo árabe, se um homem participa do sal de outro, isto é, se divide a refeição com este, aquele está sob a proteção e cuidado do anfitrião. Se o pior inimigo de alguém chegasse à sua tenda e comesse do seu sal, o hospedeiro estaria obrigado a protegê-lo e fornecer-lhe provisão como se fosse o mais prezado amigo. 

Dessa ideia surgiu o conceito da aliança de sal, mencionada em 2 Crônicas 13:5 onde Deus fala de uma aliança de sal que fez com Davi. Tal conceito é anterior aos tempos dos tabeliães que podiam autenticar a legalidade de um documento, quando duas partes transacionavam um acordo, regateavam sobre as condições, até chegarem a um consenso definitivo. Então, juntos, comiam sal ou porções de alimento: o ato de comer o sal sujeitava-os àquilo que chamavam pacto de sal. Este pacto ou aliança estabelecia um contrato inviolável.

A eficácia do sal, entretanto, é condicional: tem de conservar a sua salinidade. Mas, em termos precisos, o sal nunca pode perder a sua salinidade. O cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Não obstante, pode ser contaminado por impurezas, tornando-se, então, inútil e até mesmo perigoso.

O sal que perdeu a sua propriedade de salgar não serve nem mesmo para adubo, isto é, fertilizante. Naquela época, chamava-se de “sal” um pó branco (talvez apanhado próximo ao Mar Morto), o qual continha muito mais elementos do que apenas cloreto de sódio, pois antigamente não existiam refinarias. Nesse pó, o cloreto de sódio era provavelmente o componente mais solúvel e, portanto, o que mais facilmente desaparecia. O resíduo de pó branco ainda parecia ser sal, e sem dúvida era chamado assim, mas não tinha o seu gosto nem agia com as mesmas propriedades. Não passava de pó do chão.

A salinidade do cristão é o seu caráter, conforme descrito nas bem-aventuranças, é discipulado do cristão verdadeiro, visível em atos e palavras (cf. Lucas 14:34-35; Colossenses 4:6). Para ter eficácia, o cristão precisa conservar a sua semelhança com Cristo, assim como o sal deve preservar a sua salinidade. Se os cristãos forem subjugados pelos não cristãos, deixando-se contaminar pelas impurezas do mundo, perderão a sua capacidade de influenciar. A influência dos cristãos na e sobre a sociedade depende da sua diferença, e não da sua identidade.

A glória do Evangelho é que, quando a Igreja é absolutamente diferente do mundo, ela invariavelmente o atrai. É então que o mundo se sente inclinado a ouvir a sua mensagem, embora talvez no princípio a odeie.  Caso contrário, se nós, os cristãos, formos indistinguíveis dos não cristãos, seremos inúteis. Teremos de ser igualmente descartados, como o sal sem salinidade, “lançado fora” e “pisado pelos homens”. Mas que decadência! De salvadores da sociedade a material de pavimentação de estradas! 

É igualmente interessante perceber que Jesus, ao dizer que somos o sal da terra, enfatiza três dimensões. A primeira é existencial, leva-se gosto ao desgosto do planeta. A segunda é de natureza ética, é ser sal na terra, e não da terra; é ser sal não dentro do saleiro, mas na terra, fazendo-se parte de algo que é totalmente diferente da nossa natureza intrínseca, mantendo a diferença, porém, conservando o conteúdo. A terceira diferença tem uma dimensão social. Jesus não diz: “Você é o sal da terra.” Mas: “Vocês são o sal da terra”. Isso é plural, é comunitário, é coletivo, é social. Não é uma andorinha sozinha trazendo o verão, porém, é uma revoada de pássaros esperançosos com uma nova época, com uma nova estação. Não é um cavaleiro solitário com a intenção quixotesca de transformar o mundo, no entanto, é alguém inserido numa comunidade de fé, olhando para fora e dizendo: “Você, eu, nós enfim, vamos viver como o sal da terra”. 

Portanto, aquilo a que se denomina sal, que seja realmente sal! Tantas pessoas que jamais leram a Bíblia, contudo, estão nos lendo constantemente! Se a nossa conduta não corresponde ao nosso chamado, então nossas palavras serão de pouquíssimo valor.

 

A LUZ DO MUNDO

Não há que duvidar que no versículo 14 encontramos uma das mais espantosas e extraordinárias declarações acerca do cristão, dentre as que já foram emitidas, incluindo as afirmações feitas pelo próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Ao considerarmos o cenário onde se deu essa declaração e lembrarmos para quem nosso Senhor dirigiu essas palavras, então elas tornam-se realmente notáveis. É uma declaração repleta de significado, com profundas implicações no que tange à compreensão da natureza da vida cristã.

Por assim dizer, uma das grandes características da verdade bíblica é que ela é capaz de comprimir o conteúdo inteiro de nossa posição cristã em uma única, mas expressiva, declaração como a deste versículo. “Vocês”, disse nosso Senhor, volvendo os olhos para aqueles homens simples, inteiramente destituídos de importância, segundo o que o mundo pensava: “Vocês são a luz do mundo” (Mateus 5:14 NVI). Essa é uma daquelas afirmativas que sempre deveriam surtir sobre nós o efeito de nos fazer levantar a cabeça, levando-nos a perceber, uma vez mais, quão notável e glorioso é sermos cristãos. Por isso mesmo, como é natural, essa declaração torna-se, como de resto tornam-se todas as declarações desse tipo, um excelente e completo teste de nossa posição e experiência cristãs.

Todas as assertivas assim feitas sobre os cristãos sempre revertem a nós sob essa forma, e sempre deveríamos ter o cuidado de verificar que elas exerçam sobre nós esse efeito exato. A palavra “vocês”, que lemos nessa declaração, aponta diretamente para cada um de nós, pessoas regeneradas. O perigo constante é que leiamos uma declaração como essa e fiquemos pensando em alguma outra pessoa, como os cristãos primitivos ou o povo evangélico em geral. Porém, se realmente nos consideramos crentes, é a nós que ela se refere. 

Entretanto, os cristãos jamais são luz em si e por si mesmos. Eles são luz “no Senhor” (Efésios 5:8). É Cristo que é a “luz do mundo”, verdadeira e original (João 8:12; 9:5; 12:35,36,46). Os cristãos são “a luz do mundo” num sentido secundário ou derivado. Jesus é “a luz que ilumina” (João 1:9); os cristãos são a luz refletida. Jesus é o sol; os cristãos são semelhantes à lua, que reflete a luz do sol. Sem Cristo eles não podem brilhar. A lâmpada elétrica não pode emitir luz por si mesma. Ela emite luz somente quando é conectada e ligada à corrente elétrica, de modo que esta corrente gerada na central elétrica lhe transmita a energia. Assim também no tocante aos seguidores de Cristo, quando permanecem em vivo contato com a luz original, para que sejam luz para os outros. 

Nosso Senhor esclarece que essa luz é manifesta em nossas “boas obras”. “Que os homens vejam as vossas boas obras”, disse, e “glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”, pois é por meio dessas boas obras que a nossa luz tem de brilhar. Parece que “boas obras” é uma expressão generalizada, que abrange tudo o que o cristão diz e faz porque é cristão, toda e qualquer manifestação externa e visível de sua fé cristã. Considerando que a luz é um símbolo bíblico comum da verdade, a luz do cristão deve certamente incluir o seu testemunho verbal. Assim, a profecia do Antigo Testamento de que o Servo de Deus seria uma “luz para os gentios” cumpriu-se não só no próprio Cristo, a luz do mundo, mas também nos cristãos que dão testemunho de Cristo. A evangelização deve ser considerada como uma das “boas obras” pelas quais a nossa luz brilha e o nosso Pai é glorificado. 

Assim como acontece com o sal, também a afirmação referente à luz foi seguida de uma condição: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens. Se o sal pode perder a sua salinidade, a luz em nós pode transformar-se em trevas. Em conexão com o símbolo da luz, duas ideias são aqui combinadas: os seguidores de Cristo devem ser visíveis e radiantes. Eles devem estar “na luz”, e devem também emitir raios de luz. A primeira ideia sugere uma cidade situada sobre uma colina. Tal cidade, com seus muros e fortalezas, não pode ficar oculta. Ela permanece claramente visível a todo mundo. A segunda é gerada pela figura da lâmpada posta no candelabro. Essa lâmpada fornece luz; ela brilha. 

Temos que permitir que a luz de Cristo dentro de nós brilhe para fora, a fim de que as pessoas a vejam. Não devemos ser como uma cidade ou vila aninhada em um vale, cujas luzes ficam ocultas, mas sim como uma “cidade edificada sobre um monte”, que “não se pode esconder” e cujas luzes são claramente visíveis a quilômetros de distância.

Devemos ser como uma lâmpada acesa, a exemplo de João Batista, “que ardia e alumiava” (João 5:35), colocada no velador, numa posição de destaque na casa a fim de iluminar a todos que se encontram no local, e não ficando debaixo da gamela ou do balde, onde não produz bem algum. Isto é, na qualidade de discípulos de Jesus, não devemos esconder a verdade que conhecemos ou a verdade do que somos. Não devemos fingir que somos diferentes, mas devemos desejar que o nosso Cristianismo seja visível a todos. Refugiar-se no invisível é uma negação do chamado. Uma comunidade de Jesus que procura esconder-se deixou de segui-lo. 

Antes, nós devemos ser cristãos autênticos, vivendo abertamente a vida descrita nas bem-aventuranças, sem nos envergonhar de Cristo. Então, as pessoas nos verão, e verão as nossas boas obras e, assim, glorificarão a Deus, pois reconhecerão inevitavelmente que é pela graça de Deus que somos assim, que a nossa luz é a luz dele, e que as nossas obras são obras dele feitas em nós e por meio de nós. Desse modo, louvarão a luz, e não a lâmpada que a transmite, glorificarão a nosso Pai que está nos céus, e não aos filhos que ele gerou e que têm traços da sua família. Até mesmo aqueles que nos injuriam não poderão deixar de glorificar a Deus por causa da própria justiça pela qual eles nos perseguem (vs. 10-12). 

 

LIÇÕES A APRENDER

As palavras de Mateus 5:13-16 revelam quão diferentes do mundo os cristãos devem ser, não obstante quão relacionados com o mundo eles estão. O mundanismo ou a secularização é aqui condenado, porém, a indiferença e o isolacionismo são igualmente condenados. O sal é uma bênção enquanto permanece sendo verdadeiramente sal; a luz, enquanto permanece sendo realmente luz. Entretanto, o sal precisa ser espalhado, pois se ficar dentro do saleiro não cumprirá o seu papel. A luz precisa ser deixada livre para brilhar na escuridão. Não se deve encobri-la.

As metáforas usadas por Jesus, referentes ao sal e à luz, têm muito a nos ensinar sobre nossas responsabilidades cristãs no mundo. Porém, três lições se destacam. 

1. Há uma diferença fundamental entre cristãos e não cristãos, entre a igreja e o mundo. É verdade que alguns não cristãos adotam uma falsa aparência cristã. Por outro lado, alguns cristãos professos parecem indiscerníveis dos não cristãos e, assim, negam o nome de cristão por meio do seu comportamento mundano. Mas a diferença essencial permanece. Podemos dizer que são tão diferentes quanto o alho do bugalho. Jesus disse que são tão diferentes quanto a luz e as trevas, tão diferentes quanto o sal e a deterioração ou a doença. Quando tentamos obliterar, ou até mesmo reduzir ao mínimo esta diferença, não servimos a Deus, nem a nós mesmos, nem ao mundo. Este tema é básico no Sermão do Monte. O Sermão foi elaborado levando em conta que os cristãos, por natureza, são diferentes, e convoca-nos a sermos diferentes na prática. 

2. Temos de aceitar a responsabilidade que esta diferença coloca sobre nós. Quando em cada metáfora reunimos a afirmação e a condição, a nossa responsabilidade se destaca. Cada afirmação começa, em grego, com o enfático pronome “vocês”, que seria o mesmo que dizer “vocês e tão somente vocês” são o sal da terra e a luz do mundo. E, portanto (a condição segue-se com lógica inexorável), vocês simplesmente não podem falhar para com o mundo ao qual foram chamados a servir. Vocês têm de ser o que são. Vocês são o sal e, por isso, têm de conservar a sua salinidade e não podem perder o seu sabor cristão. Vocês são a luz e, por isso, devem deixar que a sua luz brilhe e não devem escondê-la de modo algum, seja por meio do pecado ou da transigência, seja pela preguiça, seja pelo medo.

Temos Jesus Cristo, o seu evangelho, seus ideais e o seu poder. E Jesus Cristo é todo o sal e toda a luz de que este mundo tenebroso e arruinado precisa. Mas precisamos ter o sal em nós mesmos, precisamos ser sal fora do saleiro. Sal dentro do saleiro não produz o efeito desejado, é o mundo que precisamos salgar, ao qual devemos dar sabor. Devemos deixar que a nossa luz brilhe para dissipar as densas trevas que cobrem nossa sociedade

3. Temos de considerar a nossa responsabilidade cristã como sendo dupla. O sal e a luz têm algo em comum: eles se dão e se gastam, e isto é o oposto do que acontece com qualquer tipo de religiosidade egocentralizada.  Não obstante, o tipo de serviço que cada um presta é diferente. Na verdade, seus efeitos são complementares.

A função do sal é principalmente negativa: evitar a deterioração. A função da luz é positiva: iluminar as trevas. Assim, Jesus chama os seus discípulos para exercerem uma influência dupla na comunidade secular: uma positiva, de produzir a luz nas trevas, e uma negativa, de impedir a sua deterioração. Impedir a propagação do mal é uma coisa; promover a propagação da verdade, da beleza e da bondade é outra.

Reunindo as duas metáforas, parece-nos legítimo discernir nelas a relação correta entre a evangelização e a ação social, na totalidade da missão de Cristo no mundo, uma relação que deixa perplexos muitos crentes hoje em dia. Somos chamados a ser as duas coisas, sal e luz, na comunidade secular. Às vezes, os padrões de uma comunidade afrouxam-se por falta de um explícito protesto cristão. A denúncia e a proclamação andam de mãos dadas; quando o evangelho é verdadeiramente pregado, o sal arde.

Ao olharmos para certos cristãos poderíamos pensar que a sua ambição é ser a cumbuca de mel do mundo. Eles adoçam a amargura da vida com um conceito demasiadamente complacente de um Deus tão somente amoroso. Mas Jesus, evidentemente, não disse: “Vocês são o mel do mundo”. Ele disse: “Vocês são o sal da terra”. O sal arde, e a mensagem não adulterada do juízo e da graça de Deus sempre tem sido uma coisa que machuca. 

Ao lado desta condenação do que é falso e mau, deveríamos, com ousadia, apoiar o que é verdadeiro, bom e decente, em nossa sociedade. Portanto, nunca deveríamos colocar nossas duas vocações (sal e luz) e nossas responsabilidades cristãs (social e evangelística) em posições antagônicas, como se devêssemos escolher entre as duas. Não podemos exagerar uma delas, nem desacreditar uma às expensas da outra. Uma não pode substituir a outra. O mundo precisa de ambas. Ele está em decomposição e precisa de sal; ele está nas trevas e precisa de luz. Nossa vocação cristã é para sermos ambas as formas.

 

CONCLUSÃO

Não devemos nos envergonhar de nossa vocação de sermos sal e também luz, ou seremos culpados de separar o que Jesus uniu. O caráter do cristão, conforme descrito nas bem-aventuranças, e a influência do cristão, conforme definido nas metáforas do sal e da luz, estão organicamente relacionados um com o outro. Nossa influência depende de nosso caráter.

Jesus oferece aos seus seguidores o imenso privilégio de serem o sal e a luz do mundo, contanto que vivam pelas bem-aventuranças, e assim Deus será glorificado. Aqui, no começo do seu ministério, Jesus diz aos seus discípulos que se deixarem a sua luz brilhar de modo que as suas obras sejam vistas, seu Pai no céu será glorificado. No fim do seu ministério, no cenáculo, ele expressou a mesma verdade com palavras semelhantes: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tomareis meus discípulos” (João 15:8).